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MATEUS PIRES

Terça-feira, 24.04.18

Na Fajã Grande, como em todas as outras freguesias das Flores e das restantes ilhas dos Açores, existiam diversíssimos lugares, a maior parte dos quais não habitados, mas, alguns deles com nomes muitíssimo interessantes. É o caso de um lugar da toponímia fajãgrandense, chamado “Mateus Pires” e que, como a maioria dos outros lugares, tem uma pequena história ou lenda, relacionada com a origem e a razão de ser do seu nome bem como do motivo ou motivos que terão originado. Mateus Pires é um deles!

O lugar de Mateus Pires ficava no caminho que ligava a Fontinha aos Lavadouros, mais precisamente integrando um outro lugar, muito maior e mais amplo, chamado Alagoinha. Partindo da Fontinha e Alagoeiro, subindo por aquele caminho em direcção aos Lavadouros, a seguir à ladeira do Pico Agudo, começava a Alagoinha. O caminho, no cimo da ladeira, fazia uma curva à esquerda, em direcção à rocha, seguindo depois paralelo a esta, para iniciar logo a seguir a descida da ladeira da Alagoinha.

Era precisamente neste sítio e junto à rocha, um pequeno montículo na enorme planície da Alagoinha, que ficava o lugar chamado Mateus Pires. Tratava-se de um lugar pequeno, formado por duas ou três terras de mato e uma relva, tendo sido claramente originado por uma ribanceira, em tempos muitíssimo recuados, caída da rocha.

Contavam os antigos que andando, outrora, por ali um homem de nome Mateus Pires, teve o azar de ser colhido pela ribanceira e ficar soterrado debaixo da mesma, nunca mais sendo de lá tirado o seu cadáver, pois a quantidade de entulho caído da rocha era tanta e tal que não havia meios que o permitissem fazer. Dele apenas ficou a memória assinalando com o seu nome aquele lugar – o lugar de Mateus Pires.

 

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publicado por picodavigia2 às 00:03





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