PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
JÚLIO DE ANDRADE
Júlio Dutra de Andrade nasceu na cidade Horta, em 30 de Janeiro de 1896, tendo falecido em Lisboa, em 1978. Fez a sua formação académica na Escola do Ensino Normal da Horta e leccionou, como professor do Ensino Primário, em diversas freguesias da ilha do Faial. Muito cedo enveredou pelas letras, dedicando-se ao jornalismo, à poesia, ao teatro e à música.
Em 1917, publicou o seu primeiro livro de versos. Publicou. Mais tarde, Contos e Historietas, Esboços, a peça de teatro Campestres e os livros de poesias Fumos e Açores. Publicou outras obras de teatro, entre as quais O Moleiro e Reviver. Em 1943 fixou residência em Lisboa onde publicou Cartas do Meu Sentir, livro de cantares para o povo, fábulas e sonatinas, contos e crónicas em Calhaus Rolados, considera, pela crítica a sua melhor obra. Em 1960, editou em Lisboa a obra de maior fôlego de carácter folclórico, ou seja uma recolha de Bailhos, Rodas e Cantorias nas ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo, que a Câmara Municipal da Horta reeditou em 1997. Publicou ainda o romance O Último Carrasco Açoriano e o livro de poesias Limite.
No jornalismo de feição literária, Júlio de Andrade dirigiu O Eco, e, em conjunto com Manuel Silos, o boletim quinzenal O Álbum, votado ao culto das letras. Dirigiu ainda, na cidade da Horta, A Horta Desportiva, simultaneamente com produções literárias e com o teatro, compondo e encenando a revista Má Língua. Muita outra produção ficou dispersa pela imprensa local. Na música, além de investigador do folclore, sobraçou a regência da capela da matriz da Horta.
Dados retirados do CCA – Cultura Açores