PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
A LENDA DA VELA DE NATAL
Conta uma lenda que, há muitos, muitos anos, havia um sapateiro muito pobre mas muito humilde e trabalhador. Como ganhava muito pouco, pois sempre que conhecia algum aldeão pobre, não recebia dinheiro por lhe reparar o calçado e como vivia muito longe da cidade os senhores ricos não o procuravam a fim de solicitarem os seus serviços, vivia numa pobre e velha cabana, na encruzilhada de um caminho, perto de um pequeno e humilde povoado, situado num bosque.
Reza a lenda, ainda, que o sapateiro era tão generoso e tinha tão bom coração que para ajudar os pobres aldeões e também os viajantes que passavam junto à sua cabana, todas as noites deixava numa janela do pobre casebre, uma vela acesa, de modo a guiá-los no escuro da noite. Mesmo já velho, doente, abandonado e enfraquecido, nunca deixou de acender a vela, com intenção de ajudar todos quantos passavam junto à sua casa.
Impressionados com a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida, cheio de amor e de bondade, não apenas os habitantes do pequeno povoado mas também os que viviam noutras terras mais distantes nas que por ali passavam muitas vezes decidiram imitá-lo. Assim, escolhendo uma noite, que era a véspera de Natal, decidiram juntar-se todos em frente à cabana do velho sapateiro acendendo cada um uma vela, iluminando todo o bosque. Até os que não puderam ir acenderam uma vela em cada janela das suas casas e iluminaram todo o povoado. À meia-noite mandaram tocar os sinos da igreja.
Consta que, a partir daquela noite, acender uma vela tornou-se tradição em quase todos os povos, na véspera de Natal.
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GRIPE, UM TORMENTO
Chegou o frio. Frio a valer. Embora não fosse previsível para quem, no início do inverno, sie vacinou contra a gripe, verdade é que a dita cuja não esteve com meias medidas e, mandando às ortigas a vacina, invadiu terreno que lhe estava interdito. A gripe este inverno foi mis forte do que a vacina ou melhor a vacina é que não teve a capacidade de obliterar toda a gama de vírus que são capazes de provocar a gripe, uma doença, incómoda, desgastante infeciosa, que pode, em casos de pessoas mais fragilizadas pela idade ou por outras doenças, ser fatal. Geralmente é provocada pelos tais diversos vírus que a vacina cuida que tenta abafar na globalidade. Traz consigo, uma vez que o tempo é de frio, calafrios, febre, corrimento excessivo do muco nasal, inflamação dores de garganta, dores musculares, dores de cabeça, tosse, fadiga e sensação geral de desconforto.
A gripe parece ser, geralmente, transmitida por via aérea através de tosse ou de espirros, os quais propagam partículas que contêm o vírus. A gripe pode também ser transmitida por contacto direto com excrementos ou secreções nasais de aves infetadas, ou através de contacto com superfícies contaminadas.
Os números falam por si. A gripe propaga-se e provoca anualmente entre três e cinco milhões de casos graves da doença e entre 250 000 e 500 000 mortes, número que pode ascender a milhões em anos de pandemia. Ao longo do século XX ocorreram três pandemias de gripe, cada uma delas provocada pelo aparecimento de uma nova estirpe do vírus em seres humanos, e responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas.
Cuidado pois. Com a gripe não se deve brincar. Há que curá-la bem. Isso demora o seu tempo. Há que evitar recaídas.
Estou, pois, de molho desde há dois dias e, embora com sensíveis melhoras, permanecerei mais alguns. Gripe, um tormento!