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TORTAS DE MUSGÃO

Quarta-feira, 15.10.14

Em tempos idos comiam-se na Fajã Grande, com muita frequência, tortas de ovos, algumas vezes simples, outras misturando os ovos com os mais diversos produtos. Era o que acontecia com as chamadas tortas de musgão, feitas com farinha e ovos, a que se juntava a chamada erva patinha, vulgarmente conhecida por erva do calhau ou musgão.

Para as confecionar juntava-se aos ovos batidos com a farinha, nalguns casos, simplesmente aos ovos, o musgão picado, adicionando alguns temperos e às colheradas fritavam-se em banha de porco sendo, geralmente, comidas com bolo do tijolo.

Hoje, estas tortas parecem ter ressuscitado e regressado como prato típico da ilha das Flores.

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publicado por picodavigia2 às 11:08

DOM FREI ALEXANDRE DA SAGRADA FAMÍLIA

Quarta-feira, 15.10.14

Alexandre Ferreira da Silva nasceu na Matriz da Horta, em 22 de Maio de 1737 e faleceu em Angra do Heroísmo, em 23 de Abril de 1818. Foi ordenado presbítero em 1758. Quando professou adotou o nome de Alexandre da Sagrada-Família. Estudou num convento em Brancanes, Setúbal, tornando-se um sacerdote erudito e um orador de fama. De Setúbal rumou a Coimbra e estudou na Universidade, onde se formou em Teologia e Direito Canónico e Civil.

Tornado conhecido na corte, foi provido bispo de Malaca e Timor por D. José I, e sagrado em 24 de Fevereiro de 1783. Todavia não seguiu esse destino mas sim o de Angola e Congo, em 1784, antes de ser executada a bula que o confirmava bispo daquela diocese do Extremo Oriente. No entanto, e devido a desentendimentos com o capitão-general de Angola, o governo português foi adiando, sucessivamente, a execução da bula de nomeação. Desgostoso, Dom Frei Alexandre regressou a Lisboa.

Anos mais tarde, veio juntar-se ao irmão, João Carlos Leitão, juiz de fora, e à cunhada na ilha Terceira. O desejo de prover à situação financeira de parentes e de amigos fê-lo deslocar-se duas vezes ao Brasil a fim de obter do Príncipe Regente benesses que, geralmente, lhe foram concedidas, e o Príncipe elegeu-o bispo de Angra, em 1812, cargo de que só viria a tomar posse em 1816, devido à oposição do cabido angrense.

Tem sido destacada a sua personalidade intelectual e Pedro da Silveira que incluiu em antologia o seu poema «À meninice», considera que «D. Frei Alexandre não é poeta só nos versos, já que de puro poeta é muitas vezes a prosa dos seus sermões e pastorais».

Em 4 de Novembro de 1863, a Câmara Municipal da Horta, presidida por António José Ferreira Rocha, deu o seu nome ao Largo do Paúl, daquela cidade. Era tio de Almeida Garrett, por via paterna. Foi o primeiro bispo de Angra natural dos Açores e o único até à nomeação do atual.

Obras principais: Manuscritas: Cartas a António Ribeiro dos Santos, Diário da jornada para o Loreto, Diário da viagem de Cadiz a Genova, Manifesto justificativo que fez D. Fr. Alexandre Missionario de Brancanes, e bispo de Malaca, a Soberana quando elle se achava governador do Bispado de Angola fazendo as vezes de seu proprio bispo, Notas que se hão-de juntar aos Diários das suas viagens, Noticias de Tibuli extrahidas de Crochiante e de Fabio Croce,. Sermão na Entrada e profissão de hua religiosa, Sermão que pregou na profissão de hua religiosa do Convento de Jesus de Setuval (...) offerecido a Madre Soror Anna ... Religiosa do mesmo Convento, Sermão de Santa Anna, Sermão sobre a penitência.

Impressas: A Alcipe [poesia, com o pseudónimo Sílvio, dedicada a marquesa de Alorna, de quem foi director espiritual]. Cântico de Moisés, Devoção das Dores da Virgem Mãi de Deos por hum seu devoto, Pastoral, Stabat Mater e Historia do culto de Nossa Senhora em Portugal.

 

Dados retirados do CCA – Cultura Açores

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publicado por picodavigia2 às 10:46





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