PICO DA VIGIA 2
Pessoas, costumes, estórias e tradições da Fajã Grande das Flores e outros temas.
REGISTO Nº 11 – ANO DE 1900
“Aos dez dias do mez de Septembro do anno de mil e nove centos pelas seis e meia horas da manhã na caza numero onze da Rua da Tronqueira desta freguesia de São José da Fajã Grande, concelho das Lages, ilha das Flores, Diocese de Angra, faleceu um indivíduo do sexo masculino por nome Antônio de idade de dois mezes e meio, natural e morador desta freguesia, filho legítimo de António Luís de Fraga e de Maria de Jesus Fraga, proprietários, naturais desta dita freguesia, o qual foi sepultado no cemitério publico. – E para constar lavrei em duplicado este assento que assigno. Era ut supra. O Vice Vigário Joaquim Ferreira Campos.”
Este é o registo de óbito de uma das dezenas e dezenas de crianças que faleceram na Fajã Grande, na segunda metade do século XIX e inícios do século XX. Neste caso trata-se de um filho de António Luís de Fraga, mais conhecido por “Ti’Antonho do Alagoeiro” e, consequentemente irmão do padre José Luís de Fraga, nascido dois anos mais tarde, a 6 de outubro de 1902. Como geralmente acontecia, o nome dos filhos que faleciam eram repetidos noutros que nasciam mais tarde. Casos há em que o nome se repete por três e mais vezes. No caso de Ti’Antonho do Alagoeiro, o nome António também foi atribuído a um outro filho, nascido alguns anos mais tarde.