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DOS PISA-PAPÉIS AOS PAPA-PAPÉIS

Segunda-feira, 24.06.13

Um pisa-papel é um objecto destinado a exercer um determinado peso sobre folhas, cartas ou outros documentos para os imobilizar, impedindo-os de voar e, consequentemente, desaparecer.

Reza a história que o pisa-papel surgiu com a Revolução Industrial, quando nos escritórios se começaram a usar vários tipos de documentos, muitos deles importantes e alguns até confidenciais, como facturas, cartas, projectos e até cheques, sendo colocadas sobre as mesas. Como vulgarmente os edifícios tinham janelas que se abriam com regularidade, sobretudo em alturas de grande calor e sem ar condicionado, tornou-se necessário colocar um objecto pesado sobre eles para os pressionar e evitar que voassem com o vento.

O que começou como um elemento puramente funcional, talvez uma pedra ou um pedaço de metal, evoluiu gradualmente, para objectos estéticos e artísticos. Por volta de 1840 na França, emergiu uma grande indústria dedicada aos pisa-papéis, transformando-os em peças de arte.

Actualmente, existem em uma imensa variedade de formas e cores, tendo apenas em comum o peso suficiente para manter as folhas de papel presas e seguras, impedindo-as se serem levadas pelo vento.

Hoje existem muitos coleccionadores de pisa-papéis em todo o mundo. Chegou-se ao ponto de já se constituírem associações de coleccionadores, de se realizarem diversas convenções nacionais e, até, internacionais, sobre pisa-papéis, desenvolvendo-se, paralelamente, inúmeras actividades sobre os mesmos, como excursões, palestras e leilões.

Um papa-papel é um conceito novo que parece ser o sucessor natural e legítimo do pisa-papel, mas com função inversa. É que enquanto o objectivo do pisa-papel é guardar e proteger um documento, o papa-papel é alguém que, vendo-se enrascado, para impedir que um papel ou documento revele ou demonstre qualquer prova que o comprometa, fá-lo desaparecer, pura e simplesmente, papando-o. Se estiver com fome, a tarefa torna-se bastante mais fácil.

Os ingleses parecem ter sidos os inventores desta arte, cujos primórdios estão na criação e desenvolvimento daquilo a que chamam “pica” e que consiste em comer ou ingerir todo o tipo de objectos não digestivos, nem nutritivos, hábito, também existente, noutros países, inclusivamente em comunidade rurais africanas. Entre nós, é muito frequente, entre as crianças e nas cadeias, entre os presos, aquelas por inconsciência, estes por sandice. Ultimamente, este hábito, no que a papéis diz respeito, parece ter chegado ao nosso país, onde pretende instaurar-se.

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publicado por picodavigia2 às 22:37





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