PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
EMPRESÁRIO DE SUCESSO
Integrou o curso que em 1958/59 demandou o velhinho Seminário de Santo Cristo, da cidade de Ponta Delgada, da qual era natural, mais concretamente da freguesia de São Pedro. Foi um dos alunos da década de 60, do SEA que esteve no Encontro de Angra. Fiz parte do mesmo curso e, consequentemente, convivi com ele durante vários anos no Seminário, estabelecendo-se entre nós uma amizade profunda, verdadeira e recíproca. Aliás, para além de possuir muitas outras qualidades, o tinha o condão de ser amigo de todos, revelando-se simples, humilde, respeitador e, permanentemente, disposto a ajudar e a colaborar com os que mais necessitavam. Foi sempre um verdadeiro e sincero colega, senhor de excelentes qualidades, de uma humildade soberana, duma simplicidade relevante e duma boa disposição permanente. Embora o tivesse encontrado recentemente em São Miguel, altura em que me proporcionou um excelente passeio pela ilha do Arcanjo, foi com muita alegria e extrema satisfação que nos reencontramos neste Encontro. A sua presença foi muito agradável para mim e creio que a recíproca também terá sido verdadeira para ele.
Não completou toda a sua formação Académica no Seminário. Complementou-a depois e, profissionalmente, seguiu uma carreira brilhante, a nível do empreendedorismo empresarial, nomeadamente na área do turismo, impondo-se na sociedade micaelense, pelo seu trabalho, pela sua dignidade, pela sua competência e pela sua honestidade, desempenhando vários cargos entre os quais o de vogal da A.A. de Turismo e Hotelaria de Ponta Delgada. Dedicou grande parte do seu tempo na promoção e prática do bridge, sendo Presidente do Club de Bridge de São Miguel e da Associação de Bridge dos Açores, integrando a Comissão Consultiva da “The International Association of the Lions Club” de São Miguel. Foi galardoado pelo Governo Regional dos Açores, na V Gala do Desporto Açoriano, pelos seus 20 anos como dirigente do Bridge de São Miguel.
A sua intervenção no Encontro foi notável, fundamental e importantíssima. Integrou a chamada “Troika” organizadora, cabendo-lhe a tarefa de se responsabilizar e gerir a parte económica, conseguindo vantagens e descontos em hotéis e viagens aos outros participantes e ainda angariando subsídios para que as refeições e a viagem de autocarro pela ilha Terceira fossem gratuitas. Embora trabalhando “por detrás dos bastidores”, sem se notar muito, como é seu timbre, exerceu um papel de relevo na organização do Encontro, contribuindo, substancialmente, para que o mesmo obtivesse um notável sucesso.