PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS OCORRIDOS NA FAJÃ GRANDE NO SEC XIX (1ª METADE)
1800:
Na noite de 7 para 8 de setembro, véspera da festa da Senhora da Saúde, um grande furacão atingiu a ilha das Flores, sobretudo a zona de St Cruz, mas também a costa oeste e a Fajã Grande foram atingidas.
O pirata Almeidinha começou a atacar as Flores para se reabastecer de carnes e produtos frescos, roubando-os à população.
Começou a cultivar-se milho. Até aí predominava o trigo.
Nesses tempos a Fajã Grande produzia laranjas, batatas, mel, limões, carnes salgadas, louças e panos de lã e de linho.
Criavam-se de ovelhas e existiam alguns teares.
Começou a criação de bovinos.
1802:
O padre João de Freitas Lourenço, recentemente ordenado, celebra missa nova na primitiva ermida de S. José
1812:
O Padre Camões publica os “Sete Pecados Mortais”
Ordenação e missa nova do padre José Narciso Silveira filho de Bartolomeu Lourenço Fagundes e sua mulher.
1814:
Ordenação do padre Raulino José da Silveira, filho de Ana Joaquina da Silveira
1816:
Morre o tenente Bartolomeu Lourenço Fagundes.
1819:
18 de agosto. Grande desastre de uma embarcação na baixa do Fanal em Ponta Delgada onde faleceram as seguintes pessoas da Fajã Grande: o mestre, Leonardo José da Silveira de 26 anos e sua esposa, Maria de Jesus de 20 anos e alguns jovens, um de apenas dezassete anos, chamado José filho de João de Freitas, uma rapariga de nome Maria, de vinte anos filha de João António da Silveira. Faleceram ainda José António Galo de quarenta e três anos, Esperança de Freitas de cinquenta e oito e José de Fraga Henriques de quarenta. A embarcação regressava do Corvo, da festa da Senhora dos Milagres.
1821:
Morre a mulher do tenente António José de Freitas Henriques, filho do ajudante José António Lourenço e Maria de Jesus.
1830
Chega às Flores o 1º médico Dr James Mackay e que também era cônsul de Inglaterra nas Flores.
1835:
Ordenação do padre Manuel Joaquim de Freitas, filho de António José de Freitas Borreco e de sua mulher Ana Joaquina,
1838:
Primeira grande emigração clandestina das Flores para o Brasil. A Fajã Grande terá sofrido a primeira debandada populacional
1847:
Iniciou-se a construção da atual igreja paroquial.
No dia 9 de Junho caiu uma enorme derrocada na zona dos Fanais, que mais tarde deu o nome ao lugar “a Quebrada dos Fanais”. Seguiu-se um tsunami.
1849:
Terminaram as obras de construção da igreja paroquial de São José.
O padre António José de Freitas foi nomeado primeiro pároco da nova paróquia de São José da Fajã Grande.
1850:
1 de agosto foi benzida a igreja paroquial pelo ouvidor das Lajes, padre Francisco António da Silveira.
Um picoense vindo de Santa Luzia, produz vinho do Pico na Fajã Grande.
Início da emigração para a América, por troca com a anterior para o Brasil. Segunda grande debandada populacional da Fajã Grande
1853:
Morre o capitão António Lopes de Amorim, tendo casado várias vezes na Fajã Grande.
1855:
Primeiro pedido para elevar a Fajã Grande a paróquia.
Missa nova do padre José Joaquim Cardoso.
1856:
Duas canoas baleeiras, durante 4 anos permaneceram ancoradas na Fajã Grande.
1858:
O navio “Santa Cruz” faz escala nas Flores. Nele viaja o vigário das Fajãs José Maria Henriques Álvares.