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DIREITO DE DIZER

Segunda-feira, 16.12.13

“Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres.”

 (Voltaire)

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publicado por picodavigia2 às 23:23

A VELA DE NATAL

Segunda-feira, 16.12.13

{#emotions_dlg.star}Conta-se que um pobre sapateiro vivia numa cabana, na encruzilhada de um caminho, perto de um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e queria ajudar os viajantes, que à noite por ali passavam, deixava na janela da sua casa, uma vela acesa todas as noites, de modo a guiá-los. E apesar da pobreza, da doença e da fome, nunca deixou de acender uma vela, para ajudar peregrinos e viajantes. Veio então uma grande guerra, e todos os jovens daquela terra partiram, deixando o povoado ainda mais pobre e triste. As pessoas que ali viviam, apesar de poucas, ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e de bondade, decidiram imitá-lo e, numa noite que, por coincidência, era a véspera de Natal, todos acenderam uma vela nas janelas das suas casas, iluminando todo o povoado. À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a Missa do Natal, ao mesmo tempo que chegava ao povoado uma boa notícia: a guerra tinha acabado e todos os jovens regressavam às suas casas!

Então o povo reuniu-se no adro da igreja, gritando, em uníssono: “É um milagre! É o milagre das velas!”.

A partir daquele dia, todos os anos, na noite de Natal, as pessoas daquela terra acendiam velas nas suas janelas e, por essa razão, se tornou tradição em quase todos os povos cristãos, acender velas, nas suas casas e na sua mesa de consoada, na noite de Natal.

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publicado por picodavigia2 às 19:57

SANTOS BARROS

Segunda-feira, 16.12.13

José Henrique dos Santos Barros nasceu em Angra do Heroísmo, em 1946, tendo falecido em Mérida, Espanha, em1983, vítima de acidente de viação. Viveu a infância e a juventude na ilha Terceira. Após a conclusão de estudos secundários, empregou-se como funcionário público. Anos depois, deu início àquela que viria a ser a «aventura» da sua vida: a poesia, a animação cultural e o ensaio literário, o sindicalismo, a literatura, notabilizando-se pela sua extraordinária propensão para as coisas da cultura. O seu nome não pode deixar de associar-se a um movimento de renovação inscrito, nos Açores, desde a criação do suplemento «Glacial», no jornal angrense A União.

Santos Barros acreditou na possibilidade de unir numa só frente uma postura de vanguarda ideológica, militante, com a ideia libertária de uma cultura em duplo: popular e de grupo. Com outros intelectuais angrenses, fundou a galeria de artes plásticas «Degrau»; animou cooperativas, sindicatos, rádios e jornais; fundou e dirigiu o suplemento «Cartaz» e a revista “A Memória da Água-Viva”, de parceria com Urbano Bettencourt. Mas foi no suplemento «Contexto», do jornal Açores que mais e melhor sistematizou todo um trabalho de animação e coordenação que se estenderia à crítica, à polémica literária, à ensaística de fundo e até a uma curiosa experiência heteronímica que o levaria a subscrever, com diversos nomes, posições e conceitos propositada e provocatoriamente contraditórios. No essencial da sua poesia, a fidelidade da radicação aos temas insulares não é de molde a inscrevê-la no tão pouco apreciado apego ao regionalismo da escrita literária; pelo contrário, o regional e o tradicional de Santos Barros tornam-se matriz e ponto de partida da alternância ilha/Mundo. Da sua obra Poética destacam-se: poemas na Novíssima Poesia Açoriana, Aventura em Sete Poemas, Canto de Abril, Imagem Fulminante, Testes e Versos Para Andar na Rua, Topiária, Galeria Degrau, As Crónicas, A Humidade, Os Alicates do Tempo e São Mateus, Outros Lugares e Nomes. Por sua vez na sua Obra Ensaística são de realça: 20 Anos de Literatura e Arte nos Açores e O Lavrador de Ilhas.

 

Dados retirados do CCA – Cultura Açores

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publicado por picodavigia2 às 16:09

O CAMINHO DO CIMO DA ASSOMADA/LAVADOUROS (DO ESPIGÃO AOS LAVADOUROS)

Segunda-feira, 16.12.13

Logo a seguir ao Descansadouro da Cancelinha, o caminho que ligava a Assomada aos Lavadouras, na Fajã Grande, bifurcava-se. Se voltássemos à direita era possível demandar as terras e os matagais do Vale Fundo e do Tufo ou os férteis campos e hortas da Cuada. Se continuássemos em frente, seguíamos na direcção dos Lavadouros, atravessando as produtivas terras de inhames de Moledo Grosso e da Lombega e as verdejantes pastagens da Alagoinha.

Mas antes, porém, tínhamos a árdua, penosa e angustiante tarefa de subir uma íngreme e sinuosa ladeira – a Ladeira do Espigão. Desenhada em forma de L, talvez para aliviar a a difícil e quase angustiante subida dos que por ali transitavam frequentemente, esta ladeira obstaculizava o caminhar a pessoas e animais e sobretudo aos carros de bois ou corsões que, por isso mesmo, raramente passavam por ali. Ladeada por paredes cobertas de musgos e recobertas de heras, a Ladeira do Espigão tinha de largo, amplo e espaçoso quanto possuía de abrupto, fragoso e escarpado. Os animais subiam-na lenta e ansiosamente, escorregando vezes sem conta, de boca aberta a escorrer baba e a arfar cansaço e desciam-na numa aflição permanente, numa luta contínua e num esforço, por vezes improfícuo, para não escorregar ou cair por ali a baixo. Por sua vez, homens e mulheres, também ao descê-la, carregando molhos de incensos ou cestos de inhames, tremiam como varas verdes, vacilavam arquejantes e hesitavam como crianças a dar os primeiros passos, na ânsia de procurar o melhor sítio para apoiar os pés.

Era um tormento, um suplício, uma angústia descer a Ladeira do Espigão com uma carga às costas ou à cabeça! Sorte, tínhamos porque, na subida, vagueávamos sem ter que carregar o que quer que fosse!

Uma vez atingido o cimo da ladeira, o caminho seguia plano e rectilíneo, apesar de irregular, cheio de pedregulhos misturados com pedras soltas e com uma rudimentar calçada, por entre altas paredes, ladeado por denso arvoredo a proporcionar, a quantos transitavam por ali diariamente, uma agradável sombra, dulcificante e reparadora duma exausta e desgastante caminhada. No Moledo Grosso, novamente, uma pequena ladeira, mas, para gáudio de todos, muito menos íngreme e de mais fácil acesso do que a do Espigão. Mais umas voltas curvilíneas, através de um piso cada vez mais irregular, por entre bardos de incensos, faias, de loureiros e sanguinhos e era o princípio do fim das zonas das terras de mato, o dealbar definitivo da segunda zona de pastagens. Primeiro, eram as relvas da Alagoinha, misturadas, naqueles recuados tempos, com um ou outro campo de milho e algumas terras de mato, sobretudo a Oeste, lá para os lados da Lombega e do Vale Fundo.

A separar a Alagoinha dos Lavadouros, os dois últimos lugares a que este caminho dava acesso, novamente uma ladeira, quase tão escabrosa e terrificante como a do Espigão, mas bem mais estreita e rectilínea – a Ladeira da Alagoinha, no início da qual se havia formado também um pequeno descansadouro.

Ao atingir-se o alto desta ladeira, estávamos, finalmente, nos Lavadouros, onde, logo adiante, este caminho se unia ao que vinha da Fontinha, formando uma única via que percorria os Lavadouros de Norte a Sul, servindo assim de passagem a pessoas e animais num dos lugares onde abundavam algumas das melhores relvas da Fajã. Eram relvas verdejantes, encostadas e protegidas pelo sombrio aguado da Rocha, à espera do gado que após a realização de tão longo e extenuante percurso se deliciava com o doce sabor daquela erva, tão fresquinha e retemperadora, tão tenrinha e apetitosa, regada com o orvalho das madrugadas, temperada com o perfume das florestas circundantes, alimentada pelo ciciar gotejante das grotas que escorriam pelos andurriais das encostas e abençoada pelo canto esfuziado dos pássaros a saltar e a vaguear pelos densos arvoredos da Rocha.

Percorrer o caminho desde a Assomada até aos Lavadouros, para ir “buscar as vacas” nas frescas madrugadas do verão ou “levá-las” nas chuvosas manhãs do inverno era, outrora, um sonho de encanto, um sopro de magia, um devaneio de deslumbramento. Hoje, talvez um mito estigmatizado nas memórias de poucos.  

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publicado por picodavigia2 às 15:19

COMEÇAVAM AS NOVENAS DO NATAL

Segunda-feira, 16.12.13

{#emotions_dlg.gift}Era precisamente no dia de hoje, dezasseis de Dezembro que, outrora, na Fajã Grande, começavam as novenas do Natal, ou seja, a partir de hoje iniciava-se, durante os nove dias, a preparação da maior festa da Igreja Católica e dos cristãos, depois da Páscoa. Sobretudo para as crianças, o Natal era uma festa muito desejada porque era a festa do Presépio e do Menino Jesus que, se nos portássemos bem, havia de trazer-nos uma prenda, por mais pequenina e pobre que fosse. Mas não era apenas a prenda do Menino Jesus o único motivo de satisfação agregado ao Natal. Nem se ficava por aqui a alegria da petizada inerente à festa do nascimento de Jesus. Tudo o que envolvia a construção do presépio e o arranjo do material necessário, assim como a participação nas novenas eram motivos de grande alegria e satisfação. Na Fajã Grande, mandava a tradição que as novenas se realizassem pela madrugada, muito antes do romper do Sol, muito antes de despontar o dia ou do raiar da aurora. E talvez fosse por isso, por constituírem algo de diferente e estranho na nossa rotina habitual que as mesmas tinham um “sabor” tão especial e eram amplamente desejadas por todos, mas sobretudo pelos mais novos. Miúdos e graúdos saíam da cama muito cedo e dirigiam-se, em ranchos, para a igreja, resguardados do frio com bons agasalhos. No templo, cheio de escuridão, de tossidelas e de arrastar de cadeiras, aguardávamos que todos chegassem e que a novena começasse. O pároco não era muito pontual e, quando chegava, geralmente a igreja já estava a abarrotar de gente, iluminando-se apenas com as velas dos altares que o sacristão acendera e com as titubeantes luzes emanadas das frouxas lanternas com candeeiros tisnados, com o pavio muito baixo e a tresandarem a petróleo, que vinham de casa. O pároco dava início à cerimónia, entoavam-se cânticos apropriados, dirigiam-se preces a Deus, liam-se passagens do Antigo e do Novo Testamento, umas a profetizarem a chegada do Messias e outras a relatar as palavras do Baptista «Endireitai os caminhos do Senhor, porque Ele está próximo.» O pároco, revestido de capa de asperges branca, falava da festa que se aproximava. Todos deviam preparar-se para a vinda do Salvador, imitando os Profetas e João Baptista. O Natal era a festa da paz e do amor, a festa da esperança, e como tal, devia ser preparada com esmero, dedicação e carinho. Maria, Mãe de Jesus, com o seu sim e a sua entrega total para servir a Deus e São José, pai putativo de Jesus, homem obediente e humilde, haviam de ser exemplo para todos. Maria e José haviam de lembrar aos cristãos a necessidade de viverem segundo a vontade de Deus, o nosso Pai do Céu. As novenas, na opinião do reverendo eram a melhor forma de estimularem à conversão aos caminhos do Senhor, de despertarem os fiéis para a espera vigilante do Messias e de disporem os cristãos a receber com fé e alegria o Deus que veio, que vem continuamente e que ainda virá, conforme Jesus prometeu. Santas, sensatas e bíblicas palavras que quase ninguém ouvia. É que, alguns adormeciam, outros dormitavam e os que se mantinham acordados ocupavam-se mais em subir um pouquinho os pavios das lanternas para que não definhassem de todo, a cochichar um segredo à vizinha do lado ou, até, nalguns casos, a bichanar, individualmente e por iniciativa própria, Padre-Nossos e Jaculatórias. Só quando o pároco terminava, e pedia que se levantassem para o cântico final, todos acordavam, erguiam-se e, quase em uníssono, os que sabiam, podiam e queriam cantavam:

«Ó ´céus do alto rociai;

O justo, ó nuvens chovei;

Germine a Terra seu Deus;

Ó Adonai, nascei, nascei.

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publicado por picodavigia2 às 11:46

AS NOVENAS DO ESPÍRITO SANTO EM SÃO CAETANO DO PICO

Segunda-feira, 16.12.13

A festa do Espírito Santo, em São Caetano do Pico realiza-se, por razões históricas, na terça-feira a seguir ao domingo de Pentecostes, sendo este dia uma espécie de dia santo ou feriado naquela freguesia picoense, A festa, preparada por uma comissão a que preside um mordomo, eleito por escrutínio secreto, no dia da festa do ano anterior, consta duma celebração eucarística, um cortejo em que os irmãos transportam, geralmente em açafates, ornamentados com toalhas com rendas e bordados artesanais, as suas ofertas de pão, sob a forma de rosquilhas, as quais depois de benzidas são oferecidas uma a cada de todas as pessoas que nessa tarde demandam a freguesia. Cada irmão oferece um açafate com trinta rosquilhas ou o seu valor em dinheiro. Ora sendo o número de irmãos muito próximo dos cento e cinquenta e, dado que são mais do que cem os que oferecem pão, o número de rosquilhas distribuídas em cada ano será muito próximo das três mil, uma vez que sobram sempre algumas rosquilhas em cada açafate. Nesse dia festivo, também todos os irmãos se reúnem num almoço colectivo, que tem lugar no amplo salão da Casa do Povo, em cujas instalações também se confeccionam as sopas, a carne assada e o arroz doce.

O que também é característico desta celebração são os seus preparativos, não apenas no  que diz respeito ao aspecto material mas também ao espiritual ou religioso. Esta preparação espiritual concretiza-se através da realização das novenas, ou seja dos nove dias antes da festa, durante os quais, ao cair da noite grande parte da população se reúne para cantar o “Terço do Espírito Santo”. Trata-se duma celebração de caris profundamente religioso e que, muito provavelmente, remonta aos primórdios do povoamento da ilha e aos tempos em que a mesma era abalada por crises sísmicas sucessivas e frequentes, como se pode depreender de alguns dos textos cantados. O terço consta de cinco partes, durante as quais se repete uma invocação dez vezes seguidas, sendo que o orientador da novena canta a primeira parte e o povo a segunda, situação que se alterna nas dez invocações seguintes. É esta a invocação cantada cinquenta vezes, repartida por cinco blocos de dez invocações cada: Adoremos com afectos de alma o Espírito Santo Divino./Que dos Céus desceu sobre nós, em incêndios de amor divino. Os grupos de dez blocos são separados com duas invocações diferentes, divididas, do mesmo modo que a invocação anterior, por orientador e povo: Glória ao Pai que nos criou, glória ao Filho que nos remiu,/Glória ao Espírito Santo que em suas graças nos concebiu(beu). E esta outra, de seguida: Fazei ó Santo Espírito a Deus Pai, Filho amar/A um só Deus em três pessoas, no Céu p’ra sempre adorar. No fim do terço, segue-se a Salve Rainha, também cantada. Depois rezam-se alguns Pai-Nossos pelos irmãos falecidos e pelas intenções do mordomo, terminando a novena com o “Oferecimento ao Divino Espírito Santo”, durante o qual se cantam os seguintes versos: Ó Senhor Espírito Santo/Nós rogamos com clamor/Mandai oprimir à terra,/Que não haja mais tremores. Sois pai de misericórdia/Livrai-nos de todo o mal/Não castigueis com tremores/Esta ilha de ofendal. Não desprezeis a fé grande/Com que nós recomendamos/Fazei como Pai Divino/Não porque nós o mereçamos. Barca onde embarcou Cristo/Na galera tão realFeita em tão boa hora/Para aquele general. À popa leva sentado/Santo António com seu véu/Que rica viagem de anjos/Leva Jesus para o Céu. Senhor que lá estais em cima/Nesses Céus de alegria/Vos peço que nos chamais/Para a Vossa companhia. Andavas tão vigiado/Sem saberes da partida/Morte de uma ocasião/Vida nova nova vida. Quando Deus formou a terra/Bons e maus Deus os criou/Quando nos Céus se encerram/Só os bons Deus os guardou. Ó Senhor eu vos ofereço/Esta nossa devoção/Seja honra e glória Vossa/Para nossa devoção.  

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publicado por picodavigia2 às 11:08

O MOCHO E O MELRO

Segunda-feira, 16.12.13

(Conto Tradicional)

Certo dia, um mocho começou a voar, a voar até que chegou junto de um castanheiro, onde decidiu poisar, pois não viu lá nenhum outro pássaro e, por isso, acabou por passar lá a noite. No entanto, observando melhor, viu que no castanheiro também estava poisado um melro. O mocho, assim que o viu, ficou muito contente e disse lá consigo:

- “Já tenho ceia!” – E, de imediato, iniciou uma conversa com o melro, fazendo-se passar por seu amigo.

O tempo foi passando, mas o melro não lhe ligava nenhuma. Ao cair da noite, porém, o mocho animou-se, pois cuidou que o melro havia de adormecer e ele então aproveitaria a oportunidade para o papar de um só fôlego. Esperou que o melro adormecesse, mas nada. O melro estava sempre com um olho fechado e o outro aberto. O mocho, impaciente, olhava para o melro, mas não havia maneira de ele adormecer.

- “Arre! Que não há maneira do melro fechar os olhos.”

Esperou, esperou, até que ficou muito aborrecido e, já não podendo aguentar mais, voltou-se para o melro e disse-lhe:

 - “Ó amigo melro, por que é que não fechas os dois olhos?”

O melro, que há muito havia percebido a intenção do mocho, retorquiu-lhe:

- “Amigos de longe, vistos de perto, fazem com que tenha um olho fechado e outro aberto.”

Dizendo isto levantou voo e partiu para longe dali, ficando o mocho sozinho, à espera de melhor ocasião para saciar a sua fome.

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publicado por picodavigia2 às 10:26

MOMENTO

Segunda-feira, 16.12.13

Nunca se descreve

A ousadia de um momento,

Único e breve.

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publicado por picodavigia2 às 00:20





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