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LUÍS CORTES-RODRIGUES

Domingo, 15.06.14

Luís Filipe Cortes-Rodrigues nasceu em Carnaxide, a 16 de Agosto de 1914 e faleceu em Gueifães, Maia, a 28 de Julho de 1991. Filho do poeta açoriano Armando Côrtes-Rodrigues, assinou a sua obra com o pseudónimo de Luís Ribeira Sêca. A sua estreia literária, com A Sombra de Afrodite, em 1950, revela uma poesia marcada por um vago romantismo que ora se orienta no sentido de um idealismo amoroso, ora questiona um Absoluto cuja inacessibilidade suscita no sujeito lírico uma perturbação que, a nível discursivo, se concretiza numa evidente retórica da interrogação. Mas outros procedimentos se registam na sua obra, a partir da inflexão registada em Recanto Tranquilo, onde com frequência o poema se constrói a partir de um dado mais concreto, de um elemento ou facto próximos do quotidiano “observado”: desse registo e onde sobressai o tom nostálgico e melancólico, ante a evidência da passagem do tempo e dos seus efeitos corrosivos.

Para além das obras referidas ainda publicou Um amor... e o outro.

 

Dados retirados do CCA – Cultura Açores

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publicado por picodavigia2 às 10:20

COMO UM DE NÓS

Domingo, 15.06.14

Artur da Cunha Oliveira nasceu em 1924, em Lawrence - Massachusetts - USA. Filho de mãe graciosense e de pai micaelense, Cunha de Oliveira veio para a Graciosa, com 7 anos de idade, fixando-se na freguesia de Guadalupe, ficando órfão de pai, ainda muito jovem. Frequentou o Seminário de Angra, concluindo o Curso de Teologia.

O currículo profissional de Cunha de Oliveira é demasiado rico e por demais conhecido para necessitar de qualquer apresentação, além disso está estampado na contracapa de alguns dos seus livros: “Artur da Cunha Oliveira, sacerdote católico dispensado do ministério e casado, licenciado em Teologia Dogmática e Ciências Bíblicas, foi professor no seminário Episcopal de Angra, cónego da Sé, assistente diocesano de vários movimentos, organismos e associações de apostolado e, na sociedade civil, director do diário A União, co-fundador do Instituto Açoriano de Cultura, de cujas Semanas de Estudo dos Açores foi secretário permanente durante vários anos, conselheiro de orientação profissional e director do Centro de Emprego de Angra do Heroísmo, vogal da Comissão Regional de Planeamento e, depois do ’25 de Abril’, presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, Director do Departamento Regional de Estudos e Planeamento dos Açores (DREPA), que fundou, deputado do Parlamento Europeu, presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz e da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo.” Falta acrescentar que foi agraciado com as Insígnias Autonómicas de Valor e Reconhecimento pelo Governo e Assembleia regionais. Cunha de Oliveira que, segundo afirma com muita emoção, aprendeu com a mãe “a mastigar antes de engolir” considera-se um crente que mantêm um espírito crítico e que olha preocupado para o “divórcio profundíssimo” entre a comunidade cristã e a sociedade científica “ como se houvesse uma oposição tremenda entre a Razão e a Fé”.

Apesar de ser o único participante no Encontro de Antigos Alunos do SEA com o percurso de professor do SEA nas décadas de 50/60, Cunha de Oliveira parecia um de nós. Chegou carregado de sorrisos, alegria, ternura e felicidade por ver e abraçar muitos dos que haviam sido seus alunos. Amparado na sua bengalinha e sempre ao lado da esposa, acompanhou-nos em tudo, viveu connosco todas as emoções e embrenhou-se em todas as actividades (com excepção do jogo de futebol). Cantou connosco, almoçou e jantou na nossa companhia, esteve na visita ao Seminário e ouvia-nos com tamanha atenção como se fosse ele o aluno e nós os mestres. A sua presença transcendeu-se por completo com o testemunho que nos deixou, na tarde de sábado, trazendo-nos à memória do que foram as vicissitudes propagadas na diocese e mais ainda no Seminário, após o Concílio Vaticano II. Cunha de Oliveira mesmo que não estivesse presente no encontro seria um marco do mesmo, porquanto na memória de todos os presentes, permaneciam ecos vivos daquele professor sábio, eloquente, comunicativo e inteligente, que juntamente come Francisco Carmo, Rogério Gomes, José Nunes, Manuel António, Artur Goulart, Caetano Valadão e outros trouxeram lufadas sucessivas de ar fresco à Teologia Dogmática dos velhos compêndios profundamente enraizados nos princípios e axiomas da Escolástica Medieval e acicataram a libertação da Teologia Moral dos meandros da Casuística, fechada e obsoleta.

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publicado por picodavigia2 às 10:17





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