PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
FIEL À SUA TERRA
O Carlos António Simas Bretão, natural do Raminho, ilha Terceira, entrou para o Seminário de Ponta Delgada, em 1956, ou seja no primeiro ano de funcionamento daquela instituição e, dois anos depois, veio para o de Angra, onde estudou mais dois anos. Após abandonar o Seminário, continuou os seus estudos na então Escola Comercial e Industrial de Angra e, após completar o curso naquele estabelecimento de ensino, iniciou a sua vida profissional nos serviços da Pecuária, em Angra, onde trabalhou até ter sido chamado para o serviço militar, sendo mobilizado para Angola, onde esteve dois anos.
Ao regressar do Ultramar, reiniciou a sua vida profissional, trabalhando na secretaria da Casa do Povo do Raminho, sua terra natal, actividade em que sempre se envolveu, profissionalmente, até se reformar. Reside no Raminho e é o actual Tesoureiro do Centro Social de Idosos daquela freguesia terceirense.
O Carlos Bretão surgiu no encontro com uma serenidade invejável, com uma simplicidade muito grande e com uma simpatia enriquecedora. Embora não conhecido muitos dos presentes, depressa se foi envolvendo com uns e com outros, granjeando a amizade, a camaradagem e a estima e a consideração de todos. Sem protagonismos exagerados ou supérfluos, com uma grande simplicidade e humildade acompanhou e colaborou em todas as actividades, participou em todos os momentos de convívio, tornando tudo mais rico, mais vivo e mais envolvente. A sua presença transmitiu a todos uma amizade verdadeira e sincera e deslumbrantemente comunicativa. Ajudou no desfilar de memórias vivas, partilhou momentos e experiências marcantes, colaborou nas recordações dos dias outrora vividos em comum, construindo um passado que o tempo e a distância não ofuscaram. Por tudo isto e por muito mais que não foi possível captar, o Carlos Bretão, com a sua presença no Encontro, tornou-se mais um dos “Senhores” do mesmo.