PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
PAI
(POEMA DE JOSÉ RÉGIO)
Foste simples, banal,
Bom, com defeitos, jovial,
E tão pegado à vida,
Que ainda, velho, velho, a não podias crer vivida.
Viveste para as coisas deste mundo,
Que seria melhor
Se o pudesses fazer conforme o teu humor.
Não é por ser teu filho que sou triste,
Demoníaco, angélico, diferente,
Descontente, nevrótico, perverso.
Mas se algo, em mim, resiste
De humildemente humano,
Amigo de viver conforme vai
Vivendo a gente consoante o ano...
A ti o devo, pai!
A ti o devo, se nasci.
E a ti o devo, se inda não morri.
José Régio in Colheita da Tarde
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CRIAÇÃO DA PARÓQUIA DAS LAJES OU A PRIMEIRA DA ILHA DAS FLORES
O lugar onde se situa a actual Vila das Lajes das Flores terá começado a ser povoado, talvez ainda no primeiro decénio de Quinhentos, à volta de uma pequena Ermida em louvor do Espírito Santo, construída no porto, próximo do mar. A constituição da mesma vila como paróquia, no entanto, remonta aos primeiros anos do século XVI, ou seja, praticamente pouco depois do povoamento daquele lugar. A paróquia das Lajes, cuja data mais provável da sua constituição é 1676, no entanto já era de invocação a Nossa Senhora do Rosário em meados do século XVII, altura em que estava a ser construída a actual Igreja Matriz.
Diogo das Chagas refere o referido lugar nestes termos; “ao sair do porto, que é uma calheta em que abicam barcos”.
Sendo o primeiro local da ilha a ser habitado, as Lajes também foi durante os dois primeiros séculos de povoamento, a localidade da ilha mais importante e com mais população, uma vez que, na mais antiga estimativa da população da ilha, em 1587, o cosmógrafo Luís Teixeira atribui-lhe 300 habitantes, enquanto frei Agostinho de Monte Alverne, em finais de Seiscentos, situa na mesma vila 320 fogos com 1.200 almas. Esta uma das razões porque as frequentes investidas da pirataria se centralizavam ali, com destaque para a que foi porventura a mais devastadora de sempre, acontecida em 1587, quando cinco navios ingleses enganosamente entraram na ilha, pelo porto das Lajes, “destruindo quanto acharam, queimando os templos todos e assolando as casas, sem ficar nem uma só”
No último quartel do século XVII, porém, Lajes das Flores desmembra-se e essa a razão por que em 1717, segundo o padre António Cordeiro, já era a “segunda vila” da ilha, ainda que “em nada sujeita” à florescente vila de Santa Cruz das Flores.
Dessa divisão nasceram duas novas paróquias, uma de invocação a Nossa Senhora dos Remédios, nas Fajãs, em 1676, outra em louvor de São Caetano, na Lomba, provavelmente em 1698. Por duas vezes mais, a paróquia das Lajes volta a ser alvo de desanexações, daí resultando a criação das paróquias de Nossa Senhora dos Milagres, no Lajedo, em 1823, e do Senhor Santo Cristo, na Fazenda, em 1959. Isto significa que à data da sua formação, a paróquia da Senhora dos Remédios das Lajes, possuía um extensíssimo território, precisamente o que abarca o actual concelho, com excepção do lugar da Ponta que pertencia a Santa Cruz, vindo a integrar, a quando da sua criação, a paróquia de Ponta Delgada, a terceira mais antiga da ilha, depois das Lajes e Santa Cruz.
A actual igreja Matriz começou a ser construída em 1763, ficando concluída cerca de vinte anos depois. Sabe-se que foi construída no local onde existiu uma antiga ermida, sobre a invocação do Espírito Santo e que para ali fora transferida do porto e destinou-se a substituir a velha Matriz, que o vulgo conhecia por Igreja das Sete Capelas e que se situava no local onde se situa actualmente o cemitério.
Hoje, no entanto o orago da paróquia das Lajes é a Senhora do Rosário.
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FASCINANTE
M 49 – “FASCINANTE”
ENTRADA
Bolinhos de galetes de arroz com creme de queijo fresco e ervas aromáticas, acamados sobre folhinhas de alface. Montículos de requeijão com compota de figo.
PRATO
Empadas de salmão e legumes com salada de alface, cebola e pimentos temperada com azeite e vinagre balsâmico.
SOBREMESA
Ameixa branca e geleia de morango.
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Preparação da Entrada: - Escaldar três galetes de arroz com caldo de peixe a ferver. Desfazer e amassar. Juntar uma colher de sopa de creme de queijo fresco com ervas aromáticas e misturar bem. Moldar pequeninos bolos do tipo croquete e coloca-los sobre pedacinhos de folha de alface. Intercalar com colheres de chá de requeijão e cobri-las com compota de figo.
Preparação do Prato –Para a massa das empadas seleccionar 80 gramas de farinha de trigo,1 colher de sopa de azeite, um pouco de Margarina e a clara de ovo. Envolvem-se todos ingredientes e mistura-se bem, não necessitando juntar água. Amassar. Se necessário para a massa não pegar às mãos, juntar um pouco de farinha. Deixar descansar cerca de 20 minutos, esta massa deve. Para o recheio, cozer o salmão e desfazê-lo num refogado de azeite, cebola, alho e pimentos. Juntar um pouco de maizena dissolvida em água e temperar. Estender a massa, cortar quadradinhos e colocar-lhes colheradas de recheio. Formar as empadas da forma que se entender, pressionar as bordas. Levar ao forno e empratar com a salada
Preparação das Sobremesas – Confecção tradicional.