PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
CUADA
Povoado pertencente à freguesia da Fajã Grande, composto por cerca de dezasseis habitações, alguns palheiros e uma "Casa do Espírito Santo", atravessado por caminhos empedrados, sinuosos, delimitados por muros de pedra seca, que fazem a ligação às povoações vizinhas e ao Ramal da Fajã Grande. O povoado está rodeado de cerrados de formas e dimensões irregulares e todo o conjunto beneficia do enquadramento paisagístico da caldeira da Fajã. Alguns dos catorze edifícios que foram recuperados e adaptados para o turismo eram palheiros. Alguns dos restantes encontram-seem ruínas. Podem-seainda ver algumas cisternas anexas a palheiros ou habitações.
De um modo geral os edifícios são de planta rectangular ou formando um "L", com um piso ou piso e meio. As antigas lojas aproveitam o desnível do terreno, com acesso directo a um logradouro.
Todas as construções são em alvenaria de pedra à vista (excepto uma casa ainda não adaptada e a "Casa do Espírito Santo" que são rebocadas e pintadas) e têm telhados de duas águas em telha de meia-cana com beiral simples e telhão de cimento na cumeeira.
Era uma vez uma aldeia de onde partiram todos os habitantes. Uns anos depois alguém se lembrou de reconstruir as casas e começar a receber turistas. Uma óptima ideia, e assim nasce o pretexto para visitar a aldeia da Cuada, nas Flores. Quando todos os habitantes emigraram para a América. Até que um dia alguém teve a bela ideia de recuperar as catorze antigas casas de pedra e criar um aldeamento turístico. Não foi uma empresa fácil, desde logo conseguir contactar os proprietários, depois as negociações, as burocracias, e por fim a transformação de ruínas em cómodas moradias. Como recompensa por todos os esforços a aldeia foi classificada pelo Governo Regional dos Açores como património cultural com interesse histórico, arquitectónico e paisagístico. Mas estamos certos de que o que mais agrada aos donos são os testemunhos que os hóspedes, das mais diversas proveniências, deixam ficar no Livro da Aldeia.
Um lugar onde o tempo parou no momento em que a natureza se revelou no seu auge, deixando-a intacta, plena de vida!
Na Aldeia da Cuada, só os muros e as casas de pedra basáltica irrompem o manto verdejante dos campos, por onde vagueiam os cheiros das flores e das árvores de fruto.
Terra onde, até hoje, os veículos motorizados nunca chegaram, ficou quase deserta e as suas casas abandonadas.
O aldeamento turístico da Cuada estabelece a ponte de ligação entre esse tempo antigo e a modernidade, recuperando as habitações originais da Aldeia e adaptando-as às actuais necessidades de conforto.
Situado na costa oeste da ilha das Flores, num pequeno planalto sobranceiro à Foz da Ribeira Grande, o aldeamento turístico da Cuada é composto por 10 casas originais recuperadas e adaptadas às actuais necessidades de conforto, sem perder a traça rural das casas construídasem pedra. Coma zona balnear da Fajã Grande a apenas dois km de distância, é difícil acreditar que estamos num paraíso rural quase intocado, em que o verde dominante só é rasgado pelo basalto dos muros e das casas desta aldeia, que foram recuperadas respeitando a traça original. Todas elas estão equipadas com cozinha e dispõem de um convidativo pátio com cadeiras e espaço para churrasco. A qualidade da intervenção valeu-lhe a distinção regional de ser considerada Património Cultural com Interesse Histórico, Arquitectónico e Paisagístico. Ali mesmo, a2 quilómetros, na zona balnear da freguesia da Fajã Grande, um dos locais da ilha das Flores mais procurados na época do Verão, um mar de azul profundo convida a um banho vitalizante. À espera, na esplanada do restaurante local, a os temperos da deliciosa gastronomia da ilha retemperam forças.
Hoje, quem fica a dormir na Aldeia da Cuada, pode experimentar o sabor da vida de outros tempos e ter um contacto muito próximo com a natureza. A partir da aldeia, e seguindo a pé pelos vários percursos possíveis, há quedas de água, lagoas deslumbrantes, encostas inteiras de musgo e flores selvagens, matas e muitas vistas de mar, onde às vezes se vê ao largo a pequena Ilha do Corvo. As Flores são um dos melhores locais de Portugal para mergulhar e pescar dada a abundância de espécies marinhas e a transparência do mar. É impressionante a quantidade de peixe que se vê à vista desarmada, bem como a facilidade com que os locais pescam abundantemente com canas rudimentares. |
Passeando de carro pelos montes, para além das variações da paisagem, é possível ver muitos coelhos - considerados uma praga e aos quais é possível dar caça todo o ano, diz-se que ainda há quem use, ilegalmente, a antiga técnica de fazer entrar os furões nas tocas para obrigar os coelhos a sair para uma morte certa. Junto à Aldeia da Cuada está a povoação da Fajã Grande, o ponto mais ocidental da Europa não continental, e junto a este, a Poça do Bacalhau, a pequena lagoa onde desagua uma altíssima queda de água. A apenas alguns metros de distância uma praia de grandes pedras cinzentas com um sete de ondas arrasador. |
Dados retirados de “Folheto Publicitário”