PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
MAIS UM POEMA SOBRE A FAJÃ GRANDE
No passado dia 26 de Junho de 2009, coloquei neste blogue mais um poema, sobre a Fajã Grande, recolocando-o neste novo blogue, o qual, na altura, me havia chegado por pessoa amiga que com as melhores intenções. Na introdução dizia que o referido poema havia sido escrito por autor desconhecido. Afinal foi-me garantido, por um outro amigo, que os referidos versos são da autoria do professor Orlando Soares, autor de outros já aqui referidos. Como previra e porque o poema me foi citado de memória, havia algumas incorrecções que agora se corrigem, tendo-se ainda em conta que os referidos versos faziam parte de dois poemas diferentes.
O primeiro intitula-se "FAJÃ GRANDE"
“A Fajã entre verdura,
Vista do cimo da rocha,
Tem tanta graça e frescura
Como a flor que desabrocha...
É tão linda e singular
Daquele sítio sobranceiro,
Que para a verem melhor... O SOL e o LUAR
Sobem a rocha primeiro...
Linda Fajã,
D'excelentes madrugadas,
Onde recitam poesia,
Nas noites calmas douradas.
Linda Fajã,
Ninguém te pode negar
O encanto e a primazia
Que te dão sol e luar...
Só a Fajã nunca viu
O Sol nascer no levante,
Porque a rocha lhe encobriu
O berço do Sol distante.
Não há outra aldeia assim
Nesta Ilha perfumada,
Onde as aldeias são florinhas
E a Fajã rosa encantada...”
___________________________________________
O segundo poema chama-se "PARREIRINHA"
“Desde o Pico à Cabaceira,
Sempre verde a parreirinha
É nota bem prasenteira
E alegra que se avizinha...
Parreirinha,
Fartura da Fajã Grande!
És sempre doce e fresquinha
Por mais quente que o Sol ande...
Parreirinha
Os teus cachos saborosos
Sabem mais que a pura água,
Sabem mais que a pura água
Nos meus lábios sequiosos.”