PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
CLASSE E DISTINÇÃO
Nascido em 1946, é natural duma das mais emblemáticas freguesias de São Miguel, a Fajã de Baixo, a “capital do ananás”. Entrou para o Seminário Menor de Ponta Delgada em 1958 e, dois anos depois, passou a frequentar o de Angra, onde permaneceu seis anos e onde fez grande parte da sua formação académica, revelando-se um aluno muito estudioso, aplicado, educado, de distinto porte, amigo de todos, com um comportamento exemplar, revelando já, na altura, um acentuado gosto e uma notória apetência pelo debate e pela reflexão e sobretudo pela Filosofia, nomeadamente pela Lógica e Metafísica. Depois de abandonar os estudos em Angra, regressou a Ponta Delgada, iniciando o seu percurso no mundo do trabalho, numa Companhia de Seguros. Chamado para o serviço militar, após a recruta foi enviado para Guiné, como oficial do exército, onde permaneceu dois anos. Em 1970 regressa aos Açores e ao mundo laboral, trabalhando no Banco Português do Atlântico, como Gestor de Conta e, mais tarde, como Gerente. Paralelamente regressou aos estudos, licenciando-se-me em Organização e Gestão de Empresas. Foi, como aluno, fundador da Universidade dos Açores, onde, mais tarde, obteve Bacharelato em Administração e Contabilidade. Em 1997 iniciou-se no ensino como professor, primeiro num Estabelecimento Prisional, depois na Escola Profissional das Capelas e, mais tarde, na Escola Profissional da Câmara de Comércio de Ponta Delgada. Ultimamente abraçou o mundo da política, a nível autárquico, exercendo, entre 2005 a 2010, o cargo de Presidente da Junta de Freguesia da Fajã de Baixo. Foi Chefe de Agrupamento de Escuteiros daquela freguesia e Chefe de Núcleo de Escuteiros da Ilha Terceira. Actualmente é secretário da Confraria do Ananás de São Miguel, de que foi co-fundador. Confessa-se cristão convicto e faz parte de vários movimentos e obras da paróquia, tendo, também, integrado a Direcção da Casa do Gaiato, sendo o actual reitor do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. O seu lema é: “Não há nada que mais aprecio, que a paz interior. Dou valor à liberdade total que começa dentro de cada um de nós.”
Repleto de uma pujança e fulgor invulgares, foi o primeiro e grande responsável pelo encontro que a alcunhou como «uma verdadeira peregrinação de ex-alunos do Seminário de Angra das décadas de 50 e 60 do século passado a esta “Santa Casa Mimosa de Deus”». Não será exagerado dizer que, sem ele, não teria havido Encontro. É verdade que se rodeou de excelentes colaboradores, mas isso não lhe tira o mérito. Idealizou o Encontro com desvelo, arquitectou-o com afeição, concebeu-o com enlevo, preparou-o ao pormenor e organizou-o com competência, dedicação e trabalho. Como se isto não bastasse, aureolou a sua presença com uma enorme dose de alegria, um inédito carregamento de jovialidade, um inquestionável e permanente bombardeamento de boa disposição e encantamento. Tudo funcionou excepcionalmente bem, tudo correu de forma agradável e inebriante. Sem nunca se aborrecer ou sequer molestar, cativou todos e envolveu os presentes de tal forma que, no final, um sonho, um desejo, um grito uníssono, uma vontade unânime se repercutia nos corações de todos: Valeu a pena! Queremos voltar a encontrarmo-nos!