PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
MELOA
A meloa é uma variedade ou uma quase espécie de melão, mas mais arredondad e enrugada. É originária da Índia e da África, desenvolvendo-se, em tempos idos, com grande predominância, em Moçambique.
Segundo uma lenda, cuida-se que o papa Inocêncio XIII, que governou a Igreja Católica entre 1721 e 1724, depois de lhe retirar as pevides, adorava colocar vinho do Porto na cavidade de meia-meloa, comendo-a, como aperitivo. Um costume que ainda existe entre nós.
A meloa é uma fruta de Verão, por excelência. Devido ao seu elevado teor de potássio e à água que contém, a meloa é recomendada às pessoas que estão sob medicação diurética, como, por exemplo, doentes cardíacos, hepáticos e com cálculos biliares. Estes efeitos, benéficos no equilíbrio de fluídos do organismo, reflectem-se também na prevenção e melhoria dos sintomas da gota, reumatismo e prisão de ventre. No entanto, quando consumida em excesso, a meloa pode provocar cólicas e diarreia devido ao teor de fibra que contem, embora, esta seja benéfica para o trânsito intestinal. Além disso, a fibra, também, ajuda a baixar os níveis de colesterol do sangue e a regular o apetite, tendo, ainda, propriedades antioxidantes que podem melhorar a visão e proteger as mucosas e a pele.
A meloa também é um bom alimento para quem quer perder peso, visto ter um baixo valor energético, conter uma grande quantidade de água e fibras que ajudam a regular o apetite.
No entanto, para mim, a meloa, está quase totalmente interdita, devido aos malefícios que pode causar aos doentes sofredores de insuficiência renal. Apenas, de vez em quando, uma pequena fatia daquela que é um das mais saborosas, desejadas e apetitosas sobremesas do verão, pode ser tolerada.