Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



JACINTO SOARES DE ALBERGARIA

Sábado, 12.10.13

Jacinto Soares de Albergaria nasceu na cidade de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, em 26 de Janeiro de l928, falecendo em Setembro de 1981. Notabilizando-se nas letras açorianas, sobretudo, como poeta. Ainda aluno e finalista do Liceu de Ponta Delgada fundou, com alguns condiscípulos e companheiros de tertúlia, o Círculo Literário de Antero de Quental, no qual, em 1949, viria a proferir uma conferência que daria origem a uma breve polémica na imprensa local em torno do conceito de literatura açoriana. Mais tarde, fixou-se em Coimbra, onde cursou Ciências Históricas e Filosóficas em 1946-52, fundou e dirigiu com Eduíno de Jesus a publicação de uma série de obras literárias de autoria açoriana com a chancela de Colecção Arquipélago, e mais tarde, tendo-se já fixado definitivamente em Ponta Delgada, foi ainda director de uma revista de «Cultura e Arte» intitulada “Açória”, de que saíram apenas dois números, um em 1958 e outro em 1959. Profissionalmente, seguiu a carreira docente, leccionando na Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada. Faleceu vítima de esclerose disseminada, com pouco mais de 50 anos. Os seus primeiros passos literários foram em prosa, um conjunto de fragmentos de narrativas que não chegaram a sair à luz, e depois ainda escreveu alguns contos que deixou dispersos em jornais dos Açores e do Continente. Para a poesia, em que havia de realizar a parte mais vultosa da sua obra, apenas despertou nos primeiros anos de Coimbra, sob a influência, principalmente, de Miguel Torga e dos poetas do Novo Cancioneiro. Aproximou-se então, embora apenas tangencialmente, da linha neo-realista, mas poucos poemas desta fase circularam na imprensa periódica e desses poucos só um ou outro veio a ser recolhido em livro. O que havia de ser o seu verdadeiro caminho como poeta, encontrá-lo-ia no convívio com Afonso Duarte, em Coimbra. Embora não seguindo propriamente o seu rasto, a sua poesia tornar-se-ia então intimista - uma espécie de monólogo ao espelho, em voz baixa - e o amor, a tristeza, o tédio, o sentimento da efemeridade da vida, a solidão, a noite, o silêncio, e, em fundo, a ilha com as suas brumas e fantasmas, preencheriam definitivamente o seu universo temático. Entre as obras publicadas destacam-se: Os Dias Indefinidos, Capricho da Noite, Ave Inquieta, Cais Deserto, Acaso, Romanceiro da Lagoa. Também fez imprimir vários opúsculos com alguns trabalhos em prosa, sobretudo, ensaios e conferências: A Aventura dos Portugueses no Mundo, A Gesta dos Portugueses no Oriente, Canto da Maya, A Lição dum Homem, sobre Afonso Duarte, com um preâmbulo de Ruy Galvão de Carvalho, O Poeta e a Solidão, sobre Armando Côrtes-Rodrigues, A Inquietude de Antero, Teófilo Braga e o Positivismo, etc. Postumamente ainda vieram à luz mais dois opúsculos de versos seus: um que o poeta havia deixado pronto a publicar e outro de poesias coleccionadas pela ceramista Maria José Lopes.

 

Dados retirados do CCA – Cultura Açores

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por picodavigia2 às 23:09

O EMPRÉSTIMO

Sábado, 12.10.13

O Valério nasceu de pai incógnito e de mãe solteira. Criado pela progenitora durante os seus primeiros anos de vida, cedo se emancipou, passando a viver por sua conta e risco. Arrendou uma casa na rua Direita, mesmo ali ao lado da igreja, afastada do adro apenas pela entrada do Gil. Era uma casa alta, de dois andares, geminada com uma outra que pertencia a Tio José Luís, a qual segundo a tradição, em tempos remotos, teria pertencido à família do capitão Freitas Henriques e, na altura, seria dotada de uma ponte que a ligava a uma primitiva capela ali existente, antes da construção da actual igreja.

O Valério não era muito dado ao trabalho agrícola, alegando maleitas diversas, umas reais outras fictícias. Entendia que o seu futuro não passava por acarretar molhos de erva das Covas, cestos de batatas do Areal ou cargas de lenha e incensos do Pocestinho. Havia que ganhar a vida de forma mais leve, mais descansada e mais lucrativa.

Ora o primeiro andar da casa, que comunicava com o segundo por um enorme “saguão” de pedra, estava dividido em duas lojas que outrora haviam sido estabelecimento comercial, por isso possuíam balcão, prateleiras, secretária e outras bugigangas necessárias para montar negócio. “Aí está o teu futuro, Valério!” – Dizia para os seus botões. O problema estava somente no dinheiro para investir quer em pequenas obras de modernização da loja quer no pagamento das primeiras remessas de mercadoria encomendadas aos armazenistas de Santa Cruz e das Lajes, que não vendiam fiado.

Na Fajã poucos tinham dinheiro e quase ninguém o emprestava. O padre Silvestre recusava-se fazê-lo por razões canónicas, o Senhor Claudino porque tinha a filha a estudar em Lisboa, a Senhora Rosa tinha que investir no seu próprio negócio e assim por diante. Quem se dizia que tinha muito dinheiro e já emprestara algum era a Inácia e o marido. Mas eram uns sovinas, “uns porcos” e de juros bem altos não se havia de livrar. Apesar de tudo, encheu-se de ânimo e lá foi bater à porta da Inácia.

A velhota a princípio mostrou-se renitente e pouco disposta a abrir os cordões à bolsa. Mas como o Valério explicasse que era para negócio com lucros garantidos e que lhe pagava com os juros que ela quisesse, a Inácia, mesmo sem consultar o esposo, cedeu, mas com uma condição:

- Só com papel assinado por ambos. Sem papel, nada feito. Emprestar sem assinatura bastou com o Ventura da Ponta e deu no que deu!...

O Valério, que não era preciso, que não era como o Ventura, que confiasse nele, que era homem sério e de palavra, que papéis só davam trabalho e maçada e não adiantavam nada. Era a sua palavra que valia mais do que todos os papéis do mundo.

- Não senhor! Ou com papel ou não há dinheiro para ninguém.

E o Valério, cuidando que sem o dinheiro da Inácia “adeus negócio”, teve que anuir, ficando combinado que o empréstimo seria de cinco contos e que a Senhora Inácia é que havia de fixar os juros conforme a sua consciência e também havia de ser ela a tratar dos papéis, que ele disso não percebia nada, nem tinha tempo. Só assinava depois de tudo pronto.

No dia seguinte a Inácia partiu para a Cuada, para casa do José Pimentel, homem letrado e hábil, seguro em contas e que até usava óculos para as fazer, a quem pediu que lhe preenchesse os papéis e lhe fixasse os juros de modo a que não perdesse nem dez reis do seu dinheirinho. A balança tinha que pender sempre era para o seu lado.

A Inácia voltou da Cuada com tudo direitinho, foi a casa buscar, de entre os colchões, os cinco contos de rei e lá foi levar dinheiro e papéis a casa do Valério. Os juros que iria receber, só por si justificavam todas estas passadas. Ainda por cima, estava tudo garantidinho… por causa do papel.

Chegou junto do Valério, ocupado já no arranjo da loja e, entregando-lhe o dinheiro, prazenteira, apontou-lhe o lugar onde ele devia assinar. Ela só assinaria depois dele, não fosse o diabo tecê-las! O Valério olhou admirado para o papel, esboçou um leve sorriso e, agradecendo-lhe, rabiscou o seu nome onde ela lhe indicara e guardou o dinheiro. A Inácia gatafunhou a seguir.

O negócio do Valério floresceu mais do que o esperado. O Correio de que também passou a ser administrador, atraía muitos clientes.

Passaram-se meses e anos. O tempo estipulado para o empréstimo expirar e a Inácia, sem demora, procurou o Valério, sentado ao balcão da sua loja, à espera de clientes. Um ali estava, a senhora Inácia. Mas a velha não desejava nada, queria sim o seu dinheiro e os respectivos juros, conforme o que estava ali escrito no papel que ela lhe apresentava.

O Valério deu uma gargalhada, virou costas e apenas disse:

- O teu dinheirinho!? Hei-de t’o dar quando muito bem quiser e entender.

A Inácia enraiveceu:

- Ai vais dar, vais! Tenho aqui o papel e de duas uma: ou me dás já o dinheiro já ou vou daqui direitinha para o Regedor.

Como o Valério nem lhe respondesse, a velha saiu dali, entre vitupérios e imprecauções, e rumou direitinha à Assomada, a casa do José Caetano, então Regedor da Fajã. Bateu à porta, entrou, sentou-se na cozinha e esperou horas, excruciando a cabeça da Filomena. Quando chegou, o Caetano, assumindo com solenidade o seu papel de legítima autoridade, ouviu-a, leu e releu os papéis e, com ar de espanto e animosidade, disse-lhe:

- Ó Inácia, as coisas não estão fáceis para ti. Pelo que aqui está escrito tu é que deves cinco contos ao Valério e terás também que lhe pagar os juros.

A Inácia, emudeceu. Esbranquiçou-lhe o rosto, arroxearam-se os lábios e os olhos ficaram esbugalhados como maçãs podres. Parecia que perdera o tino. Foi uma chávena de café quente e forte que a Filomena, com a ajuda do marido, lhe enfiou pelas goelas abaixo que a trouxe a si.

Tentaram acalmá-la, sem nenhum resultado. A velha bufava, gemia, gritava, berrava e até roncava, lançando as mais temíveis ameaças, vitupérios e imprecações sobre o Valério: “Que a terra o havia de comer vivo. Mas que isto não ficava assim, não senhor.”

Constava que o Valério, apesar de tudo, passados uns tempos e com a Inácia mais amansada, lá lhe ia dando algumas compras de borla e que ainda, de acordo com a sua consciência, lhe devolveu uma boa parte do dinheiro.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por picodavigia2 às 20:47

A CASA TRADICIONAL DA FAj GRANDE

Sábado, 12.10.13

A ampla fajã situada na zona Oeste da ilha das Flores, o cantinho mais ocidental da Europa, corresponde a uma área entre o mar e as rochas, dividida a meio pelo Ribeira Grande, a fronteira natural entre as duas freguesias que ainda hoje a ocupam - a Fajãzinha e a Fajã Grande. A quando da descoberta da ilha, esta fajã seria naturalmente coberta por uma vegetação selvagem que os primeiros povoadores a pouco e pouco foram desbravando e transformando o terreno em campos agrícolas, dado que era bastante fértil. No entanto, como ficava na parte Oeste da ilha e sendo um local de difícil acesso, devido às rochas que a cercam, foi a última zona da ilha a ser povoada.

Na Fajã Grande, foi a zona situada entre o Pico da Vigia e o Outeiro, ou seja, na Assomada, local mais abrigado das intempéries e dos temporais, que se construíram as primeiras habitações, muitas delas ainda existentes na década de cinquenta do pretérito século. Tratava-se de uma habitação, em muitos aspectos, semelhante à que então existia no Norte de Portugal Continental.

As casas da Assomada e muito mais ainda as da Fajã Grande, obviamente, que não eram todas iguais. No entanto, a maior parte tinha, na realidade, muitos aspectos semelhantes, podendo pois falar-se, de alguma forma, num tipo de habitação específico ou se quisermos, uma casa tradicional, da qual, no entanto, se destacavam uma boa parte das moradias, com algum ar e semblante um pouco aristocrático, da Rua Direita, onde viviam as pessoas de mais posses e que muito provavelmente teriam sido construídas por emigrantes regressados da América. O mesmo muito provavelmente terá acontecido com algumas das melhores e maiores casas das outras ruas, também distintas das outras pelo seu tamanho e sumptuosidade. Exceptuando estas, normalmente em forma de L e com dois andares, sendo ambos geralmente de habitação ou uma parte de habitação e outra de arrumos, mas não de gado, as restantes casas eram bastante semelhantes. Estas provavelmente também eram as mais antigas dada a sua semelhança com algumas mais velhas já abandonadas ou adaptadas a palheiros de gado. Tratam-se de casas lineares, correspondentes a uma construção rectangular, sobre o comprido e que geralmente tinham três divisões: cozinha, sala e um quarto. O quarto era destinado ao casal e aos filhos mais pequenos, a sala ou “casa de fora” que tinha uma cama para os filhos mais velhos e era aí também que se recebiam as visitas mais importantes e onde se guardavam as roupas domingueiras e, finalmente, a cozinha, a maior divisão da casa, que tanto servia para cozinhar como sala de estar, de local para as refeições, para fazer serão e até para guardar, “encambulhar” e descascar o milho no dia da apanha ou até para o guardar. De facto em muitas casas da Fajã penduravam-se os “cambulhões” do milho descascado em varas presas nos tirantes ou nas próprias traves das cozinhas, pois estas geralmente não eram a tabicadas.

Normalmente estas casas eram térreas e só de um piso, embora muitas tivessem uma loja inferior semienterrada por aproveitamento do desnível do terreno. A loja inferior, geralmente, servia de palheiro do gado, de arrumos e também de retrete. A cozinha e a sala eram os espaços mais iluminados. A primeira geralmente possuía duas portas, uma na frente e outra na parte de trás e uma ou duas janelas. A sala por sua vez tinha uma porta do lado da frente, a porta principal e que se abria em ocasiões mais solenes, enquanto o quarto, regra geral desfrutava apenas de uma janela. Grande parte da cozinha era ocupada pelo forno e pelo lar. A partir do abastecimento de água à Fajã, a maioria das cozinhas passou a beneficiar de uma fonte de água corrente e uma pia feita em cimento e encastoada numa parede, junto ao lar.

Estas casas eram cobertas de telha e não tinham chaminés, uma vez que não sendo a cozinha tabicada, o fumo evadia-se por entre as telhas. Em muitas delas a cozinha não era a assoalhada, mas de terra barrenta, chamada cozinha térrea. Grande parte da cozinha era ocupada pelo forno, onde se cozia o pão e pelo lar, onde se cozinhava e onde havia o tijolo do bolo e debaixo do qual era empilhada e arrumada a lenha picada.

Como anexos, estas casas tinham, para além de um pátio atrás e outro à frente, um curral para o porco, outro para as galinhas, um logradouro para guardar o estrume dos animais, o cepo da lenha, o «estaleiro» onde se guardava o milho e uma courela onde se cultivavam produtos agrícolas, com uma parte reservada ao canteiro da batata doce.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por picodavigia2 às 15:37

LADRÃO

Sábado, 12.10.13

“O que tem fome e te rouba o último pedaço de pão, chamas inimigo, mas não saltas ao pescoço do ladrão que rouba e nunca teve fome”.

Bertolt Brecht

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por picodavigia2 às 10:24

A FOLHINHA

Sábado, 12.10.13

Antigamente, nos tempos em que a missa ainda era celebrada em latim, existia nas sacristias das igrejas um pequeno livro, vulgarmente denominado por “A Folhinha” que continha indicações muito concretas e normas muito precisas, rigorosas e necessárias aos sacerdotes para que estes pudessem celebrar o Santo Sacrifício de acordo com a liturgia de cada dia. A Folhinha estava escrita em latim, à base de abreviaturas e, para além das indicações e normas necessárias à celebração da Eucaristia, desde a cor dos paramentos até às orações e leituras próprias ou classe da festividade de cada dia, ainda continha indicações relativas à leitura do Breviário para as diversas horas litúrgicas diárias.

Certo dia o Padre Pimentel, numa altura em que já resignara das suas tarefas de pároco e residia na Terceira como manente, foi de férias à Fajã Grande e decidiu ir celebrar missa a meio da manhã. Tocou o sino e voltou a tocá-lo, mas o tardio da hora impediu que o sacristão ou quem quer que fosse conhecedor dos meandros da sacristia ali não aparecesse. Na igreja apenas meia dúzia de mulheres de idade avançada e que pouco mais sabiam de Liturgia do que bichanar Padre Nossos e Ave Marias.

Com o avançado dos anos a alterarem-lhe o discernimento, com o nervosismo e a excitação que sempre possuíra, Padre Pimentel procurou em armários, revirou gavetas, abriu gavetões e voltou a procurar em todos cantos e prateleiras da sacristia… mas nada de encontrar “A Folhinha”. Assim via-se impedido de celebrar o Santo Sacrifício. Desesperado, aflito, atabalhoado, paramentado apenas com o amito, a alva e cíngulo, assomou à grade da capela-mor e, dirigindo-se ao pequeno, enigmático e silencioso grupo de velhinhas que esperava expectante o início da celebração, exclamou em altos brados:

- Alguém sabe da Folhinha? Preciso da Folhinha! Preciso da Folhinha!

Aflitas, espantadas e pasmadas as velhotas olharam umas para as outras, encolhendo os ombros, sem saber o que dizer ou, muito menos, o que fazer. A Glória Fagundes, outrora vizinha do reverendo e frequentadora assídua do passal, sentada ao fundo da igreja, mesmo à porta do tapa vento, muito habituada a meter o nariz em tudo e a inventar e procurar soluções para os problemas alheios, murmurou para os seus botões:

- Ah! Precisas duma folha! Espera que vou buscar uma.

Levantando-se, de imediato, dirigiu-se ali ao lado, à loja da Senhora Dias, aproveitou o exterior do templo para meter mais duas pitadas de tabaco de cheirar no nariz, pediu uma folha de papel almaço de trinta e cinco linhas ao Caetano e, toda contente, arrastando uns chinelos mais velhos do que o Padre Eterno, lá foi muito prazenteira, à sacristia, levá-la ao reverendo.

- Paspalhona! Ignorante! Apedeuta! Não é essa folha que eu quero. - Bradava o eclesiástico, cada vez mais desesperado e colérico. Tanto berrou, tanto gritou e tanto exasperou que a Glória Fagundes saiu da sacristia com os olhos arrasados de lágrimas, perante um cada vez maior pasmo e espanto dos restantes elementos da pequena assembleia litúrgica. Indignada e constrangida com o insucesso da tarefa, realizada com tanta dedicação e tão grande boa vontade, acusando o reverendo de mal-educado e “desagradecido”, sentou-se ao lado da Maria Cristóvão, contando-lhe, em segredo, as suas mágoas. Esta, abstraiu-se das rezas, reflectiu uns segundos e, de imediato, cochichou:

- “Ah! Mulhê! Sabes do que m’alembrei, agora? Nam será que ele quer mesme é uma folhinha de coive? Por que nam vais pedir ua ali, a tua subrinha?”

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por picodavigia2 às 10:17

SEQUÊNCIA

Sábado, 12.10.13

O pão que repartimos

é sabor que alivia.

 

A dignidade que vestimos    

é resguardo seguro.

 

A tranquilidade da noite

é bálsamo redentor para o dia.

 

Um olhar doce e meigo

sacode o estorvo da injustiça,

 

Sobre os limos do desânimo

podem plantar-se lírios brancos.

 

O rastro da esperança

não se apaga com a persistência. 

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por picodavigia2 às 00:18





mais sobre mim

foto do autor


pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Outubro 2013

D S T Q Q S S
12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031