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ONDE NASCEU O SENADOR ANDRÉ DE FREITAS

Sábado, 19.10.13

No passado dia nove coloquei, neste blogue, um texto, sobre um dos mais ilustres e dignos fajãgrandenses de todos os tempos, o Senador José Joaquim André de Freitas. Nesse texto, afirmava, de acordo com a informação que possuía que o referido Senador “Nasceu de família pobre, provavelmente na Cuada, e fez os estudos primários na Fajã” Pelos vistos, terei cometido um lapso ou as informações que recolhi não eram fidedignas. Ainda bem que há leitores atentos a estes lapsos. Neste caso foi meu primo Daniel Sousa, não apenas detentor de uma memória lúcida, mas também possuidor de muitos conhecimentos de costumes, pessoas e tradições sobre a Fajã Grande, que elucidou, enviando-me o seguinte texto:

Há dias li no Pico da Vigia um texto sobre a vida de João Joaquim André de Freitas, onde se afirmava que não havia certeza sobre o local onde ele teria nascido, e que talvez tivesse sido na Cuada. Afinal João Joaquim André de Freitas nasceu na Fajã. Tinha, sim, parentes na Cuada, que lá viviam quando ele nasceu, em 1860. Mas ele nasceu na rua da Via-de-Agua, na zona que era habitada por gente pobre, onde viviam cerca de meia dúzia de famílias. A casa onde ele nasceu já não existe, era onde hoje esta situada a casa de Teresa Fagundes, viúva de Francisco Faicha Pimentel. O José Joaquim André, sobrinho do Senador e filho de um Madeirense, vendeu essa casa à  Mariana Felizarda, em 1944, embora já bastante descaída e sem tecto. A Mariana concertou-a e lá guardava três vacas e um bezerro. Foi la que nasceu o Senador, e, talvez dois irmãos e três irmãs. Eram pobres, mas alguns deles muito inteligentes, mas não se consta que algum fosse santo. A irmã Margarida era professora, a minha mãe e minhas tias da Assomada, (entre as quais a mãe do Pedro da Silveira) foram alunas dela, mas a escola era paga por meu avo Mendonça. Na Fajã, apenas para os rapazes a escola era paga pelo governo, a partir de 1855. A professora Margarida André foi  viver para a Cuada quando um tio ou talvez um irmão, voltou da América, com muito dinheiro para aquela época, e, gostou de ir viver para a Cuada e, a Margarida conseguiu convencer uma viúva que la vivia sozinha e, já muito idosa, a lhe fazer Escritura  dos seus bens: uma casa e vários terrenos. Mas não se davam bem a viver em conjunto e, a pobre viúva, apesar de já idosa, foi obrigada a ir viver para a Fajã, de esmolas. Na Fajã ainda vive uma parenta da pobre mulher e que é a Manuela Fraga, esposa do Ramiro. Isto terá acontecido por volta de 1920. Pior procedimento teve na Fajã, por volta de 1887, a professora Margarida, pois prometeu casar com António Joaquim da Silveira, que era parente dos Silveiras. O homem vinha da América, mas não a trouxe com ele. Era dono da casa do Francisco Nunes e tinha pouco mais. Ela dizia que casava com ele, para ele lhe fazer Escritura dos bens que tinha. Ele, fiado nas promessas, fez a Escritura, mas ela, depois, negou-se a casar. Ele nervoso deu-lhe um corte na garganta, e, pensando que ela ia morrer, foi sentar-se nas escadas do Cantinho esperando que lhe desse uns ataques de doença que tinha. Assim morreu o homem que tanto viajou pela América. Era conhecido por O Mata Ratos.

A Cuada em 1814 tinha 22 casas moradias, e 122 habitantes. Só duas dessas casas cobertas de telha as outras eram cobertas de palha e ninguém andava calcado. Na época a ilha das Flores tinha uma população de cerca de 10.500 habitantes ou mais. A Fajazinha em 1861 como tinha tudo junto a Fajã, Cuada e a Ponta, tinha cerca de 2.163 habitantes. A Fajã quando se separou com a Ponta e Cuada, tinha 1.343 habitantes. B

Afinal na família do Senador João Joaquim André, o apelido “Freitas” não era de família, usavam-no porque pertencia às famílias mais importantes da Fajã Grande, que eram os senhores Alferes, Capitães, Sargentes, (Freitas Henriques) e que constituíam a fidalguia e que moravam na casa grande da rua Direita, construída em,1674.”

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publicado por picodavigia2 às 00:34





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