PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
FRANCISCO RAPOSO DE OLIVEIRA
O poeta e jornalista Francisco Raposo de Oliveira nasceu em Ponta Delgada, a 8 de Janeiro de 1888 e faleceu em. Lisboa, em 1933. O local do seu nascimento tem gerado alguma polémica porque os nordestenses reclamam para aquela vila o seu local de nascimento, por os pais serem naturais de lá, ali terem casado e vivido algum tempo. O facto, é que existe um registo de baptismo do mesmo em Ponta Delgada, na freguesia de S. Pedro, com data de 20 de Maio do mesmo ano, e ali viveu até aos 23 anos de idade. Raposo de Oliveira trabalhou como caixeiro, mas desde cedo revelou apetências literárias, publicando o primeiro livro de versos aos 17 anos. Em 1899, começou a trabalhar como redactor no jornal O Heraldo, para fundar e dirigir em 1902, o semanário A Nova. A convite do jornalista António Baptista, partiu para Lisboa, com o objectivo de colaborar na redacção e coordenação do Álbum Açoreano.
A partir de então iniciou a colaboração na imprensa da capital. Acabou por ser redactor de vários jornais. Foi um dos fundadores da «Casa dos Jornalistas», depois integrada no Sindicato da Imprensa.
A obra literária inclui poesia, ficção em prosa e teatro. Pedro da Silveira afirma que «é de entre os poetas açorianos da geração pós-simbolista, o mais açoriano de todos na temática, em especial na Via Sacra, o melhor dos seus livros. Impenitentemente romântico e sentimentalmente idealista, tinha o culto exaltado da mulher, e formalmente era parnasiano». Ocasionalmente enveredou pela poesia de carácter social.
Obras Principais: Ardentias, Natal, Orações de amor, Pão. Lisboa, Via Sacra. Lisboa e O Poeta do Só. Lisboa.
Dados retirados do CCA – Cultura Açores
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PRIMADO DA PANELA
- Menina, por que não vens,
Quando passo, à janela?
- Ora, é quando vou à cozinha,
Largar o fogo à panela.
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