PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
O PRIMEIRO ENTERRO NA FAJÃ GRANDE
O lugar da Fajã Grande foi ereto como paróquia de São José da Fajã Grande, por separação da de Nossa Senhora do Remédios de Fajãzinha, por alvará do bispo de Angra, D. Frei Estêvão de Jesus Maria, datado de 20 de Junho de 1861, incluindo nela as povoações da Fajã, da Ponta e da Cuada.
Os livros de óbito, afinal ainda registam um primeiro funeral no ano da ereção e não no seguinte como se cuidava
Reza assim o registo do óbito referente ao primeiro enterro verificado na paróquia de São José da Fajã Grande, ilha das Flores e de uma mulher casada, de trinta e sete anos e residente na rua da Fontinha. O da criança de nove meses cujos pais residiam na Cuada foi o primeiro a realizar-se no ano de 1862, mas o segundo realizado na vida da paróquia:
“A sete dias do mez de Dezembro de mil oitocentos e sessenta e hum, ao meio dia, na caza número cincoenta e dous, da Rua da Fontinha desta freguesia, concelho da villa das Lajens, Distrito Eclesiástico da cidade da Horta, diocese de Angra, faleceo Maria de Jesus de idade de trinta e sete anos, cazada com José António Pimentel, parochianos desta freguesia, filha de José António Roza e de Bárbara de Freitas, neta paterna de António Joé Roza e de Francisca Marcella e materna de António Caetano Gabriel e de Maria de Freitas, não fez testamento e deixou quatro filhos, recebeu os sacramentos próprios da Santa Madre Igreja Catholica; E para constar lavrei este assento em duplicado que assignarei. Era ut supra. O Phresbytero António José de Freitas.
Por sua vez, o terceiro óbito foi de uma mulher natural e residente na Ponta, de nome Floripes Luciana da Silveira, de quarenta e quatro anos casada com João de Freitas Fraga e que deixou quatro filhos.