PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
PROVÉRBIOS SOBRE O NATAL
Uns citados de memória, outros retirados de livros, calendários e almanaques, aqui se transcrevem alguns provérbios populares sobre o Natal, muitos dos quais utilizados outrora na Fajã Grande e que estão assinalados com um asterisco:
“Ande o frio por onde andar, há-de vir pelo Natal.
Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.”
Caindo o Natal à 2ª feira, tem o lavrador que alugar a eira.
De S.ª Catarina ao Natal, um mês igual.
Do Natal a Santa Luzia, cresce a noite e mingua o dia.
Do Natal à Sta. Luzia, cresce um palmo em cada dia.*
Dos Santos ao Natal, cada dia mais mal; do Natal ao Entrudo, come capital e tudo.
Dos Santos ao Natal, é Inverno natural.*
Dos Santos ao Natal, um salto de pardal.*
Mal vai Portugal se não há 3 cheias antes do Natal.
Não há ano afinal que não tenha o seu Natal.*
Não há porco que não tenha o seu Natal.*
Natal em casa, junto à brasa.
Natal na praça, Páscoa em casa. Natal em casa, Páscoa na praça.*
No Natal semeia o teu alhal se o quiseres cabeçudo, semeia-o pelo Entrudo.
Pelo Natal se houver luar, senta-te ao lar; se houver escuro, semeia outeiros e tudo.*
Pelo Natal, cada ovelha no seu curral.
Pelo Natal, neve no monte, água na ponte.
Pelo Natal, sachar o faval.*
Pelo Natal, tenha o alho bico de pardal.
Quando o Natal tem o seu pinhão, a Páscoa tem o seu tição.
Quem quer bom ervilhal semeia antes do Natal.*
Quem varejar antes do Natal, deixa o azeite no olival.
Se te queres livrar de um catarral, come uma laranja antes do Natal.*
Tudo a seu tempo, e os nabos no Advento.