PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
FESTA NO GALINHEIRO
Era uma vez uma menina chamada Ana que morava numa casa muito grande e muito bonita. Junto da casa havia um quintal e, no quintal, havia um pequeno lago. No quintal, também, havia muitas árvores de fruto, muitas flores e uma horta muito grande que dava muitos legumes. Os pais da Ana eram muito bons e repartiam os frutos, as flores e os legumes com os seus vizinhos.
A Ana costumava ficar muitas vezes sozinha, pois seu pai trabalhava numa fábrica, a sua mãe num supermercado e os avós iam trabalhar para o quintal. Muitas vezes a Ana ia para o quintal com os avós.
Na quinta havia um galinheiro muito grande cheio de galinhas, patos e perus. Mas no meio de todas as plantas havia uma arvore muito grande, uma árvore especial que não dava frutos só dava flores mas também dava sombra o ano inteiro. Além disso os pássaros gostavam muito dela pois muitos passavam a noite pousados nos seus ramos e alguns até faziam lá os seus ninhos para depois nascerem os eus filhotes. A Ana gostava muito daquela árvore e sempre que podia, depois de fazer seus trabalhos de casa que a senhora professora mandava e de ajudar a mãe nos trabalhos mais simples da casa, ia para o quintal, e subia para o alto da árvore. De lá avistava outras casas, outros quintais e, principalmente, todo o galinheiro. Dali observada tudo e por, ali ficava muito tempo, deliciando-se com tudo o que observava. Quando descia ficava no quintal, junto ao galinheiro, à espera que as galinhas anunciassem com um cocorocó bem alto, que tinham posto um ovo. Ana gostava muito das galinhas, achava-as muito engraçadas e até falava com elas, conhecendo-as todas pelos nomes. Também havia patas sempre muito cuidadosas, a chamar pelos seus filhinhos que, sempre que podiam, escapavam para junto de um pequeno lago que ali havia. Ana adorava aquelas vozes e sons, as correrias, os saltos e os voos das aves que viviam no galinheiro, que parecia estar em festa todos os dias.
Logo que via uma galinha sair do ninheiro a cantar, cocorocó, Ana gritava para avó:
- Avó, uma galinha pôs um ovo.
Ana bem queria entrar no galinheiro, mas avó não deixava, O galo podia picá.la
Então ela ficava ali, muito quietinha, horas a fio, a ver o reboliço do galinheiro, quando uma galinha atrás da outra procuravam o ninheiro para por o seu ovo, que depois anunciavam com grande regozijo.
Era uma verdadeira festa, a festa do galinheiro.
NB - Adaptado de um conto brasileiro.