PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
MEMÓRIAS (IV)
8
Todo dourado
parece que me fita
o peixe na redoma,
9
E porque tudo é memória,
como a rapa-da-pedra
deslembremos.
10
Basta-me este mínimo verde
e a casa diante do mar.
- Bates coração?
Pedro da Silveira in Poemas Ausentes
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INOCÊNCIA
Uma menina todos os dias, vai para escola. Apesar do mau tempo daquela manhã e de haver muitas nuvens ela fez seu caminho diário. Com o passar do tempo, a tempestade aumentou e começaram relâmpagos e trovões.
A mãe pensou que sua filha poderia ter muito medo pois ela mesma já estava assustada com os raios e trovões. Preocupada, a mãe pegou no carro e dirigiu pelo caminho em direcção à escola.
Logo que avistou sua filhinha viu-a andando e a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria!
Outro e outro trovão e, após cada um, ela parava, olhava para cima e sorria!
Finalmente, a menina entrou no carro e a mãe, curiosa, perguntou-lhe:
- Porque estavas a olhar para o céu e a sorrir, sempre que fazia um relâmpago?
A garota respondeu:
- Porque Deus estava a tirar-me fotografias.
Deixemos que toda inocência floresça nos nossos corações para podermos ver a bela e real felicidade que está nos momentos de simplicidade...
Adaptado de um conto brasileiro