PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
O CORVO E A RAPOSA
Certa vez um corvo pousou no cimo duma árvore, com um saborosíssimo queijo no bico, que roubara da casa de um lavrador. O queijo era muito apetitoso e cheirava que era um consolo. Assim atraída pelo cheiro do queijo, aproximou-se da árvore uma raposa. Como estivesse muito esfomeada, pois já não comia há três dias, tinha uma enorme vontade de papar aquele queijo. Como não conseguia subir a árvore e atacar o corvo para lhe tirar o queijo, a raposa resolveu usar a sua matreira inteligência em benefício próprio.
- Bom dia amigo Corvo! - Disse com bons modos a matreira.
O corvo olhou-a lá do alto e fez uma saudação balançando a cabeça mudo que nem uma parede. A raposa insistiu:
- Ouvi dizer que o rouxinol tem o canto mais belo de toda a floresta. Mas eu aposto que tu, meu amigo, se experimentasses cantar um pouquinho que fosse, cantarias muito melhor do que qualquer outro animal.
Sentindo-se desafiado e querendo provar seu valor, o corvo abriu o bico para cantar. Foi quando o queijo lhe caiu da boca e foi direto para chão, caindo perto do local onde estava a raposa que logo o apanhou, fugindo apressadamente, enquanto o corvo permanecia quedo lá em cima, sem perceber como tinha caído em tamanha esparrela.
BOAS FESTAS