PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
CASTANHOLA
Contava, com muita graça, um dos meus sábios e velhos mestres, quando nós, alunos, revelávamos não perceber lá muito bem o que se aprendia, embora o decorássemos, que os meninos das escolas do Minho, ao aprenderem as primeiras palavras, quando aprendiam a ler, soletravam assim a palavra batata:
- Bê-á bá, bá, tê-á tá, tá, tê-á tá, tá. Castanhola!
E acrescentava para os menos doutos:
- É que no Minho, entre o povo, a batata é designada por castanhola.
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ADELAIDE SODRÉ
A poetisa Adelaide Sodré nasceu em Angra do Heroísmo, em 17 de Maio de 1903 e faleceu em Paris, em 1982. Foi funcionária da Caixa Económica do Montepio Terceirense. Em 1928 foi para a Madeira, já com a intenção de ingressar na vida religiosa e começou por trabalhar no Hospício D. Maria Amélia, sob a direção das Irmãs Vicentinas. Daí partiu para Paris onde professou na Casa Mãe dedicando-se ao trabalho da enfermaria.
Era uma inspirada poetisa que publicou em diversos jornais, mas nunca reuniu em livro a sua poesia. Foi premiada nos Jogos Florais da Câmara de Angra de 1924. Em 1937, Elmiro Mendes, seu amigo da juventude, reuniu num opúsculo seis sonetos, em sua homenagem. Monsenhor Machado Lourenço incluiu uma recolha de poesia de Adelaide Sodré no seu trabalho Três poetisas angrenses.
Obras. Sonetos e Antologia in Três poetisas angrenses.
Dados retirados do CCA – Cultura Açores