PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
MANUEL MONTEIRO
O poeta Manuel Garcia Monteiro nasceu na Horta, em 29 de Junho de 1859, tendo falecido em Boston, em Julho de 1913. Fez os estudos no Liceu da Horta, foi funcionário público, jornalista e redactor do semanário satírico O Passatempo. O desejo de continuar a estudar na Escola Politécnica e a obtenção de um lugar de prefeito num colégio em Lisboa, fê-lo seguir para esta cidade, em 1882, onde se relacionou com intelectuais, entre os quais Fialho de Almeida que escreveu a seu respeito: «um açoriano dos mais vivos e um dos mais delicados espíritos que temos conhecido». Algum tempo depois regressou à Horta, onde fundou O Açoriano.
Em Junho de 1884, emigrou para os Estados Unidos da América. Foi convidado a redigir um novo periódico de língua portuguesa, sendo, também, tipógrafo do Boston-Herald. Trabalhando de noite e estudando de dia, formou-se em Medicina, na Escola Superior de Baltimore, actividade que exerceu em East Boston e em Cambridge. Aqui, entre a colónia açoriana, também desenvolveu grande actividade na propaganda dos ideais republicanos. Com João Francisco Escobar, fundou uma organização maçónica de que foi venerável..
Começou a publicar poesia, em 1874, no jornal O Faialense. Os seus poemas são quadros realistas de costumes e ideias do meio e da época. Pedro da Silveira considera-o lírico, mas bem melhor satírico ou humorista, um dos mais destacados parnasianos de língua portuguesa, incontestavelmente o primeiro na literatura açoriana. Dispersa pelos jornais, ficou obra vasta que ultrapassa o publicado em livro. Como cronista publicou «Cartas da América», como comediógrafo deixou duas comédias, notabilizando-se, também, como contista.
Obras principais: O Marquês de Pombal. Versos e Rimas de Ironia Alegre.
Dados retirados do CCA – Cultura Açores