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ANA DA COSTA NUNES

Terça-feira, 06.05.14

A poetisa Ana Adelina Bettencourt da Costa Nunes nasceu na freguesia das Angústias, cidade da Horta, em 29 de Novembro de 1892, tendo falecido na mesma cidade em 6 de Abril de 1977. Foi professora do ensino primário, as suas lições ficaram na memória das várias gerações que ensinou.

Os seus versos nasceram na escola parnasiana em que foi criada. O seu primeiro livro, «Arte Nova», publicado em 1922, com o título Singelos, é antecedido de um prefácio por Osório Goulart, seu professor na Escola Normal. Embora muito tivesse produzido para os jornais, só em 1975, decorrido meio século e por instâncias de padre Júlio da Rosa que prefacia, tornou público o livro de sonetos Ao Longo da Jornada e um ano depois O Meu Livro de Cantigas, onde revela recordações da sua mocidade.

Um jornal faialense caracterizou, assi, a sua poesia: «As suas mimosas produções, por vezes duma compleição varonil, e quase toda subjectiva, cantando o Amor, cujos sonhos viu realizados na companhia do marido, são de estilo leve e fácil e mesmo por isso bastante apreciados». É da sua autoria a letra do hino ao «Fayal Sport Club» que o maestro Francisco Xavier Simaria musicou.

 

Dados retirados do CCA – Cultura Açores

 

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publicado por picodavigia2 às 18:06

A QUEDA DOS DEUSES

Terça-feira, 06.05.14

Os deuses que sonhámos quando moços

E adorámos, de joelhos, como quem

Deles espera, ansioso, todo o bem,

Caíram do altar e são destroços.”

 

Diniz da Luz

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publicado por picodavigia2 às 16:53

O MEU AVÔ

Terça-feira, 06.05.14

O meu avô é o maior.

Ele ajuda – me em tudo o que eu preciso. Ajuda-me a fazer os trabalhos de casa. Faz muitos bolos comigo.

Eu admiro-o muito

 

    Maria Fagundes.

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publicado por picodavigia2 às 10:14

O ENCONTRO DA INCLITA GERAÇÃO

Terça-feira, 06.05.14

O Seminário Episcopal de Angra, até 1976, ano em que foi criada a Universidade dos Açores, era única instituição de ensino post-secundário existente nas ilhas, assumindo-se, desde dos primórdios da sua criação, no longínquo ano de 1862, como um notável e inexaurível alforge de ciência e de cultura onde se formou, para além do clero açoriano de onde emergiram muitas eminentes figuras da igreja católica, grande parte da classe dirigente, da intelectualidade e da cultura açorianas.

No entanto, foi sobretudo na década de sessenta que esta instituição atingiu o apogeu da sua notabilidade e da sua génese formadora. Por um lado o Seminário de Angra possuía, nessa época, um notável lote de professores, homens de letras, de ciência, de grande sabedoria, de profundos conhecimentos, de alta craveira intelectual e defensores dos mais nobres princípios de humanismo. Por outro lado demandaram o Seminário, nessa altura, muitos jovens dotados de elevada capacidade intelectual, na maioria dos casos oriundos de famílias pobres e, por conseguinte, impedidos de frequentar as Universidades do Continente, mas referenciados pelos respectivos professores primários como de excelentes capacidades de aprendizagem e que “seria uma pena não continuarem os estudos”. Uns fizeram-no com enorme sacrifício dos pais, outros com algum mecenas protector que lhe surgiu miraculosamente no caminho e alguns, até, agregando-se a outras dioceses, nomeadamente à de Timor, que lhes custeava os estudos, mas quase todos faziam parte duma como que notável espécie de banco de inteligências armazenadas no arquipélago e que urgia aproveitar.

Assim e durante doze anos, com um currículo exigente, completo, abrangente e rigoroso, complementado com actividades intelectuais e culturais diversíssimas, desde a música ao teatro passando pelo jornalismo, através de academias, congregações, sabatinas, jornais, palestras, reuniões, semanas culturais, os seminaristas foram adquirindo não só uma aprendizagem profunda, segura e diversificada mas também uma sólida formação humana, tornando-se assim como que uma espécie de “ínclita geração” das letras, da ciência e da cultura açorianas.

Uns saíram ao longo do sinuoso percurso de doze anos de estudo, outros porém chegaram ao fim e ordenaram-se atingindo o objectivo primordial pelo qual haviam lutado e que constituía o sonho de qualquer simples e humilde família açoriana. Muitos destes, no entanto, alguns anos mais tarde, por isto e por aquilo ou simplesmente porque quiseram, resolveram alterar o destino da sua vida. E fizeram-no com dignidade, com convicção, com nobreza de carácter e de acordo com os valores humanos e morais que ao longo dos anos da sua formação haviam adquirido. Mas dispersaram-se, uns pela América e pelo Canada, outros pela França, pelo Luxemburgo, alguns por Setúbal, muitos por Lisboa e um ou outro por Aveiro, pelo Porto e até pela Madeira, enquanto a maior parte permanecia nos Açores.

Emanados de nobres sentimentos de convívio, camaradagem e saudade, muitos deles, sentiram que era bom e salutar reunirem-se. Se bem o sentiram, melhor o programaram, preparando, nos dias que seguem, uma espécie de congresso, denominado “ENCONTRO DE ANTIGOS ALUNOS DAS DECADAS DE 50/60 DO SEMINÁRIO EPISCOPAL DE ANGRA” que terá lugar nos próximos dias 6,7 e 8, na mui nobre leal e sempre constante cidade de Angra.

Neste encontro haverá tempo para rever espaços outrora inerentes à sua vinda quotidiana, ao mesmo tempo que serão reavivadas tradições antigas e recriadas actividades diversas, nomeadamente a nível musical, com destaque para a realização de um sarau músico literário, onde serão executadas muitas das músicas cantadas pelo Orfeão do Seminário naquelas duas décadas do século passado. Haverá também um momento de evocação da memória dos professores e alunos já falecidos.

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publicado por picodavigia2 às 09:52





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