PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS OCORRIDOS NA FAJÃ GRANDE NO SEC XIX (2ª METADE)
1860:
Uma das canoas ancoradas no porto da Fajã Grande inicia a caça à baleia e captura a primeira baleia na ilha das Flores, a qual deu 80 barris de azeite que foram vendidos para o Faial.
1861:
Construção da Casa do Espírito Santo de Baixo.
4 de abril é criada a paróquia de São José da Fajã Grande.
20 de Junho a Fajã Grande é desanexada das Fajãs e ereta em freguesia.
17 de setembro realizou-se o primeiro casamento na Fajã Grande: foi o de João de Freitas Mendonça, viúvo, de 46 anos, filho de Caetano José Mendonça e de Inácia Rosa, sendo a noiva Ana Emília do Coração de Jesus, de 34 anos filha de João Jacinto Rodrigues e de Catarina Maria.
1862:
Primeiro enterro realizado no cemitério da Fajã Grande: foi de uma criança da Cuada. O primeiro de um adulto foi de uma mulher casada, de trinta e sete anos e residente na rua da Fontinha.
1863:
73 Jovens do Concelho das Lajes estão recenseados para a inspecção. A maior parte foge. Alguns são da Fajã Grande.
Ultimo ataque de piratas pelo Alabama.
1866:
26 de Fevereiro deu à Costa no baixio o Patacho inglês Greffin.
1869:
3 de fevereiro naufragou, na Ponta, um lugre francês.
25 de dezembro naufragou nos baixios da Fajã Grande a barca francesa Republique carregada de açúcar e aguardente. O povo invadiu o navio e apoderou-se do que pode, nomeadamente de açúcar que até terá utilizado para temperar as couves.
1872:
9 de janeiro naufragou nos baixios da Fajã Grande o lugre francês Alixis. Morreram dez dos onze tripulantes.
1876:
D. João Maria do Amaral Pimente, Bispo de Angral visita as Flores. Na paróquia das Fajãs crismou 1650 pessoas.
Naufragou o navio Ocean carregado de madeira, sendo muita aproveitada pela população.
1886;
Construção da Casa do Espírito Santo de Cima.
1870:
Construção de moinhos de Tio Manuel Luís, na Ribeira das Casas.
1871:
Faleceu num desastre, nos Fanais, Francisco Inácio Serpa, natural e residente no lugar da Ponta.
1875:
Desembarcam na Fajã Grande 36 indivíduos vindos do Faial, Pico e Graciosa.
1876.
D. João Maria do amaral Pimentel realiza nova visita pastoral às Flores e à Fajã Grande.
1880:
O emigrante local José Luís da Silveira ofereceu 14 águias para completar obras na igreja paroquial.
1881:
Criação do hospital da Misericórdia de St Cruz.
1882:
1 de janeiro apareceu o casco de um navio abandonado
30 de novembro casaram os meus avós paternos: António Joaquim Fagundes e Maria de Jesus Fagundes.
1883:
Naufragou o patacho inglês Aristos.
1887:
18 de janeiro, no mato, no lugar do Poio faleceu um jovem de 18 anos, de nome José Cristiano Rodrigues Júnior filho único de José Cristiano Ramos e de Margarida Jacinta Rodrigues, residente na rua das Courelas.
1891:
Desembarcam na Fajã Grande 67 pessoas vindas de S. Miguel que viajaram no navio “Veja”.
O navio “Veja” era velho. Na Fajã Grande fizeram-lhe um poema.
Acidente no Cantinho: na noite de 19 para 20 de março caiu um homem ao mar no Cantinho. De manhã foi encontrado o cadáver e soube-se que era António Joaquim da Silveira, de 32 anos, sem profissão, solteiro, filho natural ou ilegítimo de Maria Emília da Glória.
1896:
- Francisco José Vieira e Brito visita as Flores e a Fajã Grande.
1898
Construção da igreja de Nossa Senhora do Carmo, na Ponta.
Foi nomeado o primeiro cura da Ponta, o padre José Leal da Silva Furtado.
1899:
José Inácio de Freitas cultiva vinha e faz vinho e aguardente na Fajã Grande.
Acidente de uma embarcação por fora da Retorta em que faleceu o único tripulante António Fraga Cardoso, tinha 65 anos, era solteiro, trabalhador agrícola. Era filho de João de Fraga Mancebo e de Maria de Jesus Cardoso