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PADRE JOÃO DE FREITAS LOURENÇO

Terça-feira, 22.07.14

Pouco se sabe sobre a vida deste ilustre fajãgrandense, o padre João Lourenço Fagundes, que teve escritura de doação patrimonial de bens, em 1820, uma ancestral das actuais Escrituras Públicas de Doação, feitas junto de um tabelião e através das quais uma das partes doa determinado bem, tanto móvel como imóvel a outra. Assim e em função desta data e da data de casamento dos pais, o padre João de Freitas Lourenço terá nascido no final do século XVIII, por volta de 1790. Era filho de João de Freitas Lourenço e de Mariana da Ascenção. O pai, falecido em 11 de Abril de 1815, com 83 anos, foi alferes num dos fortes da Fajã Grande e também era natural do lugar da Fajã, assim como a mãe. O pai era filho de Manuel Lourenço e de Joana de Freitas, tendo casado, e, 16 de Janeiro de 1779, com 49 anos de idade, na igreja da Fajazinha, na altura paróquia das Fajãs, com aquela que foi a mãe deste sacerdote, Maria da Ascenção, uma das filhas do capitão António de Freitas Henriques e de Maria de Freitas.

O avô paterno do padre João de Freitas Lourenço, Manuel Lourenço, casou duas vezes, ambas na igreja da Fajazinha. Em 1723 com Maia de Freitas filha do alferes André Fraga Pimentel e da segunda, em 1751, com Joana de Freitas, filha de António George Garcia e de Maria de Freitas., sendo esta a avó do padre João de Freitas Lourenço. Por sua vez os avós maternos, António de Freitas Henriques e Maria de Freitas também casaram na Fajãzinha, em 1760, ele filho do capitão Gaspar Henriques Coelho e de Francisca Rodrigues e ela filha de Bartolomeu Lourenço e de Isabel de Freitas, sendo irmã de Catarina de Freitas, casada com António da Silveira Azevedo, meus sétimos avós. Recorde-se que António da Silveira Azevedo era filho de José Pereira Azevedo, naturais de Santa Luzia do Pico, onde casaram, tendo-se refugiado nas Flores por altura da crise sísmica, em 1718.

 

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publicado por picodavigia2 às 16:34

EM PROL DA CULTURA POPULAR

Terça-feira, 22.07.14

O João de Brito pertenceu ao curso que entrou para o Seminário Menor de Santo Cristo, em Ponta Delgada, no ano lectivo de 1957/58, integrando o segundo grupo de alunos que frequentou aquela instituição de ensino, sediada no antigo Colégio dos Jesuítas. Dois anos depois, passou a frequentar o SEA, completando e terminando a sua formação académica em 1969, ano em que se ordenou. Exerceu o cargo de secretário particular do Bispo de Angra, D. Manuel Afonso de Carvalho e paroquiou, ao longo da sua vida, em várias freguesias da ilha Terceira. Actualmente exerce a sua actividade sacerdotal nas paróquias de Santa Bárbara e Cinco Ribeiras da mesma ilha.

Aluno responsável, estudioso, disciplinado, íntegro, verdadeiro, empenhado e autêntico ao longo do seu percurso no Seminário, o João de Brito tem exercido o seu múnus sacerdotal com muita sobriedade, grande eficiência, acentuada dignidade e nobre discrição, ao mesmo tempo que se assumiu, paralelamente, como professor de Religião e Moral. Também exerceu, durante alguns anos os cargos de Ouvidor Eclesiástico da ilha Terceira e tem dedicado grande parte da sua actividade em prol da cultura popular, nomeadamente ao apoio, incremento e desenvolvimento dos grupos de música regional açoriana, especialmente no que aos ranchos folclóricos diz respeito, tendo estado mesmo na criação de alguns.

O João de Brito foi dos vários sacerdotes terceirenses ou em exercício na ilha Terceira que frequentou o SEA, que se dignou participar no Encontro do passado mês de Julho. Embora não podendo estar presente em todas as actividades, devido ao exercício do seu múnus apostólico, mais acentuado aos fins-de-semana, participou na maioria das reuniões, passeios e encontros, tornando-se um elemento importante, porquanto, tendo vivido permanentemente na ilha Terceira, nos ia dando um notável apoio e oportunos esclarecimentos, sobre as mudanças e evoluções mais acentuadas ao longo destes anos, sobretudo no SEA. Por tudo isso e muito mais a sua presença foi muito importante, quer na visita inicial ao Seminário, quer nos passeios pela velhinha Angra, incluindo os mais curtos, entre o hotel e o Seminário. Um excelente guia e um notável cicerone. Jantou e almoçou connosco, ensaiou e cantou connosco, acompanhou-nos e apoiou-nos, tornando-se, por tudo isso também um notável “Senhor” do Encontro.

Recorde-se ainda que foi junto “sua” à igreja paroquial de Santa Bárbara que o grupo de alunos da década de cinquenta sessenta, cantou o “Juravit Dominus” em homenagem a um neo-sacerdote que ali celebrava a sua “Missa Nova”.

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publicado por picodavigia2 às 10:13

O CABEÇO DO CÃO SANTO

Terça-feira, 22.07.14

Conta uma lenda muito antiga que no mato da Fajã Grande, para os lados da Caldeirinha, antigamente, existia um pequeno cabeço, hoje impossível de se ver devido à vegetação que ali existe, em cima do qual existia uma pedra cuja forma fazia lembrar, em tudo, um enorme cão.

Ora, naqueles tempos, aqueles terrenos eram muito férteis e neles existiam boas e verdejantes pastagens que eram de todos mas não eram de ninguém. Assim os moradores dos lugares da Fajã, da Ponta e até da Cuada, levavam para ali as suas ovelhas, misturando-se as de uns com as dos outros.

Os animais viviam ali dia e noite, alimentando-se e reproduzindo-se. Os donos iam lá de vez em quando, para lhes tirar o leite, a lã, matando um ou outro para se alimentarem com a sua carne.

Os animais tinham nas orelhas marcas que identificavam a quem pertenciam, mas alguns moradores, no entanto, eram maus e ladrões, pelo que matavam animais que não eram seus e, por vezes, às escondidas, até tiravam leite e lã aos que não lhes pertenciam. Algumas vezes, sendo apanhados a roubar, provocavam zaragatas, bulhas e guerras entre uns e outros.

Mas tudo isso acalmou e deixou de haver homens a roubar ovelhas ou a tirar leite e lã às que não eram suas, porque, segundo contavam os que ali iam, sempre que o tentavam fazer, o cão começava a uivar em altos berros e atirava-se a eles, impedindo-os de assenhorear do que não era seu.

Essa a razão, ao que parece, por que começaram a chamar àquele lugar o Cabeço do Cão Santo.

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publicado por picodavigia2 às 09:58





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