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EXAME DE FILOSOFIA II

Segunda-feira, 07.07.14

No exame escrito de Filosofia II, realizado aos alunos do 7º ano, no Seminário Episcopal de Angra, no dia 28 de Maio de 1965, apresentavam os seguintes 4 temas para desenvolver, sendo todos de tratamento obrigatório:

1.  Demonstre que a vida consiste num movimento imanente.

2.  Explique o conceito e divisões de liberdade.

3.  Demonstre que a quantidade é real.

4.  Descreva o sistema filosófico denominado “Hylemorfismo”.

Este tipo de exame aproximava-se bastante, sobretudo em termos de exigência e profundidade de conhecimentos, de alguns elaborados, numa ou outra disciplina, na Secção de Filosofia da FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), na década de setenta.

 

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publicado por picodavigia2 às 11:25

O JOÃO PATETA

Segunda-feira, 07.07.14

 

(CONTO TRADICIONAL)

 

Há muito, muito tempo havia um   rapaz chamado João que vivia com a sua mãe numa pequena cabana na floresta...   Como eram muito pobres, a mãe do João tinha de trabalhar muito: eram horas e   horas a costurar e a remendar roupa. E o João o que fazia? Nada! Durante o   Inverno, era vê-lo sentado em frente ao quentinho da lareira. Já no Verão, o   que ele gostava era de se sentar lá fora, no jardim, a apanhar Sol na cara. E   era assim que ele passava os dias…

Certo sia, a mãe, farta de ver   que ele, nada fazia, disse-lhe:

- Quem não trabuca, não   manduca! Tens de começar a trabalhar, João!

E lá foi ele… O primeiro   emprego que o João arranjou foi em casa de um lavrador, que lhe deu uma moeda   por um dia de trabalho no campo. João colheu o trigo, levou as vacas a pastar   e ainda deu de beber aos animais da quinta. O lavrador, muito satisfeito, deu-lhe   a recompensa prometida. Só que, já a caminho de casa, João tropeça e deixa   cair a moeda num pequeno ribeiro. Como é que ele ia contar à mãe o que lhe   tinha acontecido?

- És um tonto, João! Um cabeça   no ar! Então porque é que não guardaste a moeda no bolso?

- Prometo que da próxima vez o   faço, mãe…

No dia seguinte, João foi   contratado por outro lavrador para levar o rebanho a pastar às montanhas. E   assim foi… Só que agora, em vez de receber uma moeda, João ganhou um grande   jarro de leite fresco, acabadinho de sair da vaca.
  “Mas onde é que eu vou levar o jarro de leite? Já sei, no bolso…”  E lá foi ele para casa. Mas, enquanto andava,   o leite ia caindo no chão. Resultado: o João chegou a casa sem leite nenhum   para dar à mãe. Esta ficou espantada:

- Então não sabias que devias   trazer o leite à cabeça?

- Prometo que da próxima vez o   faço, mãe…

Mais um dia de trabalho e mais   uma recompensa: desta vez foi um queijo amanteigado.
  Tal como a sua mãe lhe tinha indicado, João decide levar o queijo na cabeça.
  Só que, com o calor, o queijo acabou por derreter…

- Mas João, porque é que não   trouxeste o queijo na mão?

- Prometo que da próxima vez o   faço, mãe…

No dia seguinte, João foi   ajudar o padeiro da aldeia a preparar o pão. E recebeu em troca um belo gato…   Todo contente, João segurou o animal entre as mãos, caminhando  na direcção de casa. Mas, como o gato era   muito irrequieto, acabou por saltar-lhe das mãos e fugir. João ainda correu   atrás dele, mas o gato era muito mais esperto e escondeu-se entre o mato. A   mãe nem queria acreditar…

- Sabes o que é que devias ter   feito? Devias tê-lo atado com um cordel e arrastado atrás de ti.

- Prometo que da próxima vez o   faço, mãe…

O talho foi o sítio que   escolheu para trabalhar no dia seguinte… Depois de uma manhã de trabalho,   João recebeu um belo e saboroso presunto. “Como é que eu o levo para casa?   Atado com um cordel e arrastado atrás de mim,” - pensou…

Claro que quando chegou a casa   o presunto já estava cheio de pó e ninguém o podia comer…

- João, o presunto é para   carregar às costas!

- Prometo que da próxima vez o   faço, mãe…

Depois de uma noite descansada,   João vai trabalhar para casa do pastor. Um burro é o que recebe como   recompensa. Apesar de ser muito pesado, João não desiste de seguir os   conselhos da mãe e leva o animal às costas. A caminho de casa, o rapaz passou   pela casa de um homem muito rico. Este tinha uma filha muito bonita, a Maria,   mas que tinha um problema: ninguém a conseguia fazer rir! Por isso, o pai   tinha prometido que quem fizesse rir a sua filha, iria casar com ela. E foi   isso que aconteceu…
  Muito aborrecida, Maria estava à janela quando viu este espectáculo; um   rapaz, muito encarnado, a carregar um burro às costas. E, de repente, uma   enorme gargalhada encheu a grande casa. Todos vieram ver o que se estava a   passar…
  Passado uma semana, João e Maria casaram e passaram a viver, felizes para sempre,   na mansão do pai de Maria. E o João nunca mais teve de trabalhar…

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publicado por picodavigia2 às 00:00





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