PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
O CANTO DA COTOVIA
"Posso não lhe oferecer a utopia,
Mas posso convidá-lo para ouvir o canto da cotovia".
Aj. Araújo
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MINHA MÃE, CASAI-ME CEDO
Não se nasce sobre a relva
E n’alcova não se almoça
Minha mãe, casai-me cedo
Já não sou menina moça.
A videira dá a uva,
A figueira dá o figo
Minha mãe, casai-me cedo
Estar solteira não consigo.
Fui ao monte, vim enxuto
Fui ao mar, voltei molhado,
Minha mãe, casai-me cedo
Qu’eu já tenho namorado.
Muito avança quem s’apressa
Muito perde quem s’atrasa.
Minha mãe, casai-me cedo
Vou-me embora desta casa.
Muito goza homem casado
Muito sofre quem tá solteiro.
Minha mãe, casai-me cedo
Muito m’arde o parrameiro.
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MEMÓRIAS DE AMARANTE
Entrou para o Seminário de Santo Cristo no ano lectivo de 1960/61, pelo que nos encontrámos, como alunos no SEA, apenas dois anos mais tarde e partilhámos, conjuntamente, a prefeitura dos Médios. O Cordeiro, hoje mais conhecido, em termos de “facebook” por António M. Arruda, natural do Ginetes, fez apenas uma parte da sua formação académica no Seminário de Angra. Enraizou-se, desde há muitos anos, nos Estados Unidos, residindo actualmente em East Providence, trabalhando na empresa Murphy's Liquors Inc, da qual é Manager.
No recente Encontro dos antigos alunos do SEA, a sua presença como que se tornou quase inesperada, por quanto, quinze dias antes se tinha deslocado a Portugal, incluindo Continente e Açores. Assim tornava-se quase impossível, voltar e participar no referido evento. Porém uma vontade “férrea” trouxe-o, de novo aos Açores e a Angra. A sua presença caracterizou-se por um grande empenhamento em todas as actividades e eventos, participando com uma alegria desmesurada, com um espírito de camaradagem gigantesco e com uma animação excedível e constante. Possui uma boa colecção de fotos do Encontro na sua página do FB.
Naturalmente que o meu encontro com ele não foi tão emotivo como com os outros porquanto o recebera, quinze dias antes, aqui em Paredes. Uma vez sediado no Norte, através do FB, pudemos combinar um encontro. Na realidade passamos uma tarde maravilhosa, em amena cavaqueira e ainda tivemos tempo para dar um salto à belíssima cidade de Amarante, a fim de apreciar as suas belezas e saborear um bom naco de presunto, regado com o verde da região. Do melhor que há em Portugal. E os “docinhos” de ovos e o “Pão-de-ló” de Amarante também não faltaram!
Nessa altura, ele próprio e eu, cuidamos que, decididamente, não nos encontraríamos em Angra. Ainda bem que, surpreendentemente, mudou os seus planos, regressando aos Açores, tornando-se, assim, mais um dos vários “Senhores” presentes naquele inesquecível Encontro. A sua presença ainda contribuiu para que a freguesia dos Ginetes, ex-aequo com a das Capelas, fossem as que tivessem mais elementos presentes no Encontro, mas em números absolutos, porque em percentagem relativamente ao número de habitantes, a freguesia pioneira foi, indiscutivelmente, a Fajã Grande das Flores