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SANTA BÁRBARA LUZ DIVINA

Quinta-feira, 04.12.14

A ilha das Flores e, mais concretamente, a Fajã Grande, noutros tempos era, com muita frequência, assolada por violentas tempestades, acompanhas de trovões fortíssimos e relâmpagos assustadores. Para se proteger de tão assustadores catástrofes ou para implorar que elas se afastassem, o povo implorava a proteção de Santa Bárbara, exclamando: Santa Bárbara luz divina! Embora a igreja paroquial não possuísse imagem de Santa Bárbara, nem lhe fosse tributada grande devoção era a ela que, nestes momentos de angústia e aflição se implorava e pedia auxílio, uma vez que era considerada protetora por ocasião de tempestades, raios e trovões. Esta devoção à santa, apenas nos momentos das tempestades levou, inclusivamente, à criação de um adágio muito utilizado na freguesia: “Só te lembras de Santa Bárbara quando faz trovões.”

Era pois, Santa Bárbara, uma santa de grande devoção na freguesia. Mas o que ninguém sabia era que Santa Bárbara, padroeira de algumas freguesias açorianas, é celebrada, liturgicamente no dia 4 de Dezembro e a igreja considera-a santa virgem e mártir. A razão de ser invocada em momentos de trovoadas e tempestades prende-se com algumas lendas que se criaram a seu respeito.

Cuida-se que Bárbara terá nascido, nos finais do século III depois de Cristo, na cidade turca de Nicomédia, hoje chamada Izmit, situada nas margens do Mar de Mármara. Era a filha única de um rico e nobre, habitante desta cidade, que na altura pertencia ao poderoso Império Romano e que se chamava Dióscoro.

Por ser muito bela e, acima de tudo, rica, não lhe faltavam pretendentes para casamentos e o pai, supostamente com o objetivo de a proteger e afastar da sociedade corrupta daquele tempo, decidiu fechá-la numa torre. Na sua solidão, Barbara, tendo uma mata virgem como quintal, passava o tempo refletindo e interrogando-se, se toda aquela beleza natural seria criação dos ídolos que aprendera a cultuar com seus tutores ou se seriam obra de um Deus omnipotente.

Ora aconteceu que, passado algum tempo, o pai autorizou-lhe uma visita à cidade, durante a qual Bárbara teve oportunidade de conhecer e contatar alguns cristãos, que lhe falaram de Jesus e dos seus ensinamentos. Bárbara apaixonou-se por esta nova doutrina e, pouco tempo depois, batizou-se, tornando-se cristã. O pai, como represália, voltou a fechá-la na torre.

Certo dia, pai decidiu construir duas janelas na torre. Todavia, dias mais tarde, ele viu-se obrigado a fazer uma longa viagem. Enquanto Dióscoro viajava, Barbara ordenou a construção de uma terceira janela na torre. Além disso, ela esculpira uma cruz, símbolo do cristianismo, numa das paredes da torre

Ao regressar, o pai viu que a torre onde tinha trancado a filha tinha agora três janelas em vez das duas que ele mandara abrir. Indignado, perguntou à filha o porquê das três janelas. Ela explicou-lhe que isso era o símbolo da sua nova fé, simbolizava a Santíssima Trindade, mistério da religião que abraçara, o que deixou o pai furioso, porque ela se recusava a adorar os deuses pagãos.

A partir de então Bárbara começou a ser torturada. O próprio Dióscoro denunciou a filha ao Prefeito da cidade que a mandou torturar numa tentativa de a fazer renunciar à fé cristã, fato que não aconteceu. Por fim, como se mantivesse firme na sua fé, foi condenada à morte por degolação.

Reza ainda a lenda que durante a sua tortura em praça pública, uma jovem cristã de nome Juliana denunciou os nomes dos carrascos, e imediatamente foi presa e entregue à morte, juntamente com Bárbara. Ambas foram levadas pelas ruas de Nicomédia por entre os gritos de raiva da multidão. A Bárbara ter-lhe-ão cortado os seios, sendo, depois, conduzida para fora da cidade onde o seu próprio pai a executou, degolando-a. Quando a cabeça de Bárbara rolou pelo chão, um imenso trovão estrondou pelos ares fazendo tremer os céus e a terra. Um relâmpago flamejou pelos ares e atravessando o céu fez cair por terra o corpo da jovem.

Essa a razão por que Santa Bárbara passou a ser conhecida como “protetora contra os relâmpagos e tempestades" e é considerada a padroeira dos artilheiros, dos mineiros e de todos quantos trabalham com fogo.

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publicado por picodavigia2 às 15:00

MEUS BRINQUEDOS

Quinta-feira, 04.12.14

De repente

Ao lembrar dos brinquedos queridos

Que ficaram esquecidos

Dentro do armário

Me bate uma saudade

Me bate uma vontade

De voltar no tempo

De voltar ao passado

Mas nada acontece

Nada parece acontecer

E eu choro

Choro como o bebê que fui

E a criança que quero voltar a ser

Não quero crescer!

 

Clarice Pacheco

 

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publicado por picodavigia2 às 10:02





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