PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
PALAVRAS, DITOS E EXPRESSÕES UTILIZADOS NA FAJÃ GRANDE (III)
Abalar – Caminhar, partir para outro local.
Acacular – Acogular, encher em demasia.
Acomoda-te – Sossega, está quieto.
Aduelas – Costelas.
Ala botes – Vamos embora, vai-te embora.
Alvaroses – Calças de ganga com suspensórios e peito.
Andar derreado – Estar cansado. Estar doente das costas.
Ar encanado – Corrente de ar.
Arreda-te – Afasta-te
Baque – Queda.
Bardamerda – Pessoa sem importância ou insulto.
Cagão – Medroso.
Caldeado – Misturado.
Casinha - Retrete
Cochim – Almofada.
Deitar-se com as galinhas – Deitar-se cedo.
Dia de Fio – Dia em que se ia ao mato juntar e tosquiar as ovelhas.
Estar à mão de semear – Estar prestes a levar uma sova ou uma tareia.
Estarraçar – Partir ou desfazer algo. Destruir.
Focse ou foco – Lâmpada de bolso.
Garrear – Brigar, lutar
Ir num pé e vir no outro – Ir depressa.
Lançar – Vomitar
Linha – Corda de estender a roupa.
Mentes – Enquanto.
Mercar – Comprar.
Meter o bico onde não se é chamado – Falar de mais, ou do que não nos diz respeito.
Meter o nariz em tudo – Bisbilhotar, coscuvilhar.
Não te consumas – Não te preocupes.
Não ver alma viva – Não ver ninguém.
Parto-te as galhetas –Dou-te na cara.
Peleijar – Discutir com zanga, ralhar com alguém.
Pilha – Lâmpada de bolso.
Pinote – Salto.
Pinotes – Amendoins.
Prisão – Gancho do cabelo das mulheres.
Quartos – Nádegas.
Raso – Cheio.
Soleta – Soleira da porta.
Tapona – Bofetada.
Ter bom arcaboiço – Ser forte.
Ter voz de cana rachada – Cantar mal.