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COUVE

Quinta-feira, 13.06.13

A couve é um vegetal crucífero do género Sonássica, pertencente à família Brassicácea, da qual fazem parte mais de 3.000 espécies, entre elas, o repolho, a mostarda, o rabanete e o nabo. Nativa da Europa, cedo chegou a Portugal, tornando-se uma das hortaliças mais consumidas e apreciadas no nosso país. Caracterizada por possuir longas folhas comestíveis de formato oblongo, umas onduladas outras lisas, que podem ser encontradas em diferentes tons de verde, a couve é muito cultivada, dado ser um alimento altamente nutritivo e cheio de propriedades medicinais.

Rica em vitaminas diversas e cheia de minerais como o cálcio e ferro, a couve ajuda a prevenir e combater diversas doenças, uma vez que possui a chamada “acção vermífuga”, ajudando a eliminar problemas do fígado e do estômago, sendo também muito aconselhada com o objectivo de amenizar a asma e a bronquite. Além disto, a couve possui alguns compostos como os fenólicos que, segundo pesquisas recentes, têm sido eficazes em diminuir a multiplicação de células cancerígenas. Por outro lado, por ser pobre em calorias, a couve pode estar presente em dietas de restrições calóricas, cujo objectivo é emagrecer. No entanto, o seu consumo, excessivo, pode causar flatulências ou gases em alguns indivíduos.

A couve adapta-se muito bem tanto a climas frios como aos amenos e, embora não sendo afecta a altas temperaturas, também se dá em épocas quentes, pelo que, geralmente, é cultivada durante todo o ano. Muito apreciada na culinária, a couve, para além de muito usada em sopas, compõe diversos pratos tipicamente portugueses.

A couve é uma planta cuja descrição se torna difícil, já que as diversas variedades são bastante diferentes umas das outras, em termos morfológicos. Assim, pode-se considerar, genericamente, que é uma planta herbácea, mas há algumas variedades sublenhosas na zona da base do caule, pelo que também pode ser considerada uma planta bianual, mas, por vezes, tem tendências para que o seu ciclo de vida se prolongue para além dos dois anos. O caule é erecto, podendo ser curto, como no repolho, ou longo, como na couve-galega. As folhas são verdes e grossas, não chegando a ser carnudas. Ao longo do caule, nos Açores chamado talo, podem formar-se pequenos ramos ou gemas, como na couve-galega, ou na couve-de-bruxelas. As flores, dispostas em ramos terminais erectos, podem ser brancas ou amarelas, com sépalas erectas e corola composta por quatro pétalas obovadas e unguiculadas. Os rebentos superiores, depois de amadurecidos, transformam-se em grelos.

A couve é rica em vitamina, cálcio e outros nutrientes bons para o nosso corpo. Sabe-se que, também, possui compostos que provocam o aumento da produção de enzimas envolvidas na desintoxicação e limpeza do nosso corpo, eliminando compostos nocivos e aumentando a capacidade de eliminar e agentes cancerígenos. Esta é uma das razões porque os vegetais crucíferos parecem reduzir nosso risco de cancro de forma mais eficaz do que quaisquer outros legumes ou frutas.

Estudos recentes mostram que as pessoas que comem vegetais crucíferos, como a couve, mais frequentemente, têm um risco muito menor de cancro da próstata, colo-rectal e cancro do pulmão, mesmo quando comparados com aqueles que comem regularmente outros produtos hortícolas.

Assim, a couve é, também, um alimento muito bom e, sobretudo, muito útil no tratamento de úlceras, de certos cancros, depressões, para o fortalecimento do sistema imunológico e combate à tosse e ao resfriado, cicatrização de feridas e tecidos danificados, o bom funcionamento do sistema nervoso e, assim como, para ajudar a curar a doença de Alzheimer.

Por todas estas razões, é muito importante o consumo da couve. Mas as repolhudas, rechonchudas, reboludas, suculentas e deliciosamente arredondadas, são pouco acessíveis, apenas foram plausivelmente visíveis, uma vez. Mas é deslumbrantemente belo, assomar a uma janela ou varanda e ver, apreciar e saciar-se com uma espécie de pequeno cerrado cheio de couves, como era costume outrora, na Fajã Grande, quando elas eram cultivadas, em grande extensão, sendo, também, utilizadas para alimento dos animais. Mas aos doentes que sofrem de insuficiência renal, a couve está interdita no cardápio diário. Estes doentes contentar-se-ão apenas com o repolho branco, quer nas suas sopas, quer noutros pratos, ou, então limitar-se-ão a recordar a beleza endémica de um belo cerrado a abarrotar de couves, tenras e fresquinhas, mas que lhes são interditas.

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publicado por picodavigia2 às 19:06





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