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AD EXTIRPANDA

Quarta-feira, 26.03.14

A bula “Ad extirpanda” foi promulgada pelo papa Inocêncio IV, em 15 de Maio de 1252, sendo confirmada, sete anos mais tarde, por Alexandro IV e em 3 de Novembro de 1265 por Clemente IV. Bem se poderia chamar a “Bula dos Quartos”

Esta bula tornou-se célebre devido ao seu conteúdo ser pouco abonatório dos princípios evangélicos que a Igreja Católica anuncia ao mundo, uma veze que decretava que a heresia era una razão de Estado, pelo que, a fim de a evitar, criava a Inquisição e não só autorizava como, também, apoiava e incentivava o recurso à tortura física, moral e psicológica como meio legítimo para obter a confissão dos hereges. Pior ainda, pois a malfadada bula decretava a pena de morte e a condenação a serem queimados vivos numa fogueira todos os que recaíam nas suas doutrinas e práticas heréticas e a confiscação dos seus bens. A bula, finalmente, concedia ao Estado una parte de los bens confiscados aos hereges declarados culpados.

Muitos povos, entre os quais os albigenses foram massacrados com as determinações desta bula que mais parecia obra satânica do que divina.

Recorde-se o currículo destes papas: Inocêncio IV era conde de Lavagna, Sinibaldo Fieschi, sendo eleito papa em Junho de 1243 depois da libertação dos dois cardeais aprisionados pelo imperador Frederico II. Reinou no trono de S. Pedro até Dezembro de 1254. No ano seguinte à sua eleição, iniciou a reforma do Colégio Cardinalício e um ano depois, todos os cardeais iniciaram o uso de um capelo vermelho honorífico, e o Colégio atingiu uma tal importância que as suas reuniões tinham o mesmo poder que os antigos sínodos, exercendo com o papa o governo centralizado da Igreja. O poder da Igreja tornou-se tão forte que permitiu a Inocêncio IV destronar o imperador Frederico II. no Concílio de Lyon. A criação da Inquisição foi a sua obra principal, embora lhe seja reconhecido o mérito de ter imposto certos limites aos procedimentos muitas vezes pouco ortodoxos que se empregavam para obter confissões dos hereges. Por sua vez, Alexandre IV foi Papa de 12 de Dezembro de 1254 até a data da sua morte, em 25 de Maio de 1261. Chamava-se Reginaldo Conti e foi elevado a cardeal pelo seu tio, o Papa Gregório IX, em 1227. Prosseguiu a guerra contra os descendentes do imperador Frederico II. Opôs-se à sucessão no trono imperial alemão de Conradino. Viveu quase sempre fora de Roma, por causa do conflito entre guibelinos e guelfos. Ocupou-se do governo da Igreja, procurando a união com as igrejas gregas. Promoveu a influência dos franciscanos, intervindo na universidade de Paris em favor desta ordem mendicante, e também dos dominicanos. Finalmente Clemente IV, nascido Guy Foulques, foi papa de Fevereiro de 1265 a Novembro de 1268. Foi soldado e advogado, nesta última qualidade foi secretário de Luís IX de França, a cuja influência deve, provavelmente, a sua eleição.

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publicado por picodavigia2 às 16:10





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