PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
CONFEITOS E GULOSEIMAS
O Confeito é um doce ou guloseima feito à base de açúcar em ponto vítreo, a que se adiciona um sabor e, por vezes, uma cor artificiais. Muitos confeitos destinam-se a confeitar bolos e doces, por isso estes doces recebem o nome de confeitos. Também é costume colocar-se dentro do preparado de açúcar uma semente comestível, como por exemplo a do funcho.
A palavra confeito tem a sua origem na língua portuguesa, pois trata-se duma palavra utilizada para nomear pequenos doces de açúcar que confeitam bolos e doces. O confeito foi introduzido no Japão por comerciantes europeus entre os séculos XV e XVI, quando a tecnologia de refinação do açúcar ainda não havia sido estabelecida naquele país. Como os confeitos necessitavam de muito açúcar, eram um doce muito raro e, por isso, caro. Reza a história que em 1569, Luís Fróis, um missionário português, ofereceu um frasco de confeitos ao imperador Oda Nobunaga, a fim de obter permissão para o estabelecimento das missões cristãs. Os confeitos eram muito apreciados no Japão.
Os confeitos têm geralmente forma circular, com 5 a 10 mm de diâmetro e estão cobertos de pequenas protuberâncias geradas no processo de cozedura. Demoram de 7 a 10 dias a serem confeccionados, e, actualmente, ainda são feitos à mão, num processo de fabrico artesanal. São um doce muito tradicional, usado em Portugal para as chamadas Amêndoas de Moncorvo ou das Noivas. Daí a sua relação com os festejos do casamento. Em certos lugares é costume atirarem-se confeitos aos noivos.
Doce, apetitoso, desejável e muito atraente, o confeito mais apreciado é o Depierrô, originário da França mas muito comercializado, há alguns anos, no nosso país. Actualmente a sua comercialização está em declínio, quase abandonada.
O confeito e as outras guloseimas afins, estão-me interditas, por razões de insuficiência renal.