PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
JOSÉ PEIXOTO
José Peixoto nasceu nas Angústias, em 7 de Agosto de 1915, tendo falecido em Lisboa, em 1 de Maio de 2000. Foi advogado, notário e escritor. Fez o curso geral no Liceu da sua terra natal, onde foi matriculado pela primeira vez em 1927, e o curso complementar no Liceu de Ponta Delgada. Depois, entre 1934 e 1939, estudou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa de onde saiu licenciado.
Regressado à ilha do Faial, em 1939, foi delegado, interino, do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, mas, não tendo conseguido nomeação definitiva, não obstante o empenhamento pessoal das autoridades locais, concorreu ao notariado e foi colocado, sucessivamente, em Vila Franca do Campo, no Cartaxo e em Lisboa.
Fez a sua estreia literária publicando versos e contos no jornal Mocidade Académica, iniciativa dos estudantes do Liceu da Horta, dando então início a uma longa e meritória carreira ligada à cultura.
José Peixoto também se dedicou ao teatro, como autor, encenador e crítico. Além das peças que adaptou e foram representadas pelo Grupo Cénico do Angústias Atlético Club, entre 1935 e 1945, escreveu diversas comédias e operetas inspiradas em temas regionais, principalmente do Faial.
Ainda estudante em Lisboa, foi correspondente do jornal faialense Correio da Horta, onde publicou inúmeras crónicas, nomeadamente sobre o Primeiro Congresso Açoriano, realizado naquela cidade, em 1938. Cidadão responsável, tem a atestar o seu civismo a colaboração dispersa no diário faialense O Telégrafo, no Diário dos Açores, de S. Miguel, de que foi correspondente, e ainda nos semanários também micaelenses A Ilha, onde publicou a crónica semanal com o título «Jornal da Horta», e A Vila, de que foi chefe de redacção. Colaborou com o Notícias do Cartaxo, o Povo do Cartaxo e o Diário de Notícias de que foi correspondente.
Em Vila Franca do Campo foi presidente da Câmara Municipal de 25 de Janeiro de 1958 a 4 de Outubro de 1965.
Usou, pelo menos, os pseudónimos Ramiro da Silva e Maria da Soledade. Luís M. Arruda
Obras: Teatro regional: Margarida vai à fonte Romaria, Baleeiros. Casa tu próprio, Sacrifícios, Intrusos, Maior amor, Aos mártires da Pátria: comédia dramática: quatro episódios, Regresso e Mobilização geral. Teatro de revista: Cidade maravilhosa, Bom tempo no canal e Viva a folia, Loiça da vila. Poesia: Folhas da Primavera e Cartas de Amor. Contos: O ano de fome. Correio da Horta, 12 de Janeiro., Quase só mar, O sonho e a vida, Primeira Romaria e Romaria da Caldeira.
Dados retirados do CCA – Cultura Açores