Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


ALCANENA - HISTÓRIA

Sábado, 01.09.18

A origem da vila de Alcanena remonta, segundo alguns historiadores, à ocupação árabe da Península, da qual herdou, para além da toponímia, a fixação e o desenvolvimento dos trabalhos de curtimento de peles. Da influência árabe na região ter-lhe-á ficado, como atrás foi referido, a toponímia: as duas principais versões propõem-nos “alcalina”, “cabaça seca” e “al-kinan”, “lugar sombreado”. Contudo, e durante séculos, a história de Alcanena e sua região dilui-se na história mais geral do concelho de Torres Novas, do qual se desligou administrativamente no início do século.

A vila terá sido tomada pelos portugueses no reinado de D. Sancho I, que teve grande importância no seu povoamento. No decurso da história, Alcanena sofreu com as lutas com Castela e, mais tarde, com as invasões francesas e com as lutas liberais entre D. Pedro e D. Miguel.

Terra liberal por excelência, Alcanena vibrou com a implantação da República, a que está indissoluvelmente ligada. “Para o País a República, para Alcanena o Concelho” foi o mote para unir os alcanenenses nesses tempos. Em 8 de Maio de 1914, pela lei Número 2 156, era criado o Concelho de Alcanena, integrando as freguesias de Alcanena, Bugalhos, Minde e Monsanto, até aí pertencentes ao concelho de Torres Novas, e Louriceira e Malhou, então do concelho de Santarém. O mesmo diploma elevaria Alcanena à categoria de vila.

Mas se a autonomia, por lei, chegou apenas em 1914, não há dúvida de que Alcanena, desde cedo, se começou a evidenciar pelas características das suas atividades económicas, com especial destaque para a indústria de curtumes.

A fixação da povoação é nitidamente medieval e a fundação da Confraria de Alcanena, em 1353, atesta que, a meio do século XIV, emergiam já sinais reveladores do sentimento comunitário dos moradores. No cadastro da população do reino, realizado em 1527, Alcanena, Peral e Gouxaria contavam 40 vizinhos, pelo que a população das três localidades deveria andar muito perto das duzentas pessoas, no início do século XVI. Em 1758 contava já com 267 fogos e 1067 habitantes, como freguesia do concelho de Torres Novas.

Em 1764, com Monsanto, integra a 7ª Companhia da Capitania-Mor das Ordenanças daquele concelho, agrupando 13 esquadras repartidas por Monsanto, Alcanena, Covão de Feto, Gouxaria, Moitas Venda, Casais Robustos e Raposeira.

Em 27 de Outubro de 1782, em sessão da Câmara de Torres Novas, é deferido um pedido do povo de Alcanena que pretende realizar a Feira Franca de S. Pedro, anual, a 29 de Junho. Em 1788, aquela autarquia discute a realização de um Mercado Semanal em Alcanena, às quartas-feiras, autorizado pouco depois.

Estas duas imposições do povo de Alcanena fazem-nos pensar que a região detinha já uma vida económica muito própria e florescente, ao que não será estranho, pensamos, o surto que se terá verificado nas atividades de curtumes.

É desta época, concretamente de 1792, o brasão encontrado num edifício fabril da vila, associado a uma inscrição que diz tratar-se de uma fábrica de sola com privilégio do governo pombalino. Este desenvolvimento vai refletir-se no número de fogos recenseados no ano de 1867: 472, quase duplicando os que a freguesia tinha 100 anos antes. Alcanena continua a crescer e a centralizar.

Em Julho de 1887, a Câmara Municipal de Torres Novas aprova a realização de um mercado semanal em Casais Galegos (hoje Vila Moreira) para, em 21 de Maio de 1896, dar parecer favorável à criação de uma Feira anual mista em Alcanena, no dia de S. João.
Mas, se o dinamismo económico era uma realidade, também o era o fervilhar de ideias de autonomia administrativa, estreitamente ligados a uma forte implantação do republicanismo.

Situado na região do Ribatejo, o concelho de Alcanena conta, atualmente, com cerca de 15 mil habitantes, distribuídos por sete freguesias (União de Freguesias de Alcanena e Vila Moreira, Bugalhos, União de Freguesias de Malhou, Louriceira e Espinheiro, Minde, Moitas Venda, Monsanto e Serra de Santo António) e uma área de 127,8 Km2.

O concelho apresenta-se hoje como um território caracterizado pela atividade industrial de curtumes, que é a sua principal base económica, logo seguida da indústria têxtil que, com raízes históricas na freguesia de Minde, assume igualmente

um importante papel na economia local e regional.

In Site da CMA

 

um importante papel na economia local e regional.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:31

MINDE - ALCANENA

Sexta-feira, 31.08.18

A frereguesia de Minde, Alcanena, com 3293 habitantes é a sgunda freguesia mais populosa do concelho. Tem de área: 21, 2 Km2

Atividade Económica: Em meados do século passado, a tradição têxtil da localidade evoluiu para a indústria de malhas exteriores, que ocupa hoje a maior parte da força ativa da localidade. Após a fase inicial, caracterizada por uma certa euforia e espírito de incentivo, as indústrias esforçam-se hoje por evoluir tecnicamente e se manterem na vanguarda das novas tecnologias, havendo algumas apetrechadas com os mais modernos equipamentos, pese embora a crise que afeta o sector têxtil.

O ramo de negócios mais expressivo da localidade situa-se na área dos transportes de mercadorias. Para além disso, tem ainda expressão a indústria da transformação e comercialização da pedra.

Festas, Feiras e Romarias: Festa anual do Divino Espírito Santo, no dia litúrgico que lhe é dedicado, organizada pelo grupo dos que fazem os quarenta anos; Festa da Padroeira, em 15 de agosto, organizada pelos que fazem cinquenta anos; Festa de Santo António e S. Sebastião, em janeiro, organizada pelos jovens que fazem os vinte anos.

Património Cultural e Edificado: Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, Capelas de Santo António e de S. Sebastião, Casa Açores, Coreto, Cine Teatro Rogério Venâncio, Igreja de Covão do Coelho e Capela de Vale Alto. 

Coletividades: Sociedade Musical Mindense; Vitória Futebol Clube Mindense; CAORG – Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro; Casa do Povo de Minde; Associação Cultural e Recreativa do Vale Alto; Centro Sócio-Cultural de Covão de Coelho; Rancho Folclórico de Covão de Coelho; Sociedade Portuguesa de Espeleologia – Delegação de Minde; Agrupamento de Escuteiros de Minde; Associação de Pais de Minde; APECCA – Associação de Pais e Encarregados de Educação de Covão do Coelho; Associação Cabaça Seca; CIDLeS – Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social.

A Coletividade mais antiga da freguesia de Minde é a Sociedade Musical Mindense, fundada em 1915, mas com raízes no século XIX. Assim, por volta de 1870, tentou-se, em Minde, a formação de uma Sociedade Filarmónica, que teve existência efémera. A sociedade acabou por desfazer-se pouco tempo depois da sua criação, mas ficou para sempre latente nos mindericos o gosto pela música. Em 1915, uma nova banda veio dar continuidade ao ideal que esteve na origem da criação da primeira filarmónica. O nome desta instituição cultural, que ainda hoje constitui uma grande referência para o povo de Minde e para o concelho de Alcanena, é Sociedade Musical Mindense, não tendo havido grande dificuldade na escolha do nome. No percurso da Sociedade Musical Mindense, houve muitos incidentes, sobretudo durante a primeira metade da existência da coletividade, com algumas paragens mais ou menos prolongadas, mais por desistência do que para descanso, como é natural acontecer nas coletividades de índole cultural ou recreativa.
Do curriculum da Sociedade Musical Mindense constam efemérides de grande relevância, não só na vida da coletividade, mas também na história das gentes de Minde, tais como a construção da sua própria sede, a atuação da Banda na TV, a sua deslocação a terras do sul de França a as suas atuações na Expo 98.

Minde compreende a vila e os lugares de Vale Alto e Covão do Coelho. Está situada muito próxima da Serra de Aire, no extremo norte do concelho. A região apresenta escassez de terras férteis para a agricultura, pelo que, desde cedo, terão surgido a pastorícia e o fabrico artesanal de lanifícios.

Uma das maiores riquezas desta freguesia é a sua etnografia, que apresenta grande variedade e complexidade, com forte expressão, e o calão minderico, ainda atual, o que é sinónimo de uma intensa e longa vida comunitária. Crê-se que a freguesia de Minde surgiu a partir de uma ermida de invocação de Nossa Senhora dos Cerejais, onde havia missa, sendo os funerais e os sacramentos feitos em Santa Maria. No entanto, em 1547, Minde tinha já por orago Nossa Senhora da Assunção.

Foi em ligação à atividade de produção e venda de mantas de terra em terra pelos frades ou por quaisquer outros indivíduos ligados à lã, à cardação, à tecelagem, ou à venda destes artefactos que surgiu o “calão minderico” ou “piação de charales”, que consiste em não mais do que “agarrar” em elementos vocabulares do português da região e deslocá-los dos seus significados comuns, no propósito de criar uma língua secreta que permitisse a autodefesa do grupo.

Entre as vilas de Minde e Mira de Aire (concelho de Porto de Mós) situa-se o Polje de Minde/Mira de Aire, mais vulgarmente conhecido pelo nome de Mata de Minde. Nos Invernos medianamente chuvosos, rios subterrâneos rebentam à superfície, constituindo, durante a Primavera, uma lagoa que, em alguns anos, atinge volume significativo, levando ao título sumptuoso de Mar de Minde. Acabadas as chuvas, a água escoa-se pelos algares e o espaço povoa-se de plantas e ervas bravias numa diversidade de cores e cheiros que não tem paralelo em ambientes citadinos.

Mas esta paisagem magnífica tem um outro ponto de observação mais soberbo ainda. Se entrou por este caminho não se esqueça, depois de atravessar a vila, e ao chegar às proximidades da Mata, volte à esquerda e suba a estrada que liga à Serra de Santo António. Encontrará, no alto da serra, uma das vistas mais empolgantes de todo o Ribatejo.

Em 1165, um quarto de século após a independência de Portugal, D. Afonso Henriques concedia isenção de impostos a D. David e mais catorze casais que aqui habitavam, a fim de manterem uma albergaria que desse abrigo aos viandantes. Este privilégio, confirmado ao longo dos séculos por nada menos que vinte e três cartas reais, durou até cerca de 1820, e constitui o elemento mais duradoiro na história local.

Desde o século XVII que pode documentar-se a atividade têxtil, que assumiu volume notável particularmente a partir de meados do século XVIII, para tal tendo influído, entre outros fatores, a presença de um hospício de frades arrábidos, que terminou pela Lei da Extinção das Ordens Religiosas, em 1834, e do qual restam ainda algumas paredes e a divisão da cerca.

A Igreja, de origem muito antiga foi, até meados do século XVII, dedicada a Nossa Senhora do Cerejal, depois passou a ter como orago Nossa Senhora da Assunção. A sua forma atual vem do final do século XVII, encontrando-se muito bem conservada, com uma riqueza de talha que alguém classificou como “ a melhor a sul de Coimbra “ e painéis de azulejos da época, sendo os da Capela-mor pintados de propósito para o local. As capelas de Santo António e S. Sebastião, uma a sul outra a norte da povoação, datam do século XV ou XVI, podendo a de Santo António ter origem na tradição sacra do lugar, por aqui ter existido, até ao século XVII, o túmulo de D. David, que o Rei Fundador citou no decreto sobre a albergaria.

As ruas sinuosas e apertadas, o aproveitamento das rochas para sobre elas levantar paredes, a pequenez das casas e o traçado consoante os relevos do terreno são os sinais da antiguidade ainda hoje bem visíveis.

Uma das expressões mais curiosas da cultura tradicional do povo de Minde encontra-se no Calão Minderico, que foi linguagem cifrada de feirantes, provavelmente desde o século XVIII até quase meados do século XX. 

In CMA

venda na localidade um dicionário desta preciosidade linguística.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:55

BUGALHOS - ALCANENA

Domingo, 26.08.18

A freguesia de Bugalhos, pertencente ao Concelho de Alanena tem mais de mil habitantes w una área de 16,6 Km2, precisamente igual à ilha do Corvo.

 Bugalos é uma freguesia tipicamente rural, onde a pecuária, o vinho e o azeite têm uma considerável importância no conjunto da sua economia. De referir também a pequena indústria e o pequeno comércio.

Festas, Feiras e Romarias: S. Amaro (Filhós - 15 de janeiro), e Nossa Senhora da Graça (último domingo de agosto).

Os Festejos realizados em Filhós, em honra de Santo Amaro, padroeiro da aldeia, realizavam-se ao ar livre, com as condições possíveis, e sujeitos à adversidade do tempo. Atravessaram-se períodos críticos de alguma turbulência. Todavia, a persistência de um grupo de jovens, pela continuidade dos festejos de Santo Amaro, torneios de futebol e bailes de divertimento, permitiu angariar fundos e fazer nascer o Salão Café – espaço de Convívio e Lazer. Louvável terá sido o empenho, esforço e dedicação de buscar sempre, juntamente com o auxílio da Câmara Municipal de Alcanena e Junta de Freguesia de Bugalhos, melhores condições para a prática Desportiva, que culminou com a construção do Pavilhão Desportivo.

Património Cultural e Edificado: Igreja Matriz, de Invocação a Nossa Senhora da Graça, Capela de Santo Amaro (Filhós) e algumas Azenhas no Rio Alviela.
Gastronomia: Migas de bacalhau, cachola, feijão com couve, broas de mel e filhós.

Artesanato: Objetos de ráfia, junco, bunho e couro.

Coletividades: Grupo Desportivo e Recreativo da Graça (Bugalhos), Centro Recreativo Cultural e Social de Filhós, Centro Social e Cultural de Pousados, Grupo Desportivo e Recreativo “Os Rápidos” (Casais Romeiros) e EFCA – Escola de Futebol do Concelho de Alcanena. CC5B – 3ª Idade, Núcleo da ARPICA em Bugalhos.

A fundação de Bugalhos data de 1219, o que faz desta freguesia uma das mais antigas da região. Está situada a sudoeste do Concelho e compreende ainda os lugares de Filhós, Pousados e Casais Romeiros. Em 1521 contava já com 78 vizinhos, cerca de 350 habitantes, sendo, nessa data, mais populosa do que Alcanena. A freguesia foi criada em 1712, anteriormente a esse data era vigararia anexa ao priorado de Santa Maria de Torres Novas, concelho a que ficou a pertencer mesmo após a sua separação, até à criação do concelho de Alcanena.

No lugar de Filhós, aproveitando o curso do Alviela, encontram-se algumas azenhas destinadas à moagem e uma fábrica de curtumes, que se encontram em estado de ruína, excetuando uma delas.

Estas azenhas possuem as obras de hidráulica necessárias para desviar o curso do rio (açudes, canais de derivação). A primeira das azenhas data de 1904, tem três bocas, a segunda tem duas bocas e ambas usavam uma roda grande como se comprova pelas marcas deixadas nas paredes.

Atualmente, é ainda possível apreciar as suas condições de produção, funcionamento e habitação e extrair importantes dados sobre a sua atividade, de grande significado para o conhecimento das atividades económicas da freguesia e da região, mas toda esta informação corre o risco de desaparecer a breve trecho, irremediavelmente perdidas estão já todas as suas componentes metálicas, devoradas pela poluição do Rio Alviela.

Ali perto, existe uma ponte militar que dá um ar pitoresco ao lugar. No Sórinho existem mais duas azenhas e uma antiga fábrica de curtumes com 16 açudes e correspondentes 4 condutas de despejo para o rio. Um pouco à frente, encontra-se o Mouseiro que é, hoje em dia, a única moagem em funcionamento, mas que se viu na necessidade de utilizar a energia elétrica, pois a poluição do rio destruiu-lhe a roda. A paisagem da freguesia é ainda enriquecida por vários aquedutos.

 

in site da CMA

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 08:03

CASAIS ROBUSTOS - ALCANENA

Sexta-feira, 24.08.18

O lugar de Casais Robustos é uma aldeia do distrito de Santarém localizada numa encosta da Serra de Aire, pertencente à freguesia de Moitas Venda,uma das fureguesias do Concelho de Alcanena. Tem uma população de 280 habitantes (Censos 2001) e é parte integrante do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.

Sobre a história de Casais Robustos pouco há escrito, mas de geração em geração, as conversas entre as pessoas mais idosas, datam a origem desta terra de há cerca de quatrocentos anos.

Havia por essa altura, em Minde, um homem muito alto e forte, que constantemente armava confusão com a vizinhança. Cansados desta situação, juntaram-se e expulsaram-no de lá.

O homem não foi para muito longe, fixando-se a cerca de 1 km, num local na altura deserto. Construiu uma casa de pedra, juntou-se com uma mulher natural de Vale da Serra e constituiu família. Esta foi crescendo e construindo casas do mesmo estilo, mas muito separadas umas das outras, vivendo em cada uma um casal, o que levou os habitantes das outras localidades a chamar àquele lugar os “Casais”.

Como os habitantes dos “Casais” eram gentes fortes, destemidas e valentes, descendentes de um homem muito robusto, aquele lugar passou a ser conhecido como “Casais dos Robustos”, e, mais tarde, “Casais Robustos”, nome que ainda hoje tem e ao qual faz jus!

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 18:57

SANTO ANTÓNIO DA SERRA - ALCANENA

Quinta-feira, 23.08.18

A freguesia sw Santo Anónio da Serra, concelho de Alcanena tem P725 Habitantes e uma área de 14 km2, um poucmenos do que a ikha do Corvo

Atividade Económica: Indústria de lacticínios e de malhas, pequeno comércio, agricultura e pecuária. Atualmente, a economia da freguesia baseia-se na criação de gado bovino, na olivicultura, na produção de figos e forragens e na indústria têxtil (confeção de malhas).
Das atividades artesanais tradicionais na freguesia, destaca-se o fabrico de queijo, de mantas de retalhos e tapetes, que merecem cada vez mais interesse por parte da população.

Festas, Feiras e Romarias: Feira mensal no dia 15; Festa de Santo António no dia 12 de junho; S. Sebastião, no domingo Gordo; e Nossa Senhora da Conceição, no dia 15 de agosto.

Património Cultural e Edificado: Igreja Matriz e Escola dos Frades ou Seminário. Paisagem da Serra, casinas, marouços, campos de lapiaz, abrigos de pastores, moinhos de vento, parque de merendas e miradouro. A antiga capela que existia na Serra de Santo António foi demolida, tendo sido erguida, em 1907, a atual Igreja.

Gastronomia: Cachola, Tripas de borrego, Bacalhau à Lagareiro e queijos da serra.

Artesanato: Mantas de retalho, tapetes de trapo e queijo artesanal.

Coletividades: Grupo Recreativo “Os Unidos da Serra”, “Os Cov’altas” – Associação Cultural e Ambiental e Grupo Motard “Pedras Rolantes”.

A freguesia da Serra António destaca-se, claramente, pelas particularidades da sua paisagem. Situada num planalto que o homem compartimentou com muros de pedra solta, consequência da atividade de despedrega, indispensável à tentativa de conseguir solos aráveis, e que lhe dão, atualmente, um especto tão característico.

A grande riqueza geomorfológica da Serra de Santo António incluiu as “pias”, como são designados localmente os reservatórios de águas pluviais, resultantes da progressiva dissolução do calcário, de que o “barreiro” é um excelente exemplo, dada a sua dimensão, muito superior às que geralmente se encontram no Maciço Calcário Estremenho. Por oposição a esta riqueza geológica, está a extrema escassez de vegetação da Serra, apenas com algumas oliveiras e espécies rasteiras.

 

As origens do povoamento nesta área são antiquíssimas, como atestam os achados da estação paleolítica do Casal do Estácio. Situado à entrada da povoação de Santo António, nos contrafortes da Serra, junto ás ruínas de uma casa que a população local atribui aos “mouros”, aqui foram encontrados, na década de 40, peças em sílex que os estudiosos que se dedicaram ao seu estudo designam, com algum cuidado, devido ao estado de conservação e ao reduzido número dos materiais encontrados, do taiacense e mustieróide. A esta origem tão antiga da presença do homem na Serra não é estranha a existência de numerosas grutas e abrigos naturais.

Quanto à documentação escrita, a mais antiga referência conhecida sobre esta freguesia da Serra de Santo António, é o documento que refere que em 1560 habitavam a Pia Carneira Lopo João e a sua mulher Águeda Maria, que aí mandaram construir uma capela em honra do Divino Mártir S. Sebastião, para agradecerem o refúgio ali encontrado quando andavam fugidos à justiça régia. A designação de Serra de Santo António não surge senão muito recentemente.
Anteriormente, o local era designado por Penedos Altos; a Corografia Portuguesa do Pe. António Carvalho da Costa designa-o como Santo António dos Casaes da Serra. A atual designação surge, pela primeira vez, na resposta do pároco de Minde aos Inquéritos de 1758, que refere o lugar, a sua ermida e uma população de cerca de 295 pessoas e 73 fogos.
No ano de 1903, a Serra de Santo António contava já com 600 habitantes e 150 fogos. A freguesia foi criada a 26 de Abril de 1918, por desanexação da freguesia de Minde. Quatro anos mais tarde, a 19 de Agosto de 1922, foi criada a paróquia de Serra de Santo António.

 

in Site da C.M de Alcanena

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 10:48

OS DEZ BENEFÍCIOS DAS CAMINHADAS A PÉ

Terça-feira, 15.05.18

Já dizia Hipócrates, médico na Antiguidade: “Andar é o melhor remédio para um homem.” Na verdade o caminhar, isto é o andar a pé, combinado com um bom sono e uma dieta saudável pode ajudar-nos a evitar completamente vários problemas de saúde. Mesmo que sejam apenas 15-30 minutos de caminhada todos os dias podem melhorar drasticamente não apenas a aparência geral de uma pessoa, mas também a saúde. Se for uma hora é ótimo.

Uma boa caminhada é uma prática única que pode beneficiar significativamente todo o corpo e a própria mente. É grátis, fácil e requer pouco esforço.

Podem considerar-se os seguintes os benefícios de uma boa caminhada pé, usando um bom calçado e roupas leves.

  1. Alterações cerebrais positivas:

Como alguns estudos revelam, exercícios aeróbicos de baixo impacto, como caminhar, previnem a demência precoce, reduzem o risco de doença de Alzheimer e melhoram a saúde mental em geral. Sem mencionar a redução do stresse mental e a manutenção de um nível mais elevado de endorfinas.

  1. Visão melhorada:

Mesmo que os olhos possam parecer a última coisa relacionada com as pernas, caminhar também beneficia realmente a saúde visual. Pode até ajudar a combater o glaucoma, aliviando a pressão ocular.

  1. Prevenção de doenças cardíacas:

De acordo com a American Heart Association, andar não é menos eficaz do que correr quando se trata de prevenir doenças relacionadas com o coração ou derrames. Esta atividade ajuda a evitar problemas cardíacos, baixando os níveis de pressão arterial e o colesterol, bem como a melhorar a circulação sanguínea.

  1. Volume pulmonar superior:

Andar a pé é um exercício aeróbico que aumenta o fluxo de oxigênio na corrente sanguínea e ajuda a treinar os seus pulmões, além de eliminar toxinas e resíduos. Por causa da melhor e mais profunda respiração, alguns sintomas associados à doença pulmonar também podem ser aliviados.

  1. Efeitos benéficos no pâncreas:

Caminhar acaba sendo uma ferramenta muito mais eficaz na prevenção da diabetes do que a corrida. Pesquisas mostram que um grupo de “caminhantes” demonstrou melhoria na tolerância à glicose quase 6 vezes maior (ou seja, quão bem o açúcar no sangue é absorvido pelas células) do que o de um grupo de “corredores”, durante um período experimental de 6 meses.

  1. Melhor digestão

30 minutos de caminhada todos os dias podem não só diminuir o risco de câncer de cólon no futuro, como também ajudar a melhorar a nossa digestão, ajudando a regimentar nossos movimentos intestinais.

  1. Músculos tonificados:

A tonificação muscular e a perda de peso (em casos de pessoas com excesso de peso) também podem ser alcançados através da caminhada. A prática de andar 10.000 passos por dia pode ser considerada como um exercício real numa academia/ginásio, especialmente se fizer alguns intervalos entre a caminhada ou caminhar em subidas. Além disso, é de baixo impacto e não há tempo de recuperação, o que significa que não há músculos doloridos.

  1. Ossos e articulações mais resistentes:

A caminhada pode proporcionar mais mobilidade articular, evitar a perda de massa óssea e até ajuda a reduzir o risco de fraturas. A Arthritis Foundation recomenda caminhar moderadamente pelo menos 30 minutos por dia numa base regular para reduzir a dor nas articulações.

  1. Alívio da dor nas costas:

Caminhar pode ser um verdadeiro salva-vidas para aqueles que experimentam dores nas costas durante exercícios mais desafiadores de alto impacto. Como é uma atividade de baixo impacto, não causará mais dor ou desconforto, como correr, por exemplo. Caminhar contribui para uma melhor circulação sanguínea nas estruturas da coluna vertebral e melhora a postura e a flexibilidade, que é vital para uma coluna saudável.

  1. Uma mente mais calma e sã:

A caminhada ajudaria a sentirmo-nos menos deprimidos ou esgotados e ajuda-nos a sermos pessoas mais felizes e a melhorar o nosso humor!

 

 In Bastante Interessante.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

BENEFÍCIOS DA ÁGUA PARA O NOSSO ORGANISMO

Segunda-feira, 07.05.18

Entre outros benefícios, a água:

1 – Regula o trânsito intestinal;

2 - Contribui para o bom funcionamento dos rins;

3 - Ajuda no combate à celulite e estrias;

4 - Tem uma ação de prevenção no que diz respeito ao envelhecimento da pele, ajudando a manter a elasticidade e tonicidade;

5 – Ajuda no controlo do apetite e peso.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

OLHOS D'ÁGUA

Sábado, 05.05.18

Olhos D’Água é uma Praia Fluvial situada junto à nascente do Rio Alviela, na antiga freguesia de Loureiro, concelho de Alcanena, no distrito de Santarém.

O percurso interpretativo desta praia desenvolve-se desde a nascente do Alviela ao sumidouro da ribeira dos Amiais. A ribeira dos Amiais, um dos raros cursos de água superficiais do maciço calcário estremenho, forma estruturas geológicas de rara beleza ao atravessar os calcários do Jurássico Médio. A sua beleza geológica rodeada pela vegetação mediterrânica essencialmente arbustiva torna este percurso um dos mais atrativos da região. Na lapa da Canada, a ribeira dos Amiais encontrou, em profundidade e ao longo de cerca de 200 metros, o seu trajeto preferencial. Mais a jusante, a natureza criou uma importante estrutura cársica natural, a janela cársica, que nos deixa observar a ribeira a circular em profundidade e vários níveis de grutas calcárias formadas ao longo de milhões de anos. Estas grutas são agora um importante abrigo de maternidade de uma colónia de morcegos que traz ao Alviela, todos os anos, mais de 5000 indivíduos. Antes de desaguar no rio Alviela e já a circular novamente à superfície, a ribeira dos Amiais produziu um canhão flúvio-cársico, estreito, encaixado na paisagem, de vertentes íngremes, que não deixa ninguém indiferente. No início deste canhão encontra-se o poço escuro, uma cavidade cársica protegida por um dique de betão que, na época chuvosa, expele água com uma intensidade que deixa antever a importância do maciço como reservatório de água doce subterrânea. E a nascente do Alviela, uma das seis nascentes cársicas permanentes do maciço, é a que tem o maior caudal, já abasteceu a cidade de Lisboa e dá origem ao rio Alviela que, logo nos primeiros metros do seu trajeto, permite-nos ter a bela Praia Fluvial dos Olhos d´Água do Alviela.

Locais a visitar: a nascente do Rio Alviela, o Poço Escuro, o Canhão fluvio-cársico da Ribeira dos Amiais, o Sumidouro da mesma ribeira, a Janela Cársica e a Ressurgência da Ribeira dos Amiais.

A praia possui um restaurante e num raio de sete km existem outros entre os quais - O Peregrino (Louriceira); Tertúlia do Gaivoto (Louriceira); Adega Miceu (Espinheiro); Cantinho do Tóino (Alcanena); Central (Vila Moreira); Cervejaria Calado (Casais da Moreta); Frazão (Malhou); Leamad (Espinheiro); Nutriself (Intermarché - Alcanena); O Atlético (Alcanena); O Caneiros (Alcanena); O Caracol (Covão do Feto); O Facho (Alcanena); O Mal Cozinhado (Monsanto); O Malho (Malhou); O Nosso Cantinho (Alcanena); O Patanisca (Raposeira); Penedas (Malhou); Pizza Buona (Alcanena); Retiro dos Pacatos (Malhou), etc.

No que a alojamento diz respeito, pode dormir-se, no local, no Centro Ciência Viva do Alviela – Alojamento em Camarata ou no Parque de Campismo da Praia Fluvial dos Olhos D’Água – Campismo e Bungalows. Num raio de 15km existem vários hoéis: Hotel Eurosol (Alcanena); Residencial Planeta (Alcanena); A Coelheira (Moitas Venda); Residencial Glória (Moitas Venda); Estaminé (Minde); Parreirais dos Moquinhos (Minde); Alojamento Local – Praça Velha (Minde).

Fonte, Net

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

TEXTO NARRATIVO

Quarta-feira, 12.07.17

Texto narrativo é um texto que narra ou conta uma estória. Os seus elementos fundamentais são, para além do autor, o narrador, as personagens e as ações.

O autor é a pessoa real que inventa, imagina e escreve a estória. Por sua vez o narrador é uma pessoa imaginária, criada pelo autor, que tem como função apenas narrar ou contar a estória. O que distingue estes dois elementos, para além das funções que desempenham na construção do texto, é o facto de o primeiro ser real, existir de facto, enquanto o segundo é, simplesmente, imaginário, isto é, não é pessoa real, existe apenas dentro da estória. O mesmo acontece com as personagens, seres criados pelo autor, que apenas existem dentro da estória. Por vezes o narrador desempenha, simultaneamente, as funções de narrador e de personagem. Neste caso chama-se narrador presente e as suas marcas são facilmente detetáveis no texto.

As ações são factos, atitudes, gestos e sentimentos praticados pelas personagens dentro da estória pelo que também são imaginários, embora autor, geralmente, se baseie em factos reais que molda, altera e enriquece com a sua imaginação. Muitas ações, porém, são meramente inventadas pelo autor. Importante é situar as ações no espaço e no tempo pelo que o autor também pode basear-se no real, embora muitas vezes recorra apenas à sua imaginação.

Na construção do texto narrativo, no entanto, o autor pode ainda ter que recorrer a descrições quer das personagens, quer dos espaços, quer das ações. São os momentos de pausa em que a estória para e que são facilmente detetáveis ao longo do texto porquanto geralmente são utilizados exclusivamente os verbos estáticos: ser, estar, permanecer e ficar. Estas descrições também podem ser fruto só da imaginação do autor, embora muitas vezes também recorra ao real. Recorrer ao real para ajudar a imaginação, para muitos autores, torna, na verdade, a escrita mais fácil e mais apelativa.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 09:06

AS SETE ESPADAS DE DORES DE MARIA SANTÍSSIMA

Sábado, 15.04.17

Segundo uma crença popular religiosa, em revelações a Santa Brígida, a Virgem Maria, mãe de Jesus prometeu conceder Sete Graças a quem rezar, todos os dias, Sete Ave-Marias em honra das suas Dores e Lágrimas. Por sua vez o poeta brasileiro Joaquim Batista de Sena, nascido no dia 21 de maio de 1912, em Fazenda Velha, do termo de Bananeiras, escreveu o poema em epígrafe claramente inspirado no romance de Pérez Escrich, notadamente na passagem que o poeta e escritor espanhol relata o encontro da Sagrada Família com Dimas, o bom ladrão, nos desertos das Judeia. Na Fajã Grande as pessoas mais antigas também haviam tido como herança esta crença, rezando nestes dias de semana santa orações adequadas. Aqui o reproduzo o poema de Joaquim Batista de Sena:

 

Inspirai-me ó Virgem Pia
Mãe de Deus, mãe amorosa
Para em poema versar
A coroa dolorosa
E ver se colho uma lágrima
Da pessoa impiedosa.

Quem subir o pensamento
Vai do Gólgota observando
Jesus pregado na cruz
A sua vida ultimando
Maria ao pé do lenho
Seus tormentos contemplando.

Os tormentos de Jesus
São os mesmos de Maria
Quando furavam seu filho
O seu coração feria
Ele sofria no corpo
Ela na alma sofria.

E não foi só no Calvário
Aquelas lágrimas sentidas
Mas toda a sua existência
Foi de dores comovidas
Era uma sobre a outra
Como ondas embravecidas.

A primeira dor foi quando
Jesus Cristo foi à pia
Que o velho Simeão
Tomou ele de Maria
E com a profetisa Ana
Declarou-lhe a profecia:

- Senhora, esse vosso filho,
Disse o velho Simeão
Será para vós motivo
De lágrimas, dor e paixão
E por ele, sete espadas
Transpassam o teu coração.
(...)

A segunda dor foi quando
Veio um anjo lhe avisar
Que fugisse para o Egito
E deixasse o seu lugar
Que Herodes o perseguia
Para o menino matar.

(...)

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

DO PAVILHÃO DE PENAFIEL À ONU

Sábado, 08.10.16

Era ano de Eleições Legislativas e estávamos em plena campanha eleitoral. O Engenheiro António Guterres era, incondicionalmente, o principal candidato Primeiro-Ministro de Portugal.

Nesse ano a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, numa decisão inédita, havia atribuído a organização dos Campeonatos Nacionais de Jovens à Associação Recreativa Novelense, com a colaboração da Câmara Municipal de Penafiel. Toda a organização e direção da prova eram única e exclusivamente da minha responsabilidade.

A prova realizava-se no Pavilhão Municipal de Penafiel. Mas o elevado número de atletas participantes – cerca de 450 jovens – obrigou à colocação de algumas mesas de jogo no pavilhão desportivo daa Escola Preparatória de Penafiel, situada a uns bons metros do pavilhão, o que implicava, da minha parte, frequentes deslocações a um e outro dos pavilhões.

Na véspera da prova, o Engenheiro Agostinho Gonçalves, na altura Presidente da Câmara de Penafiel, telefonou-me, dizendo-me que no dia seguinte o Engenheiro António Guterres vinha a Penafiel, em campanha eleitoral e que gostaria de o levar ao pavilhão. Anuí e regozijei-me até porque sabia que era a única forma da televisão dar algumas imagens da prova.

Assim aconteceu. Porém na altura em que o Engenheiro António Guterres acompanhado da sua comitiva chegou ao pavilhão eu havia-me ausentado para o outro local onde decorria a prova. O Pavilhão Municipal, no entanto, estava repleto de atletas e público, numa excelente e dinâmica organização o que causou alguma admiração por parte do futuro Primeiro-Ministro, que mostrou interesse em cumprimentar o responsável pela organização da prova.

Disseram-lhe que eu não estava, que me deslocara a outro local onde parte da prova decorria mas que decerto não me demoraria. Num gesto de grande humildade e respeito pelo trabalho dos outros, o Engenheiro António Guterres fez questão de esperar por mim. Na verdade e, para espanto meu, quando cheguei ao pavilhão deparei-me com o Engenheiro António Guterres à minha espera. Abraçou-me e felicitou-me por aquela excelente organização e sobretudo por ser uma competição desportiva que envolvia e movimentava dezenas e dezenas de jovens de todo o país.

Senti-me lisonjeado, agradeci-lhe e, conduzindo-o ao gabinete que me fora disponibilizado durante a prova, ofereci-lhe um símbolo do campeonato – uma miniatura em estanho do Sameiro de Penafiel, com dados referentes àqueles campeonatos.

A Associação Recreativa Novelense sagrou-se Campeão Nacional de Ténis de Mesa e, alguns dias depois, o Engenheiro António Guterres foi nomeado Primeiro- Ministro de Portugal. Hoje foi eleito Secretário-Geral das Nações Unidas.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

FISGAS DE ERMELO

Sábado, 01.10.16

A Cascata das Fisgas de Ermelo é uma queda de água ou cascata localizada junto à União de Freguesias de Ermelo e Pardelhas, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real, em Portugal.

Esta cascata é uma das maiores quedas de água do país e uma das maiores da Europa fora da Escandinávia e dos Alpes, não se precipitando num único salto vertical: fá-lo em vários saltos, ao atravessar progressivamente uma grande barreira de quartzitos, num profundo socalco. As suas águas separam as zonas graníticas das zonas xistosas das terras envolventes.

O desnível desta cascata, apresenta cerca de 200 metros de extensão cavados pelas águas calmas, mas perseverantes do rio Olo que nasce no Parque Natural do Alvão.

Antes do início das quedas de água existe, a montante, um grupo de lagoas de águas cristalinas muitos usadas nas épocas de veraneio, como excelente e muito procurada praia fluvial.

O acesso à Cascata de Fisgas do Ermelo pode ser feito pelas estradas florestais que ligam Lamas de Olo à localidade de Ermelo ou a partir de Mondim de Basto e Vila Real através da estrada EN304 junto à aldeia de Ermelo e à ponte sobre o rio Olo. As Fisgas de Ermelo constituem, inequivocamente, o local mais emblemático de quantos existem na área protegida Parque Natural do Alvão. Trata-se de uma das maiores quedas de água da Europa, com um desnível de cerca de 400 metros, assentes em rochas quartzíticas com aproximadamente quinhentos milhões de anos. Foi a fracturação, resultante da junção das placas de antigos continentes, destas rochas duras que permitiu que o Rio Olo nelas se tenha “enfisgado”, dando origem ao nome popular pelo qual é conhecida a mais bela cascata do território continental português.

É um local que possui um elevado valor científico, didático e patrimonial, tendo associada uma notável vocação turística, na vertente Turismo de Natureza. A presença de marcas fósseis nestas rochas, deixadas por organismos marinhos já extintos, podem também ser vistas como uma espécie de “ilustração” de tempos distantes, em que a vida só existia no mar, por contraponto à biodiversidade excecional conhecida atualmente nesta área protegida.

A beleza singular e selvagem das Fisgas de Ermelo atrai dezenas de milhares de visitantes todos os anos, que daqui saem com todos os sentidos despertos e com o desejo e a promessa de voltarem muitas outras vezes. Dispersos nas encostas ainda se podem observar inúmeras cabras e carneiros selvagens. Integrado na mesma área existe o trilho das Fisgas, com a designação de PR3 – Fisgas de Ermelo. O seu percurso permite conhecer um pouco da bonita Serra do Alvão e, consequentemente, uma das suas paisagens emblemáticas, as Quedas de Água de Fisgas de Ermelo. A aldeia de Ermelo, onde tem início o trek, é facilmente acessível a partir da vila de Mondim de Basto. O Trilho das Fisgas de Ermelo é uma autêntica descoberta da alma do Alvão. O trilho atravessa uma série de paisagens verdadeiramente surpreendentes que permitem mais uma vez confirmar aquilo que nós há muito desconfiávamos: Portugal é mesmo um dos países mais bonitos do mundo.

 

NB – Dados retirados da Internet

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

AND THE WINNER IS PORTUGAL

Segunda-feira, 11.07.16

Finalmente caiu o pano sobre o Campeonato de Futebol Europeu, o Euro 2016. And the winner is PORTUGAL Hoje, na verdade foi o dia que o Senhor fez, o dia de todas as decisões. Portugal e França disputaram, numa final inédita, o jogo que deu a conhecer o novo campeão europeu. Foi Portugal, após 120 minutos de jogo, que venceu a França por 1-0, com golo de Eder.

Recorde-se que as duas seleções tiveram percursos sensivelmente diferentes até chegaram à final de Paris. Portugal, na verdade, não começou da melhor forma, terminando a fase de grupos no 3.º lugar do grupo em que estava inserido, (Islândia, Áustria e Hungria) com três empates em três jogos, somando apenas três pontos. Nos oitavos de final, no sistema mata-mata a equipa lusa esteve um pouco melhor apesar de ter que ir a prolongamento para eliminar o seu adversário, a Croácia. Seguindo em frente, nos quartos de-final Portugal foi forçado ao desempate através da marcação de grandes penalidades para eliminar a Polónia. Só nas meias-finais é que Portugal venceu a partida nos 90 minutos regulamentares com uma vitória por 2-0 sobre o País de Gales.

Por sua vez a França teve um percurso mais vitorioso. Os gauleses terminaram a fase de grupos no 1.º lugar do Grupo A, com duas vitórias e um empate. Mas na fase seguinte revelaram algumas dificuldades para eliminar quer a Roménia, quer a Albânia visto que os golos das vitórias só surgiram em período de compensação, resolvendo, no entanto, todos os jogos no tempo regulamentar, incluindo a eliminação, nas meias-finais, da atual campeã do mundo, a todo poderosa Alemanha.

Lamentáveis as afirmações de alguns responsáveis e jogadores franceses, nomeadamente, as de Jérôme Rothen, antigo jogador da seleção francesa, que afirmou literalmente Portugal não tem hipóteses nenhumas na final e Renato Sanches não tem nenhuma visão de jogo. Outros franceses consideraram o jogo de Portugal nojento, muito faltoso e mau. Para os franceses, pelos vistos Portugal não merecia vencer este europeu. Razão tinha o treinador Português, Fernando Santos, quando na véspera declarou em tom jocoso, perante as insinuações dos franceses:

- Não me importo nada de na segunda-feira ler nos jornais franceses: “Portugal não mereceu mas venceu”.

Por sua vez a casa irlandesa de apostas Paddy Power, nas vésperas da final, deixou no seu site um apelo polémico

Querida França:

Por favor, por favor, por favor, vence Portugal e faz Cristiano Ronaldo chorar. Fá-lo chorar lágrimas salgadas.

Estariam os responsáveis destas afirmações simplesmente a recordar Fernando Pessoa: “Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal” ou a pré-anunciar o que um jogador francês havia de fazer ao melhor jogador do mundo?

Verdade é que no fim do jogo as lágrimas de Cristiano Ronaldo, dos restantes jogadores e de todos os portugueses foram bem doces, simplesmente porque Portugal venceu a todo poderosa França e é o campeão da Europa.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

EURO 2016

Sexta-feira, 10.06.16

Começa hoje a Fase Final do XV Campeonato Europeu de Futebol, o Euro 2016. A prova que se realiza na França será disputada, pela primeira vez, por 24 seleções, distribuídas por 6 grupos, assim constituídos: Grupo A - França, Roménia, Albânia e Suíça; Grupo B - País de Gales, Eslováquia, Inglaterra e Rússia; Grupo C - Polónia, Irlanda Norte, Alemanha e Ucrânia; Grupo D – Espanha, República Checa, Turquia e Croácia; Grupo E – Irlanda, Suécia, Bélgica e Itália; Grupo E – Áustria, Hungria, Islândia e Portugal.

Das catorze edições anteriores as seleções da Alemanha e Espanha lideram o grupo de vencedores, com três títulos cada, enquanto a seleção anfitriã ganhou duas vezes. As restantes seis edições foram ganhas pela Dinamarca, Grécia, Rússia, Itália, Checoslováquia e Itália.

O Calendário da prova é o seguinte:

 

Fase de grupos: 

 

10 Junho, 20.00 (St-Denis): França-Roménia – Grupo A 

11 Junho, 15.00 (Lens): Albânia-Suíça – Grupo A 

11 Junho, 18.00 (Bordéus): Gales-Eslováquia – Grupo B 

11 Junho, 20.00 (Marselha): Inglaterra-Russia – Grupo B 

12 Junho, 15.00 (Paris): Turquia-Croácia – Grupo D 

12 Junho, 18.00 (Nice): Polónia-Irlanda Norte – Grupo C 

12 Junho, 20.00 (Lille): Alemanha-Ucrânia – Grupo C

13 Junho, 15.00 (Toulouse): Espanha-Rep. Checa – Grupo D 

13 Junho, 18.00 (St-Denis): Irlanda-Suécia – Grupo E 

13 Junho, 20.00 (Lyon): Bélgica-Itália – Grupo E

14 Junho, 18.00 (Bordéus): Austria-Hungria – Grupo F

14 Junho, 20.00 (St-Etienne): Portugal-Islândia – Grupo F

15 Junho, 15.00 (Lille): Russia-Eslováquia – Grupo B 

15 Junho, 18.00 (Paris): Roménia-Suíça – Grupo A 

15 Junho, 20.00 (Marselha): França-Albânia – Grupo A 

16 Junho, 15.00 (Lens): Inglaterra-Gales – Grupo B 

16 Junho, 18.00 (Lyon): Ucrânia-Irlanda Norte – Grupo C

16 Junho, 20.00 (St-Denis): Alemanha-Polónia – Grupo C 

17 Junho, 15.00 (Toulouse): Itália-Suécia – Grupo E

17 Junho, 18.00 (St-Etienne): Rep. Checa-Croácia – Grupo D 

17 Junho, 20.00 (Nice): Espanha-Turquia – Grupo D

18 Junho, 15.00 (Bordéus): Bélgica-Irlanda – Grupo E 

18 Junho, 18.00 (Marselha): Islândia-Hungria – Grupo F 

18 Junho, 20.00 (Paris): Portugal-Áustria – Grupo F

19 Junho, 20.00 (Lille): Suíça-França – Grupo A 

19 Junho, 20.00 (Lyon): Roménia-Albânia – Grupo A 

20 Junho, 20.00 (St-Etienne): Eslováquia-Inglaterra – Grupo B 

20 Junho, 20.00 (Toulouse): Russia-Gales – Grupo B 

21 Junho, 18.00 (Paris): Irlanda Norte-Alemanha – Grupo C

21 Junho, 18.00 (Marselha): Ucrânia-Polónia – Grupo C

21 Junho, 20.00 (Bordéus): Croácia-Espanha – Grupo D 

21 Junho, 20.00 (Lens): Rep. Checa-Turquia – Grupo D

22 Junho, 18.00 (Lyon): Hungria-Portugal – Grupo F 

22 Junho, 18.00 (St-Denis): Islândia-Austria – Grupo F 

22 Junho, 20.00 (Nice): Suécia-Bélgica – Grupo E 

22 Junho, 20.00 (Lille): Itália-Irlanda  – Grupo E

 

Oitavos de final

 

25 Junho, 15.00 (St-Etienne): Segundo Grupo A-Segundo C – Jogo 1

25 Junho, 18.00 (Paris): Vencedor B-Terceiro A/C/D – Jogo 2

25 Junho, 20.00 (Lens): Vencedor D-Terceiro B/E/F – Jogo 3

26 Junho, 15.00 (Lyon): Vencedor A-Terceiro C/D/E – Jogo 4

26 Junho, 18.00 (Lille): Vencedor C-Terceiro A/B/F – Jogo 5

26 Junho, 20.00 (Toulouse): Vencedor F-Segundo E – Jogo 6

27 Junho, 18.00 (St-Denis): Vencedor E-Segundo D – Jogo 7

27 Junho, 20.00 (Nice): Segundo B-Segundo F – Jogo 8

 

Quartos de final

 

30 Junho, 20.00 (Marselha): Vencedor Jogo 1-Vencedor Jogo 3 – QF1

1 Julho, 20.00 (Lille): Vencedor Jogo 2-Vencedor Jogo 6 – QF2

2 Julho, 20.00 (Bordéus): Vencedor Jogo 5-Vencedor Jogo 7 – QF3

3 Julho, 20.00 (St-Denis): Vencedor Jogo 4-Vencedor Jogo 8 – QF4

 

Meias-finais

 

6 Julho, 20.00 (Lyon): Vencedor QF1-Vencedor QF2 – SF1

7 Julho, 20.00 (Marselha): Vencedor QF3-Vencedor QF4 – SF2

 

Final

 

10 Julho, 20.00 (St-Denis): Vencedor SF1-Vencedor SF2

 

Força Portugal!

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

ULISSES

Segunda-feira, 07.12.15

Ulisses foi, nas mitologias grega e romana, um personagem da Ilíada e da Odisseia, de Homero. É o personagem principal dessa última obra, e desempenhou um papel importante na Guerra de Troia. É um dos mais ardilosos guerreiros de toda a epopeia grega, mesmo depois da guerra, quando do seu longo retorno ao seu reino, Ítaca, uma das numerosas ilhas gregas.

Como herói grego, Ulisses era rei de Ítaca e filho de Laerte e Anticleia. Seu pai era filho único de Arcésio e sua mãe era filha de Autólico, um famoso ladrão.

Quanto Tíndaro, rei de Esparta, teve conhecimento de que havia vários pretendentes para sua filha Helena, para resolver o imbróglio, Ulisses, também chamado de Odisseu, sugeriu que todos os pretendentes jurassem defender o escolhido de qualquer mal que fosse feito contra ele. Aceite esta condição, Tíndaro escolheu Menelau para casar com Helena e ordenou ao seu irmão Icário que casasse a sua filha Penélope com Ulisses. Da união de Ulisses com Penélope nasceu Telêmaco, de quem o pai teve de se separar muito cedo para lutar ao lado de outros nobres gregos em Troia. Ulisses foi um dos elementos mais atuantes no cerco de Troia, no qual se destacou principalmente pela sua prudência e astúcia, com destaque na construção do célebre cavalo de madeira.

Durante a guerra de Troia, muitas foram as batalhas que os gregos venceram sob o comando de Ulisses, que assim se revelou um notável guerreiro, apesar de sua baixa estatura. Após a derrota dos troianos, Ulisses iniciou uma atribulada viagem de dez anos de regresso a Ítaca onde a sua mulher, Penélope, o esperava com uma fidelidade obstinada, personificada na célebre manta que tecia de dia e desmanchava de noite. Mas Penélope, sobretudo devido à demora de Ulisses, não o reconheceu de imediato. O único ser vivo que o reconheceu foi o seu cão Argus.

Esta atribulada viagem mereceu a criação por Homero do poema épico Odisseia, no qual são narradas as aventuras e desventuras de Ulisses e dos companheiros desde que deixaram Troia, algumas causadas por eles e outras devido à intervenção dos deuses.

Quando levado por uma corrente chegaram a uma ilha estranha, cegaram o ciclope Polifemo que a habitava, despertando a ira de Posídon, que os atormentou durante o resto da viagem. Assim foram atracar à ilha de Calipso, onde uma mulher os seduziu e aprisionou, durante anos e não o soltaria de lá até que Hermes, Deus mensageiro, apareceu para a deusa Calipso e deu ordens de Zeus a ela, ordenando que Ulisses fosse libertado. A deusa ajudou-o a construir uma jangada, a fim de que continuasse o seu caminho rumo à sua pátria e ao seu lar.

Com a ajuda de Zeus e de outros deuses, Ulisses chegou a casa sozinho para encontrar o filho Telémaco, já feito homem e sua esposa Penélope, importunada por vários pretendentes. Disfarçado como mendigo, primeiro verificou se Penélope lhe fora fiel durante a sua ausência e, em seguida, matou os pretendentes à sua sucessão que a perseguiam, limpando o palácio de todos aqueles malévolos que, diariamente, a importunavam. Com isso, iniciou-se uma batalha final contra as famílias dos homens mortos, mas a paz foi, finalmente, restaurada por Ulisses com a proteção e o auxílio da deusa Atena.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

MANTEIGAS

Terça-feira, 08.09.15

O concelho de Manteigas, encravado no Coração da Serra da Estrela, totalmente integrado no Parque Natural, possui belezas paisagísticas emblemáticas, consideradas verdadeiras "ex-libris" da Região.

A vila situa-se num Vale Glaciar, serpenteado pelo Rio Zêzere, com um ambiente pastoril característico e lugares naturais de beleza rara, com destaque para os imponentes Cântaros, constituídos por um rochoso granítico na zona do Covão D'Ametade, onde no sopé brota a nascente cristalina do Rio Zêzere, o Poço do Inferno, cascata de água límpida e gélida de uma beleza rara e extraordinária e as Penhas Douradas. Mas outros locais merecem especial destaque como por exemplo o Miradouro do Fragão do Corvo, o Vale da Castanheira, o Covão da Ponte, o Vale de Sameiro, etc.

Para além das paisagens naturais, Manteigas possui também um valioso Património edificado que merece uma especial e atenta visita, como o caso da Igreja Matriz de Santa Maria, Igreja de São Pedro, Capela da Senhora dos Verdes, Igreja da Misericórdia, Igreja de Sameiro, Capela de Santa, Igreja de Vale de Amoreira, para além de outras capelas dispersas pelo Concelho, autênticos testemunhos vivos da fé e história. Destaque ainda para a Casa das Obras, Solar construído no Século XVIII.

Quem visita Manteigas poderá ainda saborear e apreciar a gastronomia tradicional, como o caso da chanfana, as trutas, os enchidos regionais, o arroz doce, o requeijão e o célebre queijo da Serra da Estrela. Por sua vez, o artesanato assenta na tecelagem tradicional, destacando-se os trabalhos em madeira. No inverno Manteigas é procurada pela neve, no verão é a beleza natural que domina as atenções dos visitantes.

O concelho de Manteigas é constituído, apenas, por 3 freguesias: Sameiro com cerca de 500 habitantes, Santa Maria com 1.752 habitantes e São Pedro com quase dois mil, estas últimas constituindo a vila de Manteigas

Ignora-se a origem do nome de Manteigas e por quem teria sido fundada esta povoação. Mas consta que o imperador Júlio César passou por aqui, no ano 50 a c., à frente dos seus exércitos. Em 1188, D. Sancho I deu o primeiro foral à Vila de Manteigas e D. Manuel I concedeu-lhe foral novo a 4 de Março de 1514. O concelho de Manteigas, extinto a 26 de Junho de 1896 e anexado ao da Guarda, veio a ser restaurado em 13 de Janeiro de 1898. Com uma área aproximada de 11.000 km2, tem como limítrofes os concelhos da Guarda, Covilhã, Seia e Gouveia.

As principais atividades económicas do concelho são os têxteis, os lacticínios, o turismo, a construção civil e o comércio.

Igreja de Santa Maria de Manteigas, a mais antiga da Vila, possuía, em meados do séc. XVIII, cinco altares; Igreja de S. Pedro de Manteigas, cuja sua construção é posterior à da Igreja de Santa Maria. Desta Igreja saía, em anos alternados, nos meados do séc. XVIII, a procissão real do Corpus Christi. Esta igreja era enriquecida pelo valor de sete capelas anexas: Santo Amaro, S. Domingos, S. Sebastião, Santo André, Santo António d’Além do Rio, Santo António da Argenteira e Senhora dos Verdes. A capela da Senhora dos Verdes é a mais recente edificação e foi mandada erigir pelos moradores de Manteigas no ano de 1756. A Igreja da Misericórdia de Manteigas, construída em meados do séc. XVII, a Casa das Obras (IPP), robusta construção de tipo solarengo, encimada por brasão a conferir título de nobreza.

A nível cultural, há a salientar a existência de duas bandas centenárias, a Banda Boa União – Música Velha e a Filarmónica Popular Manteiguense – Música Nova, que muito contribuem para o enriquecimento cultural do concelho. São igualmente importantes, a nível cultural, o Rancho Folclórico da Casa do Povo e o Rancho Folclórico "Os Malmequeres" de Sameiro, que divulgam a cultura e etnografia manteiguense, bem como o Grupo Coral e o Grupo de Teatro Amador de Manteigas que desempenham o mesmo papel.

Muito ligado a Manteigas está o Zêzere, afluente da margem direita do Tejo. O Zêzere nasce na Serra da Estrela, ao pé do Cântaro Magro, na vertente da Estrela, concelho de Manteigas, a cerca de 1.900 m de altitude. Inicia o seu curso por um pequeno troço – Alto Zêzere – orientado no sentido SO-NE, em que passa junto de Manteigas. Trata-se de uma corrente volumosa e de grande longitude que circula em pleno coração do país, onde a pluviosidade se mostra elevada devido às precipitações quer das chuvas quer das neves e lhe confere frequentes desníveis. É constituído por um leito estreito, com pequenos desfiladeiros e gargantas rasgadas por entre os granitos dos Montes Hermínios, salvo no breve trecho entre Manteigas e Valhelhas, no qual diminui a inclinação e o vale aproveita os terrenos pré-câmbricos para se alargar um pouco. Por sua vez o Rio Mondego serve de fronteira natural entre este concelho e o vizinho Gouveia.

 

NB – Dados retirados da net, Wilkipédia

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

´ÉDIPO E A ESFINGE

Segunda-feira, 22.06.15

Reza a história com a ajuda da mitologia ou esta como auxílio da história, que após o assassinato do rei Laius e do seu filho, príncipe herdeiro, o trono da cidade de Tebas, na antiga Grécia, foi ocupado pelo seu cunhado, Creonte II. Durante os primeiros tempos do seu reinado, Tebas foi assombrada e devastada pela presença de uma Esfinge. Era uma criatura estranha, enviada por Hades, o deus dos infernos, que possuía cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia.

Para além de ter um aspeto macabro, a Esfinge tinha o maléfico dom de, por onde passar tudo destruir, devorando campos, casas e pessoas. Nos intervalos das suas catastróficas atividades, a enviada de Hades passava o tempo a cantarolar uma estranha ladainha, que afirmava ter aprendido com as Musas do Olimpo. Esse cantarolar continha um desafio, um enigma que ninguém até à altura tinha conseguido decifrar. Depois de muito cantar e destruir outro tanto, a Esfinge, sentou-se no alto de um monte e fez a Creonte a seguinte proposta que ele não podia recusar:

" Se algum tebano resolvesse o enigma, ela partiria e a paz regressaria a Tebas. Pelo contrário, todos os tebanos que falhassem seriam devorados e a devastação de Tebas continuaria.

Desesperado, Creonte decidiu que daria a mão de sua filha a quem fosse capaz de resolver o enigma. Este estava contido na seguinte pergunta:

" Qual é a coisa qual é ela, que tem quatro pernas pela manhã, duas à tarde e três à noite?"

Foram muitos os candidatos a arriscarem a vida e todos eles morreram. A esperança era já pouca quando Édipo, sabendo do desafio, se apresentou em Tebas, junto do rei Creonte. Édipo ao nascer tinha sido abandonado por Laio, no monte Citerão, pregando-lhe um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como "Edipodos", que significava "pés-furados", Édipo foi adotado pelo rei de Corinto e, mais tarde, voltou a Delfos, onde consultou o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio, que mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando se tratar de seus pais adotivos, fugiu de Coríntio para Tebas. Durante a uma jornada muito atribulada, entre outros episódios, matou o próprio pai. Matara-o, porém, sem saber que se tratava do seu pai, pois cuidara que era um homem qualquer com quem se tinha cruzado e o mandara sair da frente. Junto de Creonte, Édipo jurava que estava porque sabia qual a resposta dar à Esfinge Esta, afinal, era bastante simples: o Homem. E Édipo explicava: Só ele tem quatro patas, quando gatinha em criança, serve-se de duas para andar na idade adulta, e de três quando é velho, pois é obrigado a usar uma bengala.

A Esfinge ao ouvir as palavras de Édipo, sabendo que decifrara o enigma, lançou-se a um precipício. Um sentimento de alívio e uma nova esperança encheram os corações dos tebanos.

Édipo veio, mais tarde, a tornar-se rei de Tebas e, tal como os oráculos tinham previsto, no seu trágico e atribulado percurso viria a casar, sem o saber, com sua própria mãe, a rainha Jocasta, pois Édipo não tinha sido criado pelos seus pais naturais. E foi numa situação de desespero, na altura em que uma peste devastava Tebas, que a verdade lhe foi revelada pelos oráculos, a quem tinha recorrido em busca de melhores novas. Sentindo-se culpado por não ter reconhecido o pai no homem que tinha morto nem a mãe, tomando-a como sua amante, Édipo cegou-se a si próprio, furando ambos os olhos, depois de ter amaldiçoado os seus filhos, enquanto sua mãe se suicidava. De seguida pediu a Creonte, que voltar ao governo da cidade, que o exilasse, suplicando-lhe ainda que tomasse conta dos seus filhos Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice. Assim fez Creonte II, rei de Tebas.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 13:25

TAÇA DE PORTUGAL

Terça-feira, 02.06.15

O Sporting conquistou este domingo, pela 16.ª vez, a Taça de Portugal de futebol, ao derrotar o Sporting de Braga, no desempate por grandes penalidades, após um empate a dois golos no final do tempo regulamentar. Com esta conquista o Sporting volta aos títulos sete anos depois. Numa partida de muitas emoções, o Braga chegou a ter o jogo na mão, ao estar a vencer por 2-0 e com mais um jogador, mas o Sporting superou-se e empatou mesmo no final do tempo regulamentar. Depois de um prolongamento sem golos, os bracarenses vacilaram da marca das grandes penalidades e a festa no Jamor ficou verde e branca.

A Taça de Portugal é uma competição portuguesa de futebol organizada pela Federação Portuguesa de Futebol e disputada por todos os clubes da Primeira Liga, Segunda Liga, Campeonato Nacional de Seniores e os 20 vencedores das Taças Distritais. A competição teve início em 1938, mas não se realizou nas épocas de 1946/47 e 1949/50. Os jogos disputam-se utilizando o sistema de eliminatórias a uma mão, com exceção das meias-finais que se disputam a duas mãos.

O Benfica é o maior vencedor da competição, com 25 troféus conquistados. Porto e Sporting estão agora empatados, uma vez que ambos conquistaram a taça por 16 vezes. O Boavista ergueu o trofeu por 5 vezes e o Setúbal 3, assim como o Belenenses que a conquistou também por 3 vezes. Na lista dos vencedores segue-se a Académica com 2 vitórias e Braga, Guimarães, Beira-Mar, Estrela da Amadora e Leixões venceram o troféu apenas 1 vez cada. 

Eis a lista de vencedores e finalistas vencidos, com os respetivos resultados:

1938–39          Académica     4 – 3    Benfica.

1939–40          Benfica           3 – 1    Belenenses.

1940–41          Sporting          4 – 1    Belenenses.

1941–42          Belenenses     2 – 0    Guimarães.

1942–43          Benfica           5 – 1    Setúbal

1943–44          Benfica           8 – 0    Estoril

1944–45          Sporting          1 – 0    Olhanense

1945–46          Sporting          4 – 2    Atlético

1947–48          Sporting          3 – 1    Belenenses

1948–49          Benfica           2 – 1    Atlético

1950–51          Benfica           5 – 1    Académica

1951–52          Benfica           5 – 4    Sporting

1952–53          Benfica           5 – 0    FC Porto

1953–54          Sporting          3 – 2    Setúbal

1954–55          Benfica           2 – 1    Sporting

1955–56          FC Porto         2 – 0    Torreense

1956–57          Benfica           3 – 1    Sporting da Covilhã

1957–58          FC Porto         1 – 0    Benfica

1958–59          Benfica           1 – 0    FC Porto

1959–60          Belenenses     2 – 1    Sporting

1960–61          Leixões           2 – 0    FC Porto

1961–62          Benfica           3 – 0    Setúbal

1962–63          Sporting          4 – 0    Guimarães

1963–64          Benfica           6 – 2    FC Porto

1964–65          Setúbal           3 –1     Benfica

1965–66          Braga             1 – 0    Setúbal

1966–67          Setúbal           3 – 2    Académica

1967–68          FC Porto         2 – 1    Setúbal

1968–69          Benfica           2 – 1    Académica

1969–70          Benfica           3 – 1    Sporting

1970–71          Sporting          4 – 1    Benfica

1971–72          Benfica           3 – 2    Sporting

1972–73          Sporting          3 – 2    Setúbal

1973–74          Sporting          2 – 1    Benfica

1974–75          Boavista         2 – 1    Benfica

1975–76          Boavista         2 – 1    Guimarães

1976–77          FC Porto         1 – 0    SC Braga

1977–78          Sporting          2 – 1    FC Porto

1978–79          Boavista         1 – 0    Sporting

1979–80          Benfica           1 – 0    FC Porto

1980–81          Benfica           3 – 1    FC Porto

1981–82          Sporting          4 – 0    SC Braga

1982–83          Benfica           1 – 0    FC Porto

1983–84          FC Porto         4 – 1    Rio Ave

1984–85          Benfica           3 – 1    FC Porto

1985–86          Benfica           2 – 0    Belenenses

1986–87          Benfica           2 – 1    Sporting

1987–88          FC Porto         1 – 0    Guimarães

1988–89          Belenenses     2 – 1    Benfica

1989–90          Estrela            2 – 0    Farense

1990–91          FC Porto         3 – 1    Beira-Mar

1991–92          Boavista         2 – 1    FC Porto

1992–93          Benfica           5 – 2    Boavista

1993–94          FC Porto         2 – 1    Sporting

1994–95          Sporting          2 – 0    Marítimo

1995–96          Benfica           3 – 1    Sporting

1996–97          Boavista         3 – 2    Benfica

1997–98          FC Porto         3 – 1    Braga

1998–99          Beira-Mar       1 – 0    Campomaiorense

1999–00          FC Porto         2 – 0    Sporting         

2000–01          FC Porto         2 – 0    Marítimo

2001–02          Sporting          1 – 0    Leixões

2002–03          FC Porto         1 – 0    União de Leiria

2003–04          Benfica           2 – 1    FC Porto

2004–05          Setúbal           2 – 1    Benfica

2005–06          FC Porto         1 – 0    Setúbal

2006–07          Sporting          1 – 0    Belenenses

2007–08          Sporting          2 – 0    FC Porto

2008–09          FC Porto         1 – 0    Paços de Ferreira

2009–10          FC Porto         2 – 1    Chaves           

2010–11          FC Porto         6 – 2    Guimarães

2011–12          Académica     1 – 0    Sporting

2012–13          Guimarães      2 – 1    Benfica

2013–14          Benfica           1 – 0    Rio Ave

2014–15          Sporting          2 – 2    SC Braga

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 08:03

CAMPEÕES NACIONAIS DE FUTEBOL

Segunda-feira, 18.05.15

O Benfica sagrou-se, ontem, pela 34ª vez, Campeão Nacional de futebol. Até hoje, apenas o Belenenses e o Boavista, para além dos três grandes (Benfica, Sporting e Porto), conseguiram ser campeões nacionais. Pertence ao Benfica o maior número de vitórias no Campeonato Nacional. O Porto ganhou o título 27 vezes, enquanto o Sporting foi 18 vezes campeão. Eis a relação dos campeões:

I Liga

1934/35 FC Porto  

1935/36 Benfica

1936/37 Benfica

1937/38 Benfica

Campeonato Nacional

1938/39 FC Porto

1939/40 FC Porto

1940/41 Sporting

1941/42 Benfica

1942/43 Benfica

1943/44 Sporting

1944/45 Benfica

1945/46 Belenenses

1946/47 Sporting

1947/48 Sporting

1948/49 Sporting

1949/50 Benfica

1950/51 Sporting

1951/52 Sporting

1952/53 Sporting

1953/54 Sporting

1954/55 Benfica

1955/56 FC Porto

1956/57 Benfica

1957/58 Sporting

1958/59 FC Porto

1959/60 Benfica

1960/61 Benfica

1961/62 Sporting

1962/63 Benfica

1963/64 Benfica

1964/65 Benfica

1965/66 Sporting

1966/67 Benfica

1967/68 Benfica

1968/69 Benfica

1969/70 Sporting

1970/71 Benfica

1971/72 Benfica

1972/73 Benfica

1973/74 Sporting

1974/75 Benfica

1975/76 Benfica

1976/77 Benfica

1977/78 FC Porto

1978/79 FC Porto

1979/80 Sporting

1980/81 Benfica

1981/82 Sporting

1982/83 Benfica

1983/84 Benfica

1984/85 FC Porto

1985/86 FC Porto

1986/87 Benfica

1987/88 FC Porto

1988/89 Benfica

1989/90 FC Porto

1990/91 Benfica

1991/92 FC Porto

1992/93 FC Porto

1993/94 Benfica

1994/95 FC Porto

1995/96 FC Porto

1996/97 FC Porto

1997/98 FC Porto

1998/99 FC Porto

1999/00 Sporting

2000/01 Boavista

2001/02 Sporting

2002/03 FC Porto

2003/04 FC Porto

2004/05 Benfica

2005/06 FC Porto

2006/07 FC Porto

2007/08 FC Porto

2008/09 FC Porto

2009/10 Benfica

2010/11 FC Porto

2011/12 FC Porto

2012/13 FC Porto

2013/14 Benfica

2014/15 Benfica

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:05

DAGBA

Quarta-feira, 21.01.15

Dagba é um deus celta, irlandês, patrono da terra e dos acordos, que governa sobre a vida e a morte. Dagda, que significa deus bom, é um dos mais proeminentes deuses celtas, mestre da magia, guerreiro amedrontado e hábil artesão. Dagda é filho da deusa Danu, e pai da deusa Brigit e o deus Aengus Mac Oc. Morrigan é a sua esposa, com quem acasala, somente, nos dias de Ano Novo.

Dagda é retratado como possuidor tanto de uma força sobre-humana como de grande apetite. Normalmente os símbolos que o acompanham são um caldeirão com comida inesgotável, uma harpa mágica e um enorme porrete, com o qual podia matar 9 homens, mas com um outro restitui-lhes a vida. Dagba também é possuidor de 2 maravilhosos porcos que podiam ser comidos várias vezes e que, depois de comidos, voltavam a viver e ainda era dono de um pomar que, independente da estação, dava frutos o ano todo.

Dagda pode ser considerado o patrono do panteão celta e o rei e pai dos deuses, a muitos dos quais deu origem. Através da sua filha Danna, Dagba originou uma tribo da qual se tornou juiz.

Dagba também é considerado pelos celtas o deus da magia, da poesia, da música, da abundância e da fertilidade. Muitos contos irlandeses descrevem Dagda como uma figura de força imensa, armado de uma clava e associado a um caldeirão, o tal caldeirão da abundância. Entre os celtas, o caldeirão era um dos objectos carregado de simbolismo mágico e mítico, pois, para além da comida inesgotável, no seu fundo guardavam-se as essências do saber, da inspiração e da extraordinária taumaturgia, com o qual alimentava, intelectualmente, todas as criaturas. Os humanos que se aproximavam e comiam do caldeirão de Dagba não só ficavam satisfeitos de forma material, mas também, sentiam saciadas as suas apetências de conhecimento e sabedoria. Era também neste caldeirão que Dagba banhava, durante a noite, os guerreiros que morriam em batalhas durante o dia para que recuperassem a vida ao amanhecer do dia seguinte. O mesmo caldeirão também era fonte inesgotável de alimentos para suas tropas.

Outra qualidade do deus Dagda era a sua relação directa com a música e com o seu poder evocador. Um dos seus atributos era precisamente a harpa, instrumento que manejava com habilidade e arte e que lhe servia para convocar as estações do ano. Arrancava também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir dor alguma, ou sem se aperceberem da morte.

Da união de Dagda com Boann, a mulher do deus das águas, Nechtan, nasceu Angus, ou Mac Og. Mais tarde, a sua mãe violou a proibição de visitar a fonte de Nechtan e, em consequência disto, apareceu afogada. Og metamorfoseou-se com o objectivo de se transformar no Boyne, ou seja, o rio-modelo da mitologia irlandesa.

Os celtas, acreditando no poder deste deus, por meio dos seus sacerdotes, os druidas, criaram uma festa como forma de celebrar o pacto com Dagda, a fim de que protegesse o povo celta de todos os males que poderiam acometê-los caso o deus fosse desagradado. Por isso, foi criada em cada fim de ano, a festa de Samain, durante a qual todas as pessoas saíam de suas casas e apagavam todas as fontes de luz a fim de permitir que os mortos visitassem os seus familiares. Para tanto, misturavam num grande caldeirão as bebidas mais fortes e os frutos mais doces. Ferviam-nos até que a mistura atingisse a consistência de um licor - chamado de “queimada”. Depois bebiam este licor até não mais aguentarem. Este ritual era celebrado com música e dança. Ao amanhecer, acordavam e levavam consigo uma brasa incandescente provinda do resto da fogueira da festa e que era usada para reacender os braseiros e velas que iluminavam as casas. Pretendia-se, assim, glorificar Dagda e pedir que eliminasse os efeitos nocivos dos mortos.

Hoje, cuida-se que foi esta festa de Samain que deu origem à data folclórica do Hallowenn. Daí o costume de, nesta festa, visitar as casas solicitando “doces ou travessuras”.

(Dados retirados da Net)

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 11:45

FASES DA LUA - 2015

Segunda-feira, 05.01.15

Fase da Lua                    Data

                 

Lua cheia                          05 De janeiro

Quarto minguante            13 De janeiro

Lua nova                           20 De janeiro

Quarto crescente              27 De janeiro

Lua cheia                          03 De fevereiro

Quarto minguante             12 De fevereiro

Lua nova                           18 De fevereiro

Quarto crescente              25 De fevereiro

Lua cheia                          05 De março

Quarto minguante             13 De março

Lua nova                           20 De março

Quarto crescente              27 De março

Lua cheia                          04 De abril

Quarto minguante             12 De abril

Lua nova                           18 De abril

Quarto crescente              25 De abril

Lua cheia                          04 De maio

Quarto minguante             11 De maio

Lua nova                           18 De maio

Quarto crescente              25 De maio

Lua cheia                          02 De junho

Quarto minguante             09 De junho

Lua nova                           16 De junho

Quarto crescente              24 De junho

Lua cheia                          01 De julho

Quarto minguante             08 De julho

Lua nova                           15 De julho

Quarto crescente              24 De julho

Lua cheia                          31 De julho

Quarto minguante             06 De agosto

Lua nova                           14 De agosto

Quarto crescente              22 De agosto

Lua cheia                          29 De agosto

Quarto minguante             05 De setembro

Lua nova                          13 De setembro

Quarto crescente              21 De setembro

Lua cheia                         27 De setembro

Quarto minguante            04 De outubro

Lua nova                          12 De outubro

Quarto crescente             20 De outubro

Lua cheia                         27 De outubro

Quarto minguante            03 De novembro

Lua nova                          11 De novembro

Quarto crescente              19 De novembro

Lua cheia                          25 De novembro

Quarto minguante             03 De dezembro

Lua nova                           11 De dezembro

Quarto crescente              18 De dezembro

Lua cheia                          25 De dezembro

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 12:34

GRIPE, UM TORMENTO

Segunda-feira, 29.12.14

Chegou o frio. Frio a valer. Embora não fosse previsível para quem, no início do inverno, sie vacinou contra a gripe, verdade é que a dita cuja não esteve com meias medidas e, mandando às ortigas a vacina, invadiu terreno que lhe estava interdito. A gripe este inverno foi mis forte do que a vacina ou melhor a vacina é que não teve a capacidade de obliterar toda a gama de vírus que são capazes de provocar a gripe, uma doença, incómoda, desgastante infeciosa, que pode, em casos de pessoas mais fragilizadas pela idade ou por outras doenças, ser fatal. Geralmente é provocada pelos tais diversos vírus que a vacina cuida que tenta abafar na globalidade. Traz consigo, uma vez que o tempo é de frio, calafrios, febre, corrimento excessivo do muco nasal, inflamação dores de garganta, dores musculares, dores de cabeça, tosse, fadiga e sensação geral de desconforto.

A gripe parece ser, geralmente, transmitida por via aérea através de tosse ou de espirros, os quais propagam partículas que contêm o vírus. A gripe pode também ser transmitida por contacto direto com excrementos ou secreções nasais de aves infetadas, ou através de contacto com superfícies contaminadas.

Os números falam por si. A gripe propaga-se e provoca anualmente entre três e cinco milhões de casos graves da doença e entre 250 000 e 500 000 mortes, número que pode ascender a milhões em anos de pandemia. Ao longo do século XX ocorreram três pandemias de gripe, cada uma delas provocada pelo aparecimento de uma nova estirpe do vírus em seres humanos, e responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas.

Cuidado pois. Com a gripe não se deve brincar. Há que curá-la bem. Isso demora o seu tempo. Há que evitar recaídas.

Estou, pois, de molho desde há dois dias e, embora com sensíveis melhoras, permanecerei mais alguns. Gripe, um tormento!

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:04

A TODOS UM BOM NATAL

Quarta-feira, 24.12.14

(EXCERTOS DE POEMAS DE NATAL DE POETAS PORTUGUESES)

 

Natal, Natalinho, chega de pressa, traz-me um presentinho.

Nasce mais uma vez, menino Deus! Nasce mais uma vez, neste Inverno gelado. Nasce nu e sagrado. Nasce e fica comigo.

Nasce mais uma vez, menino Deus, porque é Natal, é Natal, é Natal!

Vamos por o sapatinho, lá na chaminé. É a noite de Natal, no meu país, agora. Dois milhões de almas e outros tantos corações põem de parte ódios, torturas e aflições.

Vejo a estrela que percorre a noite larga. Vejo a estrela que perturba fundos mares, a estrela que revela a eternidade.

A noite já se avizinha, as luzes já estão a cintilar e os animais a descansar.

Guardavam os pastores o rebanho, nas vigílias da noite de Belém e a glória do Senhor resplandeceu, para lhes anunciar Supremo Bem:

- Ó pastores do monte e prado, acordai por vosso bem, ide já guardar o gado, para ver Jesus em Belém. Pastorinhos de Belém é pois certo, que na noite de Natal, num curral, baixou o Filho de Deus, lá dos céus.

Sede bem-vinda, noite sem par, trazes encanto a cada lar!

Noite de paz. Noite de luz. Numa gruta de Belém, nasceu o Menino Jesus:

- Eu vou dar ao menino uma fitinha pró chapéu. Ele também me dará um lugarzinho no Céu. É Natal! É Natal! É Natal!

Foi na noite de Natal, noite de santa alegria, em que o mundo parou e o Menino nasceu. Nasceu num estábulo, pequeno e singelo. Ao lado do menino, o homem e a mulher. Uma tal Maria, um José qualquer. O mundo parou e o menino nasceu.

Duas tábuas… Era um berço! Tudo escuro… Estaria Deus lá dentro? Lá estava! Hossana nas alturas. Estava dormindo, nas palhinhas, os anjos estão cantando:

- Glória a Deus nas alturas.

O Menino está dormindo, nos braços da Virgem pura, os anjos estão cantando. O Menino está dormindo nos braços de S. José, os anjos estão cantando.

E havia, lá na Judeia, um rei, feio bicho, de resto, um cara de burro, sem cabresto e duas grandes tranças. A gente olhava para ele, reparava e via que naquela figura havia, olhos de quem não gostava de crianças. E o malvado mandou matar quantos eram pequenos, só porque não gostava de crianças. Mas os anjos em coro, no reino da luz, entoam hossanas a Cristo Jesus.

O nosso Menino nasceu em Belém. Nasce tão-somente para nos querer bem. Adoremos o Menino nascido em tanta pobreza e Lhe oferecemos presentes da nossa pobre riqueza.

Jesus pequenino não quis ter um berço, numa manjedoura ficou. Adoramos o Menino, ofereçamos-lhe presentes: a nossa manta de pele, o nosso gorro de lã, a nossa faquinha amolada, o nosso chá de hortelã.

Os anjos cantavam hinos, a alegria era tão grande e nós cantamos também:

- Que noite bonita é esta, em que a vida fica mansa, em que tudo vira festa e o mundo inteiro descansa…

Chove! É dia de Natal. Na província neva. Lá para o Norte é bem melhor. Nos lares aconchegados. Um sentimento conserva os sentimentos passados. É dia de Natal e toda a gente está contente porque é dia de o ficar.

Chove no Natal presente. Antes isso que nevar. É Natal! É Natal! É Natal.

O jornal fala dos pobres em letras grandes e pretas. Traz versos e historietas, desenhos bonitinhos. Traz bodos, bodos, bodos:

- Hoje é dia de Natal mas quando será de todos?

- Hoje é dia de Natal! Natal de quem? Dos que trazem às costas as cinzas de milhões.

- Natal de paz nesta guerra de sangue? Natal de liberdade num mundo de oprimidos? Natal duma justiça roubada sempre a todos? Natal de ser-se igual mas ser-se esquecido? Natal de caridade quando a fome ainda mata? Natal de esperança, num mundo de bombas? Natal de honestidade num mundo de traição?

- Natal de quê? De quem? Daqueles que o não têm.

É Natal! É Natal! É Natal.

Entremos, apressados, friorentos, numa gruta, no bojo de um navio, num presépio, num prédio, num presídio, no prédio que amanhã for demolido. Entremos e depressa em qualquer sítio porque sofremos porque temos frio.

Entremos e cantemos: “A Todos um bom Natal”.

 

(NB - Texto elaborado com excertos de poemas de alguns poetas portugueses.)

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:35

DIETORENAL

Sábado, 06.12.14

Um blogue do sapo onde se pode encontrar uma dieta gourmet contendo, exclusivamente, produtos alimentares compatíveis com a alimentação de pessoas portadoras de insuficiência renal.

Procurar em:http://dietorenal.blogs.sapo.pt

http://dietorenal.blogs.sapo.pt/

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 20:36

O CONCELHO DE MANTEIGAS

Quarta-feira, 26.11.14

O concelho de Manteigas é um dos mais belos e de grande interesse turístico da zona da Serra da Estrela, destacando-se lugares de grande beleza natural que urge visitar como Cântaros, Covão d'Ametade, Covão da Ponte, Covão do Boi, Lagoa Comprida, Miradouro do Fragão do Corvo, Nave de Santo António, Penhas da Saúde, Penhas Douradas, Poço do Inferno, Viveiro das Trutas, Torre, Vale da Castanheira, Vale Glaciar do Zêzere, etc., etc.

No entanto e para além destas e de muitas outras belezas naturais, o concelho possui um Património Histórico considerável no que se refere a Monumentos, nomeadamente igrejas, capelas e outros baluartes artísticos e culturais que marcam a história do Concelho ao longo dos séculos e a fé religiosa dos antepassados.

São de destacar, na freguesia de Sameiro, a igreja de São João Baptista e a capela de Santa Eufémia, na de Santa Maria, a igreja Matriz de Santa Maria e a da Misericórdia e as capelas do Senhor do Calvário, de São Lourenço, de São Gabriel, de Santa Luzia de Nossa Senhora da Estrela, de Nossa Senhora de Fátima, de Nossa Senhora do Carmo e a de Nossa Senhora da Saúde. Por sua vez na freguesia de São Pedro, há a destacar a igreja de São Pedro e as capelas de Nossa Senhora dos Verdes, de Santo António, de São Domingos, de São Sebastião, de Santo André, de Nossa Senhora de Lurdes e a do Imaculado Coração de Maria. Finalmente há destacar igreja de Vale de Amoreira, na freguesia com o mesmo nome.

Igreja de Santa Maria em Manteigas, a mais antiga da Vila, possuía em meados do Séc. XVIII, cinco altares; Igreja de São Pedro em Manteigas, a sua construção é posterior à da Igreja de Santa Maria, desta igreja saía, em anos alternados, nos meados do Séc. XVIII, a procissão real do Corpus Christi. Esta igreja era enriquecida pelo valor de sete capelas anexas: Santo Amaro, São Domingos, S. Sebastião, Santo André, Santo António d´Além do Rio, Santo António da Argenteira e Senhora dos Verdes, sendo esta, a mais recente edificação e foi mandada erigir pelos moradores de Manteigas no ano de 1756. Quanto à igreja da Misericórdia de Manteigas, supõe-se que tenha sido construída em meados do Séc. XVII, hipótese que parece confirmar-se pelo facto de existir no interior da igreja uma têmpera com um texto em português arcaico onde se pode ler que foi celebrada uma missa no ano de 1688.

Igreja da Freguesia do Sameiro, a primitiva igreja foi edificada no alvorecer da nacionalidade portuguesa, em sítio ainda mal definido, nos princípios do Séc. XVII, já aquela igreja não existia e nos fins do mesmo século, nem o local já era respeitado. A construção da nova igreja no local em que hoje se encontra, deve datar dos princípios do Séc. XVIII, possivelmente do ano 1700, a sua ampliação deve datar do primeiro quartel do Séc. XIX, mantendo ainda hoje as mesmas dimensões. A Capela de Santa Eufêmia, na Freguesia de Sameiro, cuja data da primitiva edificação é difícil de estabelecer, remontando por certo a época muito distante, visto que a primeira imagem da Santa se encontrava já deteriorada no ano de 1696, sabe-se porém, que serviu de sede de culto durante a segunda metade do Séc. XVII. A Capela de Nossa Senhora dos Pastores está esculpida em rocha granítica, no alto da serra Covão do Boi;

A nível do património arquitetónico não religioso há a destacar a Casa das Obras, robusta construção de tipo solarengo, encimada por brasão a conferir título de nobreza. No interior existem ainda algumas peças de mobiliário de qualidade, nomeadamente sete quadros a óleo dos Séculos XVIII e XIX, retratando algumas das mais iminentes figuras da Família. Construída em Manteigas, na segunda metade do Séc. XVIII pelo capitão - mor e mais tarde desembargador João Teodoro Saraiva Fragoso de Vasconcelos Cardoso. Este edifício impõe-se pelas suas dimensões e qualidade, estando o seu nome relacionado com a duração e a expectativa da sua construção, que deve ter durado, pelo menos, de 1770 ao primeiro quartel do Séc. XIX. Existem também vários oratórios e painéis, a Torre do Cume, com 9 m (A perfazer 2000 m de altitude), no topo da Serra da Estrela a assinalar o ponto mais alto de Portugal

 

NB – dados retirados na net

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 09:36

RELATO/SINTESE DUMA EXPERIÊNCIA OU NOVAS METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA

Terça-feira, 18.11.14

A educação deve ser concebida como condição necessária ao desenvolvimento do ser humano. Neste sentido as metodologias a utilizar na nossa prática lectiva devem desenvolver a autonomia intelectual do aluno, levando-o a aprender por si próprio, tendo como lema o célebre provérbio chinês “O que eu ouço esqueço; o que eu vejo recordo; o que faço aprendo.” e valorizar aprendizagens experimentais que desenvolvam atitudes, consciencializem valores e tenham como “pilares” fundamentais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver em comum e aprender a ser.

Assim importa que o aluno aprenda a conhecer, a aprender, a reflectir, a pensar, a resolver, a investigar e a fazer. Por isso a Reorganização Curricular como que impõe que se dê tanta importância aos métodos e processos de aprendizagem como se tem dado aos conteúdos. Há que apostar na “Valorização das aprendizagens experimentais nas diferentes áreas e disciplinas... e na diversidade de metodologias e estratégias de ensino e actividades de aprendizagem visando favorecer o desenvolvimento de competências numa perspectiva de formação ao longo da vida.”  Cf. as alíneas e) e h) do Artº 3º do DL nº 6/2001.

Por sua vez M.C. Roldão também esclarece que não devemos valorizar só os conteúdos. É preciso valorizar os métodos, até porque aqueles não se adquirem sem ser através destes, mas também adverte que não se deve valorizar os processos em detrimento dos conteúdos. E acrescenta que a gestão do currículo visa fundamentalmente tornar os indivíduos competentes e sabedores através de um domínio articulado de uma sólida informação e dos métodos e processos de a ela ter acesso, de a organizar e transferir.

Por isso, ainda segundo M.C. Roldão, o currículo escolar deverá incluir nos seus conteúdos de aprendizagem os modos de aceder ao conhecimento, de descodificar, contextualizar e interpretar a informação. Assim os processos também são conteúdos curriculares porque e enquanto objectos de aprendizagens.

A metodologia a adotar-se no ensino de LP deve privilegiar o trabalho de grupo.

O ensino de LP poderá organizar-se em blocos que terão uma duração variável, sendo cada bloco constituído por vários tempos letivos (90 m). Cada bloco tem tempos destinados às seguintes atividades: apresentação do programa das actividades propostas pelo professor através de uma grelha própria, exposição pelo do professor de novos conteúdos, de novos métodos ou técnicas de trabalho (caso se trate de conteúdos ou modelos novos) ou ainda um tempo para revisões, realização, pelos grupos, dos trabalhos propostos com acompanhamento do professor, apresentação dos trabalhos à turma por cada grupo, devendo a ordem de apresentação ser registada na grelha, avaliação de cada grupo e dos seus elementos e realização de um trabalho de avaliação para toda a turma e elaboração coletiva do sumário respeitante a todo o bloco (1 sumário por bloco). Por sua vez, os grupos deverão ser relativamente pequenos 2/3 alunos e heterogéneos, isto é, deverão ter na sua constituição alunos que revelam mais capacidades, alunos médios e alunos mais fracos. Esta caracterização resulta duma avaliação diagnóstica rigorosa, feita no início do ano lectivo e que fica registada no PCT. Cada grupo realiza atividades diferentes, embora alguns trabalhem os mesmos temas/conteúdos. Os temas a tratar deverão os conteúdos contemplados no Programa de Língua Portuguesa e são os seguintes: Oralidade, Leitura de obra completa, Leitura e compreensão de texto, Expressão escrita, Funcionamento da Língua e Atividades diversa. Em cada bloco deverão ser sempre programadas atividades complementares destinadas aos grupos que eventualmente terminem mais cedo o trabalho. Na apresentação do seu trabalho cada grupo, com a colaboração do professor, adopta a metodologia que melhor entender, incluindo, por vezes, propostas de trabalho para os outros alunos, que poderão funcionar como TPC.

Ao longo do ano o professor deverá elaborar uma grelha de registo das actividades realizadas por cada grupo, a fim de que as mesmas se não repitam frequentemente e também para que todos os grupos realizem os diversos tipos de actividades.

Consoante as características e dificuldades reveladas por um determinado grupo, por vezes, podem ser programadas atividades destinadas a remediar essas dificuldades.

 

(Apresentação num Congresso de LP)

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 16:27

ALEA IACTA EST

Sexta-feira, 15.08.14

Inicia-se hoje o 81º Campeonato Nacional de Futebol, no qual, ao longo dos anos em que se disputou, já participaram 70 clubes portugueses. Destes uns são habitués, outros participaram com alguma frequência, outros, de vez em quando e alguns apenas uma vez. Actualmente designado por Primeira Liga, esta prova é a mais alta competição do sistema de ligas de futebol de Portugal, sendo o seu actual campeão, o Benfica, o clube, até ao presente, com mais vitórias, uma vez que conquistou 33 dos 81 campeonatos disputados, seguindo.se o Porto com 27 e o Sporting com 18. Apenas outros dois clubes venceram este campeonato e, apenas, por uma vez cada: o Belenenses e o Boavista.

Esta época não se verifica nenhuma estreia mas acontecem dois regressos importantes: o Boavista e o Penafiel.

Aparentemente e como desde há alguns anos, o campeonato parece virado a norte e ao litoral, centrando-se nos três grandes, supostamente os três crónicos candidatos ao título que, como os reis da Babilónia, são apenas um. “Os três candidatos ao título são o Porto.”

São os seguintes os dezoito clubes participantes:

Boavista - Saído da Primeira Liga, sem honra nem glória, regressa poucos anos depois, por via de um processo administrativo que se pode revelar prematuro. O Boavista conta com o treinador de Petit, com os jogadores Bobó, Beckeles e o veterano Fary, a completar 40 anos, um relvado sintético e meia dúzia de jogadores com experiência na divisão maior. Esta é a sua 52ª participação nesta prova

Penafiel – Com Rabiola e Mbala, sendo treinado por Ricardo Chéu, que com apenas 33 anos é o mais novo da Liga e que se destacou na época passada no Académico de Viseu, o Penafiel vai competir pela 13ª vez na 1ª divisão, tendo como objectivo principal a manutenção, tentando ultrapassar a sua melhor classificação de sempre. o 10º lugar. É a equipa mais nacional da prova. Aguarda a contratação do guarda-redes do Irão, que brilhou no Mundial, comandado por Carlos Queirós.

Moreirense – Foi o campeão da II Divisão e participa pela 5ª vez, tendo como objectivo tentar fugir à fatalidade de voltar a ser despromovido, como nas últimas duas presenças. Destacam-se os jogadores Ramón Cardoz, Edivaldo Bolívia e Anilton, sendo o treinador Miguel Leal que na época passada treinou o Penafiel. Alguns reforços estão a ser introduzidos no onze, com o objectivo de garantir mais qualidade e maior experiência.

Paços de Ferreira – Passando do céu ao inferno nas duas épocas anteriores, O Paços acabou por confirmar, depois de disputar uma liguilha, a sua 17ª presença na 1 , sob o comando do regressado Paulo Fonseca, também ele à procura de equilibrar a sua carreira, depois do fracasso no FCP Destaque para os jogadores Paolo Hurtado e Valkenedy.

Belenenses - Um dos clássicos do futebol português, confirmou a 73ª presença na prova que venceu em 1945/46. O objectivo é sobreviver entre os grandes, sob o comando de Vidigal, pelos vistos com dificuldades em obter um grupo que lhe dê garantias de permanência. Jogadores em destaque Miguel Rosa e Abel Camará.

Gil Vicente – Na sua 18ª  presença na 1ª divisão o clube de Barcelos pretende aproveitar os "restos" dos 3 grandes e uma boa relação com o vizinho Braga. Destacam-se ss jogadores Gladstone, César Peixoto e Marwan, mantendo-se o treinador João de Deus no comando da equipa, que pretende ter melhor performance doque a segunda volta da época passada.

Arouca – Foi estreante na prova há um ano conseguindo um interessante 12º lugar, pelo que apostou na continuidade de Pedro Emanuel, como treinador, mantendo um núcleo importante de jogadores. O objectivo principal é o de tentar consolidar a sua presença entre os maiores e para isso conta com alguns valores como David Simão e Goicoechea.

Rio Ave – Ufana-se o clube de Vila do Conde por viver o melhor período da sua história, uma vez que chegaram às finais da Taça de Portugal, da Taça da Liga e da Supertaça, tendo, já esta época, obtido um excelente resultado a nível europeu, eliminando da Liga Europa o Gotemburgo. Com um novo treinador, Pedro Martins vindo do Marítimo, destacam-se os jogadores Tarantini e Marvin Zeegelaar. A nível interno, nesta sua 21ª presença no campeonato maior, o objectivo principal parece ser ultrapassar a melhor classificação de sempre, ou seja o 5º lugar alcançado em 1981/82.

Vitória de Guimarães – Depois do Benfica, Sporting, Porto e Belenenses, o Guimarães é o clube com mais presenças na Primeira Divisão, atingindo, este ano a 70ª. Rui Vitória mantém-se há quatro anos como treinador do clube que tem como objectivo conquistar um lugar europeu, apostando em jogadores como Bernard e Douglas,

Braga - O clube que, nos últimos tempos, mais se aproximou dos três grandes, teve uma época decepcionante. Agora, ao participar pela 59ª vez na 1^Divisã, sob o comando de Sérgio Conceição, tenta voltar à ribalta, lutando pelos lugares cimeiros da tabela. A ajudar os jogadores Rafa e Wallace, entre outros.

Académica - Em Coimbra, a época transacta foi tranquila, longe da despromoção e muito perto dos lugares europeus. Naturalmente que, com 63 presenças na 1ª divisão, a Académica quer repetir, com Paulo Sérgio no comando, no mínimo o mesmo lugar da época transacta, espreitando a conquista de um lugar europeu, com jogadores como Rui Pedro e Olascuaga.

Vitória de Setúbal – Neste clube que participa pela 67º vez na 1ª divisão, o objectivo é manter o excelente 7º lugar alcançado por José Couceiro, na época anterior. Agora orientado por Domingos Paciência, a equipa sadina tenta relançar-se na saga da Europa, para o que conta, entre muitos outros jogadores com Zequinha e Lukas Raeder.

Marítimo – Nesta sua 35ª na 1ª liga, apadrinha o Porto na jornada inaugural e, muito naturalmente, tem como objectivo principal a conquista de um lugar europeu. Com o adjunto de Paulo Bento na Selecção, Leonel Pontes o Marítimo pretende o acesso aos lugares europeus, contando com um leque de jogadores de boa qualidade, com destaque para Danilo Pereira e Edgar Costa

Nacional - Mantendo Manuel Machado no comando do team, o objectivo é continuar a  crescer e aproximar-se, cada vez mais dos grandes, o que passa pela obtenção, novamente de um lugar na liga europa, ou na champions. O clube que inicia a sua 15ª

Presença na 1ª liga e que na época passada se classificou em 5º lugar com apuramento para a Liga Europa, pretende fazer melhor. Para isso conta com um excelente plantel onde se destacam Mário Rondon e Marco Matias.

 

Estoril - O Estoril, nos últimos anos, arquitectou e construiu um interessante e surpreendente projecto no futebol português. Os resultados não se fizeram esperar e o clube tem, não só, mantido uma a alta qualidade de futebol, mas também obtendo excelentes resultados, conquistando, na época passada, o 4º lugar do campeonato por dois anos seguidos. José Couceiro, ao iniciar a 23ª presença do Estoril na 1ª Divisão Nacional, é o novo treinador, tendo, com a colaboração de jogadores como Kuca e Sebá, como objectivo o desafio de, no mínimo, manter os resultados anteriores.

Porto - Depois de uma época desastrosa o Porto apostou tudo, transformando-se numa espécie de selecção B da Espanha. Lopetegui é o treinador também ele espanhol e que já foi contratar mais de meia equipa a Espanha. Alguns de qualidade comprovada como Jackson Martinez, outros por confirmar como Casemiro. Porto, Sporting e Benfica fizeram o pleno, no que a presenças no campeonato da 1ª Divisão diz respeito.

Sporting - O Sporting completou uma época excelente garantindo o 2º lugar que lhe abre a porta da Champions. Marco Silva vai tentar dar continuação ao competente trabalho do seu antecessor. Procurando manter a base da equipa enquanto procura reforços que façam a diferença, o Sporting parecia determinado a entrar forte na nova época, com um lote valioso de jogadores onde se destacam William Carvalho e Paulo Oliveira.

Benfica – O objectivo principal do clube da luz parece ser o de ganhar dois campeonatos seguidos, tarefa que se avizinha difícil para Jorge Jesus, que viu grande parte dos jogadores que mais se destacaram na equipa da época transacta. Na condição de Campeão Nacional e mantendo a dinâmica de jogo o Benfica terá de ser considerado candidato ao título. Para isso mantém ainda alguns nomes sonantes como Enzo Perez e Bebé.

Alea iacta est. Os dados estão lançados. Vamos à peleja.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 18:56

PATRIMÓNIO CULTURAL DE MANTEIGAS

Quarta-feira, 23.07.14

O concelho de Manteigas constitui, por si só, um local de grande interesse cultural e turístico, visitado durante todo o ano por turistas nacionais e estrangeiros. São lugares de rara beleza natural e de interesse turístico neste concelho os seguintes: Cântaros (Magro, Raso, Gordo), Covão d' Ametade, Covão da Ponte, Covão do Boi, Fonte de Paulo Luís Martins, Lagoa Comprida, Miradouro do Fragão do Corvo, Nave de Santo António, Penhas da Saúde, Penhas Douradas, Poço do Inferno, Posto Aquícola da Fonte Santa - Viveiro das Trutas, Torre, Vale da Castanheira e Vale Glaciar do Zêzere

Em termos de património artístico e cultural, o concelho de Manteigas também é muito rico, possuindo um património histórico considerável, sobretudo, no que se refere a monumentos religiosos, nomeadamente, igrejas e capelas. Além disso, existem muitos padrões que marcam a história do concelho ao longo dos séculos e a fé religiosa dos antepassados., com destaque para a freguesia de Sameiro, a igreja de São João Baptista e a capela de Santa Eufémia. Destacam-se também monumentos de interesse na freguesia de Santa Maria e as igrejas Matriz de Santa Maria e a da Misericórdia, as capelas do Senhor do Calvário, de São Lourenço, de São Gabriel, de Santa Luzia, de Nossa Senhora da Estrela, de Nossa Senhora de Fátima, de Nossa Senhora do Carmo e a de Nossa Senhora da Saúde. Na freguesia de São Pedro, destaca-se a igreja de S. Pedro e as capelas de Nossa Senhora dos Verdes, de Santo António, de São Domingos, de São Sebastião, de Santo André, de Nossa Senhora de Lurdes e a do Imaculado Coração de Maria. Na freguesia de Vale de Amoreira, a igreja de Matriz.

Na vila de Manteigas a igreja de Santa Maria, a mais antiga da Vila, que possuía em meados do Séc. XVIII, cinco altares, a igreja de São Pedro, cuja construção é posterior à da Igreja de Santa Maria. Desta igreja saía, em anos alternados, nos meados do Séc. XVIII, a procissão real do Corpus Christi. Esta igreja era enriquecida pelo valor de sete capelas anexas: Santo Amaro, São Domingos, S. Sebastião, Santo André, Santo António d´Além do Rio, Santo António da Argenteira e Senhora dos Verdes, a mais recente edificação, mandada erigir pelos moradores de Manteigas no ano de 1756. Destaque ainda para a igreja da Misericórdia, que se supõe que tenha sido construída em meados do Séc. XVII, hipótese que parece confirmar-se pelo facto de existir no interior da mesma uma têmpera com um texto em português arcaico onde se pode ler que foi celebrada uma missa no ano de 1688. Em Manteigas destaque ainda para as capelas do Senhor do Calvário, de São Lourenço, de São Gabriel, de Santa Luzia, de Nossa Senhora da Estrela, de Nossa Senhora de Fátima, de Nossa Senhora do Carmo na Castanheira, de Nossa Senhora da Saúde na Quinta da Boavista, de Nossa Senhora dos Verdes, recentemente reconstituída, de Santo António, de São Sebastião, de Santo André, de São Domingos e a de Nossa Senhora dos Pastores, esculpida em rocha granítica, no alto da serra Covão do Boi. Vários oratórios, painéis e alminhas enriquecem este vasto património cultural religioso de Manteigas.

No que aos monumentos civis diz respeito, destaque para a Casa das Obras, robusta construção de tipo solarengo, encimada por brasão a conferir título de nobreza. No seu interior existem ainda algumas peças de mobiliário de qualidade, nomeadamente, sete quadros a óleo dos Séculos XVIII e XIX, retratando algumas das mais iminentes figuras da Família. Construída em Manteigas, na segunda metade do Séc. XVIII pelo capitão - mor e mais tarde desembargador João Teodoro Saraiva Fragoso de Vasconcelos Cardoso, a Casa das Obras impõe-se pelas suas dimensões e qualidade e o seu nome está relacionado com a duração e a expectativa da sua construção, que deve ter durado, pelo menos, de 1770 ao primeiro quartel do Séc. XIX.

Finalmente, outro lugar de interesse turístico neste concelho é Torre do Cume, com 9 metros, a perfazer 2000 metros de altitude, no topo da Serra da Estrela a assinalar o ponto mais alto de Portugal; Torre do Cume, com 9 m (A perfazer 2000 m de altitude), no topo da Serra da Estrela a assinalar o ponto mais alto de Portugal;

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 19:18

IN MEMORIAM DO NOÉ

Terça-feira, 08.07.14

Confesso que durante os anos que vivi no Seminário, nunca tive oportunidade de desenvolver e cultivar grande amizade com o Noé. Desde o primeiro ano que ele, devido à sua opulência corporal, pertencia ao grupo dos “grandes”, ou seja, dos últimos da fila, juntamente com o Onésimo, o Octávio, o José Maria Couto, o José Gabriel, o José Maria Ávila e mais um ou outro. Eu, o Faria, o Jorge Nascimento, o Lima Oliveira, o José Augusto, o José Adriano (de São Bartolomeu) e mais alguns, ocupávamos os lugares da frente, dos mais “pequenos”. Habituados a andar em “bicha” para todo o lado, nos passeios pelo Relvão, pela Doca, pelo Alto da Mãe de Deus ou pelo Jardim António Borges, ao dispersar, raramente nos separávamos.

Um episódio ocorrido no início do nosso 2º ano, veio agravar este injustificável “fosso”. No salão de estudo, estreito que nem um corredor, ao fundo, do lado das escadas que davam para os lavatórios e a seguir às malas dos alunos do 1º ano, existiam cerca de vinte carteiras pretas, grandes e com ampla capacidade de arrumação. Creio que teriam sido enviadas, como excedentes, do SEA, pois eram iguais às que ali encontrei mais tarde. As restantes eram umas simples mesas de madeira, envernizadas, muito pequenas e exíguas, com um tampo por cima, que mal fechavam se lhe colocássemos dentro mais um caderno que fosse. As carteiras grandes eram, obviamente, reservadas aos alunos do segundo ano, mas não chegavam para todos. Possuir uma carteira daquelas, no segundo ano, era um sonho de todos. Os “das ilhas de baixo”, no início do segundo ano, ao chegar, no Carvalho, uns dias mais cedo do que os de S. Miguel, ocuparam-nas, literalmente, todas. Chegaram os micaelenses, entre eles os “grandalhões” e não é que o padre José Franco, impõe uma imediata acção de “despejo” das ditas cujas, sem direito a protesto, a mim, ao Faria e a outros, alegando, simplesmente, “que aquelas carteiras eram para os maiores”. Ficamos furiosos!

É verdade que em Angra, já maiores e mais maduros, aquele “fosso” foi, naturalmente, diminuindo, sem no entanto se esvair por completo. O Noé abandonou o Seminário, creio que ao terminar o Curso de Filosofia e eu o de Teologia. Nunca mais nos encontrámos.

Mas quis o destino que, passados muitos anos, nos reencontrássemos num desses maravilhosos e inesquecíveis encontros do Mucifal - berçário de memórias e cimeira de troca de afectos - com a agravante de, nesse dia, sermos os únicos de 1958/59. Não nos largámos um ao outro e o dia foi pequeno para reavivarmos memórias, saudades, recordações e estórias dos anos do Seminário e para partilharmos as nossas posteriores vivências, humanas, familiares, profissionais e sociais. Foi então que percebi que o Noé fora um digno, competente e exímio profissional, orgulhoso do seu valor, ufano do seu excepcional currículo, aureolado de uma excelsa dignidade e de uma notável dedicação e empenhamento. Senti, sobretudo que o Noé era dotado duma grande alma e de um bondoso coração.

E creio que o Noé sentiu algo semelhante em relação a mim, porque no fim do dia, ao despedirmo-nos, ambos lamentámos, termos desperdiçado tantos momentos em que, no Seminário, poderíamos ter vivido sensações tão intensas e tão gratificantes como as daquele dia. Foi então que, para desagravar, esse défice de troca de afectos e amizade, prematuramente, desperdiçados, prometemos um ao outro que nos havíamos de voltar a encontrar, talvez no Norte, na Madeira ou até nos Açores…

Infelizmente, já não nos reencontraremos, porque o Noé partiu hoje e para sempre.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 18:19

ADORO TE DEVOTE

Domingo, 22.06.14

A liturgia da festa de Corpus Christi é repleta de textos muito interessantes, tanto no que à forma e composição diz respeito tanto como pela profundeza mensagem teológica que contêm.

Cuida-se que esta festa terá sido instituída no século XIII, quando um padre de nome Pedro de Praga, da Boémia, sentindo uma enorme crise de fé sobre a veracidade da transubstanciação, terá feito uma peregrinação a Roma, a fim de alcançar uma graça para que esta tentação o deixasse. Ao deslocar-se a Bolsena, enquanto celebrava a Missa num altar com as relíquias de S. Cristina, aconteceu o milagre. Após pronunciar a fórmula da consagração, levantou a Hóstia e sentiu escorrer algo quente nas suas mãos. Observando melhor, viu que era sangue a gotejar da Hóstia Consagrada. Para ele, desvaneciam-se todas as dúvidas. A Hóstia Consagrada transubstanciara-se, verdadeira e realmente, no Corpo de Cristo. Reza a lenda, ainda, que o Sangue era tanto que caiu sobre o corporal e sobre o altar até chegar ao mármore e ainda hoje podemos encontrar as suas marcas sobre este.

A Hóstia cheia de sangue foi guardada. Naquela mesma época, a Beata Juliana de Cornillon havia pedido ao Papa Urbano IV a introdução da festa de “Corpus Domini” no calendário litúrgico da Igreja, e o Santo Padre pediu a Deus um sinal para saber se era Deus que queria essa festa ou se era algo humano. Quando o Papa soube do acontecido, deslocou-se a Bolsena. Ao ver a Hóstia cheia de Sangue ajoelhou e disse, simplesmente: Corpus Christi. De seguida, guardou a Hóstia e levou-a para Roma, juntamente com os objectos de culto. Ao regressar a Roma, o Papa colocou a Hóstia, ainda com vestígios do sangue, no ostensório e andou pelas ruas da cidade, em procissão. Para a passagem de Jesus, todos os romanos enfeitaram suas ruas.

No ano seguinte, o Papa promulgou a bula “Transiturus” que instaurava para toda a cristandade a Festa do Corpo de Deus, pedindo a Santo Tomás de Aquino que compusesse um hino, para o ofício de Corpus Christi. O hino chama-se Adoro té e é uma das mais belas composições que compõem o Canto Gregoriano.

 

Adoro te devote, latens Deitas,

Quae sub his figúris vere látitas

Tíbi se cor méum tótum súbjicit

Quia te contémplans tótum déficit.

 

Vísus, táctus, gústus in te fállitur,

Sed audítu sólo tuto creditur

Credo quídquid díxit Dei Fílius

Nil hoc verbo veritátis vérius.

 

In crúce latébat sola Deitas,

At hic látet simul et humánitas

Ambo tamen crédens atque cónfitens,

Péto quod petívit látro paénitens.

 

Plagas, sicut Thomas, non intúeor

Déus tamen méum te confíteor

Fac me tíbi semper magis crédere,

In te spem habére, te dilígere.

 

O memoriále mórtis Dómini,

Pánis vívus vítam praéstans hómini,

Praésta méae ménti de te vívere,

Et te ílli semper dulce sápere.

 

Pie pellicáne Jésu Domine,

Me immundum munda túo sánguine,

Cújus una stílla sálvum fácere

Tótum múndum quit ab ómni scélere.

 

Jesu, quem velátum nunc aspício,

Oro fiat illud quod tam sítio

Ut te reveláta cérnens fácie,

Vísu sim beátus túae glóriae. Amem.

 

Outro hino composto por São Tomás, a fim de enriquecer a liturgia deste dia foi Pange Lingua, cujas duas últimas estrofes são cantadas durante adorações e bênçãos do Santíssimo Sacramento, na Igreja Católica, sendo mais conhecidas por Tantum Ergo.

Tantum ergo Sacramentum

 Veneremur cernui:

 Et antiquum documentum

 Novo cedat ritui:

 Praestet fides supplementum

 Sensuum defectui.

 

 Genitori, Genitoque

 Laus et jubilatio,

 Salus, honor, virtus quoque

 Sit et benedictio:

 Procedenti ab utroque

 Compar sit laudatio.

 Amen.

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:30





mais sobre mim

foto do autor


pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Fevereiro 2019

D S T Q Q S S
12
3456789
10111213141516
17181920212223
2425262728