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TABELA DE SESENMAISEL

Sábado, 15.03.14

Tabela de AP( alimentos interditos ou proibidos a doentes que sofrem de Insuficiência Renal:

 

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13-B-R

 

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publicado por picodavigia2 às 16:47

BEBIDAS E ALIMENTOS PROIBIDOS

Terça-feira, 04.02.14

 

BEBIDAS E ALIMENTOS PROIBIDOS A QUEM SOFRE DE

INSUFICIÊNCIA RENAL

 

Alheiras, Alho Francês, Amendoins, Azeitonas, Bacalhau, Bananas, Bolo doces, Bolo do Tijolo, Bolo-Rei, Caldo de Frango, Carne de Vaca, Carne Gorda de Porco, Castanhas, Chocolates, Compotas, Conserva em Azeite ou óleo, Couves, Croissants, Ervilhas, Espinafres, Feijão, Feijão-Frade, Figos, Frango, Gema de Ovos, Grão-de-Bico, Grelos Hambúrgueres, Inhame, Ketchup, Kiwi, Laranja, Leite, Lulas, Maionese, Marisco, Massa Sovada, Melancia, Melão, Meloa, Morcela, Natas, Nectarinas, Pão-de-ló, Pão de Milho, Pepinos, Piza, Polvo, Pudins, Queijo Ralado, Queijos Curados, Salsichas, Sardinhas, Sopas de ES, Sumos de Frutas, Tangerinas, Tomates. Aguardente e licores, Cerveja e Vinho Verde

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publicado por picodavigia2 às 15:33

FORA D'ORAS

Sexta-feira, 23.08.13

Adeus, petisco da meia-noite! Adeus, petiscos das noites claras! Adeus, bolachinha agora, biscoito logo e fatiazinha de queijo a seguir! Adeus, petisca daqui e come d’acolá! Adeus a tudo o que é comer fora d’oras, em casa, no parque, sobre a relva, à sombra duma árvore centenária, debaixo da latada, à beira mar, na doca ou no mais emblemático jardim! Adeus, visitas rapidinhas ao frigorífico! Proibido está o copinho de leite com chocolate acompanhado de umas bolachinhas, que sabia tão bem, durante os longos serões de Inverno ou nas escaldantes noites de Verão.

A acreditar nos resultados de um estudo ontem publicado on-line, pela revista Arquinhausity Mariithan, reduzir o número de calorias e fazer exercício físico poderá não chegar para travar o aumento do peso. O evitar comer fora d’oras pu o romper, radicalmente, com este hábito, também pode ser importante para a manutenção do peso ideal.

No entanto, nada do revelado na citada revista parece ser novo. Já se sabia que não convém comer muito ao jantar e que a ceia também deve ser muito ligeira. A partir daí, jejum absoluto e radical. Tudo isto se aplica com maior rigor aos doentes que sofrem de insuficiência renal. Estes doentes, como no meu caso, devem ter, para além de um regime alimentar adequado, um horário de alimentação muito rigoroso. Cumprir, rigorosamente, quer em termos de qualidade quer de quantidade, os limites impostos pela nutricionista é fundamental para estes doentes.

Assim, o velho conselho das nossas avós e mães para não comermos fora de horas parece ser acertado. Os nutricionistas alertam para não comer muito de noite, principalmente a pessoas em dieta, mas aconselham que não se permaneça mais de oito horas sem ingerir qualquer alimento.

Para além de não comer fora d’oras, como doente que sofre de insuficiência renal, devo abster-me dos seguintes alimentos: Alheira, Amendoim, Bacalhau, Bagaço e outras bebidas alcoólicas, Banana, Bifana, Biscoito, Bolo do Tijolo, Bolo Doce, Bolo-Rei, Confeitos e outras Guloseimas, Carne de Vaca, Carne Gorda de Porco, Cerveja, Chocolate, Conserva em Azeite ou Óleo, Courgette, Couve Verde, Croissant, Fava Ervilha e Grão, Feijão, Farturas e Filoses, Fritos e Panados, Francesinha, Fiambre e Mortadela, Figo, Frango, Gelado, Gema, Grelos, Hambúrguer, Inhame, Iogurte, Ketchup, Kiwi, Laranja, Leite, Linguiça, Maionese, Manteiga, Marisco, Massa Sovada, Melancia, Melão, Meloa, Morcela, Natas, Nectarina, Pão de Milho ou Boroa, Pastel Folhado, Pizza, Pudim, Queijo Curado, Queijo Ralado ou Fatiado, Quiche, Sardinha, Sopas de Leite, Sumo de Fruta e Uvas. Proibido ainda está o tomate e o vinho verde.

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publicado por picodavigia2 às 18:50

CONFEITOS E GULOSEIMAS

Domingo, 18.08.13

O Confeito é um doce ou guloseima feito à base de açúcar em ponto vítreo, a que se adiciona um sabor e, por vezes, uma cor artificiais. Muitos confeitos destinam-se a confeitar bolos e doces, por isso estes doces recebem o nome de confeitos. Também é costume colocar-se dentro do preparado de açúcar uma semente comestível, como por exemplo a do funcho.

A palavra confeito tem a sua origem na língua portuguesa, pois trata-se duma palavra utilizada para nomear pequenos doces de açúcar que confeitam bolos e doces. O confeito foi introduzido no Japão por comerciantes europeus entre os séculos XV e XVI, quando a tecnologia de refinação do açúcar ainda não havia sido estabelecida naquele país. Como os confeitos necessitavam de muito açúcar, eram um doce muito raro e, por isso, caro. Reza a história que em 1569, Luís Fróis, um missionário português, ofereceu um frasco de confeitos ao imperador Oda Nobunaga, a fim de obter permissão para o estabelecimento das missões cristãs. Os confeitos eram muito apreciados no Japão.

Os confeitos têm geralmente forma circular, com 5 a 10 mm de diâmetro e estão cobertos de pequenas protuberâncias geradas no processo de cozedura. Demoram de 7 a 10 dias a serem confeccionados, e, actualmente, ainda são feitos à mão, num processo de fabrico artesanal. São um doce muito tradicional, usado em Portugal para as chamadas Amêndoas de Moncorvo ou das Noivas. Daí a sua relação com os festejos do casamento. Em certos lugares é costume atirarem-se confeitos aos noivos.

Doce, apetitoso, desejável e muito atraente, o confeito mais apreciado é o Depierrô, originário da França mas muito comercializado, há alguns anos, no nosso país. Actualmente a sua comercialização está em declínio, quase abandonada.

O confeito e as outras guloseimas afins, estão-me interditas, por razões de insuficiência renal.

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publicado por picodavigia2 às 15:05

SUMO DE FRUTA

Terça-feira, 06.08.13

Um suco ou sumo de fruta é uma bebida produzida através do líquido extraído de qualquer um dos variadíssimos frutos que existem à face da Terra, geralmente, despejado e bebido através de um copo ou outro recipiente - sumo de fruta verdadeiro, genuíno, humilde, hesitante e meigo, estranhamente “vendedor de carpet”. Outrora, sobretudo as crianças, no entanto, bebiam o sumo da laranja directamente do fruto, através de um orifício, feito no local do pé. Actualmente, em muitas regiões da África e Brasil, os nativos ainda bebem o sumo do coco, directamente do próprio fruto. Opcionalmente, o líquido extraído dos frutos pode ser coado ou filtrado, antes de ser consumido. Por vezes, adiciona-se ao sumo da própria fruta uma pequena quantidade de água para uma melhor diluição do sumo, tornando-o mais líquido e, consequentemente, mais rentabilizável. Geralmente não se adiciona açúcar ou adoçante ao sumo de fruta, uma vez que quase todos eles já contêm muito açúcar e, consequentemente, possuem um sabor bastante adocicado.

Para além de muitos sumos naturais, também estão disponíveis, no mercado, vários concentrados de sumos diversos, que requerem apenas a adição de água para reconstituir o líquido ao estado aproximado do sumo original. Recentemente, tornou-se popular a combinação de sumos de diferentes frutas numa única bebida.

Técnicas diferentes e variadas podem ser utilizadas para a obtenção de sumos a partir dos vegetais. Frutos ricos em líquidos, como a laranja ou o limão, podem simplesmente serem espremidos de modo a extrair a porção líquida existente em seu interior. Por sua vez, os sumos dos vegetais e de sumos mais duros, como a polpa do coco, a maçã ou a pêra, podem ser obtidos mediante o uso de liquidificadores ou outros electrodomésticos similares. Para a extracção de vegetais ainda mais duros e dotados de pouco líquido, tais como cenoura, folhas de couve, beterraba e outros devem ser utilizadas centrifugadoras.

Conforme suas características, certas partes dos vegetais podem ser descartadas antes da preparação do sumo. A casca das laranjas apresentam uma substância de sabor amargo sendo, normalmente, descartada. Os caroços e partes duras de outros frutos também devem ser retirados antes de os colocar no electrodoméstico utilizado para extrair o seu sumo.

Uma vez processados, os sumos podem ser bebidos directamente, ao natural, ou passados por processos industriais que os tornam aptos a serem armazenados para obter maior durabilidade, possibilitando assim o seu transporte e, posteriormente, a sua comercialização junto do consumidor.

Os sumos não devem ser vistos como remédios, nem sua ingestão adoptada como método exclusivo no tratamento de enfermidades. Também não devem ser considerados como única e exclusiva fonte de alimentação de quem quer que seja pois são carentes em proteínas e outras substâncias essenciais à manutenção da vida humana. Contudo, os sumos são considerados alimentos puros e muito nutritivos que nos oferecem diversas vitaminas e sais minerais que o nosso organismo necessita para se manter saudável e significam um excelente modo de perder peso de maneira natural, sem que se tenha a sensação de se estar sendo privado de algo. Os sumos ainda contribuem para a saúde e estabilidade cardiovascular, melhoram a capacidade física, ajudam a baixar a pressão arterial, são tranquilizantes e fornecem energia e força ao nosso organismo.

Outro aspecto importante é que a ingestão dos sumos de frutas deve ocorrer no máximo, 30 minutos depois de serem preparados, a fim de que ele oxidem e percam parte de suas propriedades nutritivas.

Por todas estas razões devemos tomar o agradável, sublime e apetitoso sumo de qualquer fruta, hoje cultivada em todas as regiões do globo, mesmo aquela fruta apetitosa que foge e se perde nas brumas enevoadas de Valongo e que a mim, por sofrer de insuficiência renal, me está total e absolutamente proibido, quer na sua forma pura e natural, quer concentrado ou empacotado.

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publicado por picodavigia2 às 08:45

FRANCESINHA

Quinta-feira, 01.08.13

A francesinha é um alimento constituído por duas fatias de pão de forma, recheadas com linguiça, salsicha fresca, fiambre, carnes frias e bife de carne de vaca ou, em alternativa, lombo de porco assado e fatiado, coberta com queijo que, posteriormente, é derretido sobre o próprio pão, depois de aquecido. A francesinha, normalmente, é guarnecida com um molho, à base de tomate, cerveja, piripiri e outros temperos. O segredo da francesinha e, consequentemente, a sua qualidade parece mesmo depender o molho. Há francesinhas que são acompanhadas com um ovo estrelado, colocado no topo da sanduíche e de batatas fritas, embebidas no molho.

Actualmente existem variedades de francesinhas com cogumelos, frango, bacalhau, atum, vegetais, entre outras.

Uma das teorias mais coerentes sobre a origem desta especialidade gastronómica portuguesa remonta-o ao contexto da Guerra Peninsular, durante a qual as tropas napoleónicas costumavam comer umas sandes de pão de forma, onde colocavam toda a espécie de carnes e muito queijo. À época, no entretanto, não incluía um complemento que os portuenses passaram a acrescentar, ou seja o molho. Como eram sandwichs comidas pelos franceses, passaram a designar-se por “francesinhas”

A Francesinha tornou-se, assim, um petisco de culto em toda a zona norte do país, em particular no Porto. Não é, pois, de estranhar que tenham surgido ao longo dos tempos diversos grupos com o objectivo de ordenar e classificar as Francesinhas ou apenas de melhorar a sua qualidade.

Comer uma boa francesinha, mesmo em Paredes, até na Rua José Bragança Tavares, é algo de muito bom e agradável. A francesinha de Paredes é excelentemente confeccionada e, por isso, elegante, atractiva, apetitosa e muito apetecível e desejada. Comer uma francesinha é um sonho, algo de transcendente e fenomenal, No entanto e sobretudo devido aos seus ingredientes, a francesinha também me está interdita. É verdade que poderia comer uma francesinha de vegetais e com salsicha de soja, mas faltava-lhe aquele delicioso e incrível molho… E, sem molho, a francesinha não é francesinha.

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publicado por picodavigia2 às 19:41

FF

Domingo, 28.07.13

As Farturas são uma especialidade portuguesa, adaptada dos finos churros espanhóis, mas mais grossas e substanciosas. Feitas com uma massa especial, à base de farinha, açúcar e ovos, as farturas, depois de fritas em óleo bem quente, são polvilhadas com açúcar em pó e canela, também, em pó, tornando-se um pitéu muito apreciado e saboroso. A massa, para o seu fabrico, é colocada numa espécie de seringa gigante que as vai despejando circularmente sobre o óleo a ferver, dando-lhe a forma de uma banana ou de um uma linguiça e que depois é cortada em grandes pedaços. Por sua vez, as filoses, tipicamente açorianas, são feitas com uma massa muito semelhante à massa sovada, mas menos doce e, depois de esticadas com a mão, são colocadas a fritar, adquirindo uma forma redonda ou oval. São também muito apreciadas e comidas sobretudo por altura do Carnaval ou de outras festas.

Não há nada como comer uma fartura ou uma filó, ainda quentinha, com o cheiro da massa e, sobretudo, o da canela, misturados com o barulho das tesouras e dos clics dos corta-unhas, de uma pédicure cuidadosa e meiga. São luzes coloridas que suavizam e aliviam a dor e o sofrimento.

No entanto, é necessário ter em conta que o consumo regular de alimentos fritos como as farturas ou as filoses está associado a um risco aumentado de desenvolvimento de doenças diversas. Mas são sobretudo os doentes que sofrem de insuficiência renal que se devem abster quer das farturas quer das filoses, não apenas por serem fritas mas também por conterem grande quantidade de gema de ovo, muito rica em proteínas. Essa a razão por que eu próprio devo, também, abdicar totalmente da saborosa, apetecível e muito apreciada FF.

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publicado por picodavigia2 às 10:47

FP

Sábado, 27.07.13

Quer os Fritos quer os Panados devem ser evitados e banidos dos nossos menus e cardápios diários, sobretudo, quando se trata da alimentação de doentes, muito especialmente, dos que sofrem de insuficiência renal. Primeiro, porque há sempre que ter em conta que as próprias gorduras de que o nosso organismo necessita, não precisam de serem fritas! É verdade que precisamos de alguma gordura para sobreviver, mas não necessitamos de Fritos e Panados para perdurar! A fritura é um superaquecimento, quer da gordura animal, como a banha de porco, quer de gordura vegetal, como os óleos vegetais, sendo que actualmente, com o objectivo de melhorar a saúde e a qualidade de vida, os óleos vegetais são os mais utilizados quando se fritam alimentos. Mas mesmo quando realizado com óleos vegetais de boa qualidade, o aquecimento exagerado das gorduras transforma-as em gordura com uma qualidade nutricional que deve ser total e absolutamente eliminada da alimentação humana. Não se deve considerar apenas a qualidade do óleo utilizado, mas também o tempo que o alimento fica em imersão, no mesmo, assim como o tempo durante o qual o óleo está a ser aquecido.

De uma maneira geral, quando se tiver que realizar qualquer tipo de fritura, esporadicamente, deve-se utilizar um óleo vegetal de qualidade e aquecer o menor tempo possível, pois quanto maior o tempo e maior a temperatura, mais alterações o óleo original sofre. Nunca se deve reutilizar o óleo da fritura na alimentação e o ideal, sobretudo para os doentes que sofrem de insuficiência renal, é banir, por completo, o uso de alimentos fritos ou panados.

A fritura faz com que ocorram alterações químicas no óleo utilizado, deixando de ser uma fonte de gordura insaturada, fundamental para nossa saúde, dando lugar a uma gordura saturada, que, consumida em excesso, pode causar diversas doenças. A fritura pode também promover a formação das gorduras que provoquem o aumento de doenças cardiovasculares e promover a formação de uma substância chamada acroleína, que é altamente cancerígena.

Há estudos que indicam que os principais problemas de saúde relacionados com estes tipos de gorduras encontradas nos fritos e panados, quando consumidos em excesso, são, entre outros, as doenças cardiovasculares, o aumento da pressão arterial, o desenvolvimento de cancro, a redução do crescimento, a má absorção de nutrientes e a diminuição da fertilidade.

É que o excesso de gorduras já é facilmente alcançado pela alimentação habitual, uma vez que temos outros alimentos que nos fornecem essas gorduras e que são consumidos, diariamente, pela maioria da população, como carnes, leites, queijos, bolachas, biscoitos, produtos industrializados, sorvetes, etc. Ou seja, sem nos apercebermos, consumimos muito mais do que deveríamos, relativamente a gorduras, pelo que não necessitamos de fritos ou panados.

Desta forma, os fritos e os panados devem ser consumidas esporadicamente ou banidos por completo da nossa alimentação e a substituição destes tipos de gorduras por opções mais saudáveis deve ser realizada diariamente, associando a adopção de outros hábitos alimentares mais saudáveis, para garantir prevenção de doenças e a optimização da saúde. Sendo assim, os alimentos que se não podem comer crus devem ser grelhados, simplesmente, cozidos ou assados. Além disso, não devemos nos esquecer de ingerir diariamente alimentos que são fontes de gorduras de boa qualidade.

Tudo isto se aplica, com muito mais rigor e solidez aos doentes que sofrem de insuficiência renal. Essa a razão por que abdico ou, pelo menos, evito, diariamente, de  FP. É como se de uma espécie de escola de condução se tratasse, que me ensinasse a conduzir por estradas e caminhos, pejados de pedregulhos e silvados ou por mares cheios de baixios e escolhos e um miraculoso M me afastasse destes perigos.

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publicado por picodavigia2 às 18:42

AMENDOIM

Quinta-feira, 25.07.13

O amendoim, nos Açores e, por influência californiana, chamado “pinotes”, é uma planta da família Fabaceae. Embora confundido, por vezes, com noz, o amendoim é um membro da família da beterraba-marinha e o seu fruto é do tipo vagem. A planta do amendoim é uma erva, com um caule pequeno e folhas trifolioladas, com abundante indumento, raiz aprumada, medindo entre 30 a 50 de altura. As suas flores são pequenas, amareladas e, depois de fecundadas, inclinam-se para o solo, a fim de penetrarem na terra, uma vez que o fruto do amendoim se desenvolve debaixo do solo.

O amendoim é uma planta originária da América do Sul, mais concretamente, do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina, ou seja, na região do Chaco, incluindo os vales dos rios Paraná e Paraguai. A Argentina, mesmo transfigurada, em tempos ancestrais, em UB, a transbordar beleza e sedução, apesar de agora distante, longínqua e desgastada, ainda é, actualmente, o maior produtor mundial de amendoim.

A difusão do amendoim deveu-se aos indígenas que o levaram para as diversas regiões da América Latina, América Central e México. No século XVIII foi introduzido na Europa pelos Baptistas e, no século seguinte, difundiu-se na África e nas Filipinas, China, Japão e Índia, para onde foi levado, sobretudo do Brasil e do Peru.

O amendoim tem uma enorme importância económica, principalmente, na indústria alimentar. Algumas variedades de amendoim têm uma grande quantidade de lípidos e têm sido utilizadas para o fabrico de óleo de cozinha. Em várias regiões de África, o amendoim é moído, a fim de, com a farinha daí resultante, cozinharem vários pratos da culinária local, que ficam assim mais ricos em lípidos e proteínas.

O consumo mais popular do amendoim é feito não só forma dos grãos torrados ou até crus mas também transformados em manteiga de amendoim. A principal utilização da manteiga de amendoim é em casa, mas grandes quantidades são também utilizadas na produção comercial de sanduíches, doces e produtos de panificação. O amendoim também é largamente utilizado como recheio ou componente de chocolates e bombons, sendo ainda consumido no formato de bolo e sorvete.

Óleo de amendoim é frequentemente utilizado na culinária, porque tem um sabor suave e queima a uma temperatura relativamente elevada. O amendoim também é usado para a alimentação de aves de jardim. Os amendoins têm uma variedade de usos finais industriais para o fabrico de tintas, vernizes, óleos lubrificantes, roupas de couro, mobiliário polonês, insecticidas e nitroglicerina são feitos de óleo de amendoim. O sabão é feito de óleo de saponificada, cosméticos e muitos contêm óleo de amendoim e seus derivados. A porção de proteínas do óleo do amendoim é usada no fabrico de algumas fibras têxteis.

A nível industrial, até as cascas do amendoim são aproveitados no fabrico de plástico, gesso, abrasivos, e combustível e, também, para fazer celulose rayon, cola e mucilagem. A parte aérea da planta de amendoim é utilizada para fazer feno. O bolo de proteína (farelo de bagaços), resíduo do processamento do óleo, é usado na alimentação animal e como fertilizante do solo. O amendoim também pode ser usado, como outros legumes e grãos, para fazer um leite sem lactose, como bebida, o leite de amendoim.

Quer sob a forma de grão, torradinho, crocante e estaladiço, quer soba forma de manteiga, fofinha, macia e deslumbrante o amendoim, extremamente, desejável, apetecível, saboroso, delicioso e deleitoso também me está total e abruptamente proibido, devido à insuficiência renal.

 

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publicado por picodavigia2 às 16:26

PASTEL FOLHADO

Quinta-feira, 18.07.13

O pastel folhado é um tipo de bolo muito comum nas pastelarias e cafés portugueses, servindo, muitas vezes, de refeição rápida, substituindo, assim, suculentos pratos ou lautas refeições. Trata-se um alimento que tem como base a massa folhada, formando com ela pequenos bolinhos, devidamente recheados e que se cozem no forno, depois de pincelados, exteriormente, com gema de ovo. Assim, o que caracteriza e especifica cada tipo de bolo folhado, não é a massa, mas o recheio que pode ser de carne, de marisco e cogumelos, de queijo e salsichas, de queijo e fiambre, de queijo e presunto, de frango e até de bacalhau.

A massa folhada e ainda mais, os pastéis feitos com ela, além de gostosos são muito apetecíveis e saborosos. A massa pode ser caseira e é, neste caso, de fácil confecção, mas também pode ser comprada nos supermercados, pronta a ser utilizada. Depois é só fazer o recheio que se pretende, rechear com ele pedacinhos de massa, embrulhá-los e metê-los no forno. O recheio fica ao gosto de cada um! Mas o pastel folhado é tanto melhor quanto a qualidade do recheio o for!

Também existem pastéis folhados recheados com doces variados, com chocolate, com compota ou geleia ou com creme de gema de ovo. Estes, exteriormente, podem ser salpicados com açúcar.

No século XXI, a falta de tempo da vida urbana dificulta a possibilidade de manter uma dieta saudável. Assim, o rápido, o prático e o cómodo ganham espaço e tornam-se solução. Pizas, fast-food, pastéis, folhados, salgadinhos, bolachas, entre outros, passam a fazer parte do nosso cardápio diário, substituindo, por vezes, as tradicionais refeições de faco e garfo. No entanto, é importante ter em conta que este tipo de refeições rápidas são “recheadas” de gorduras, ácidos graxos que aumentam o LDL (colesterol mau) e diminuem o HDL (colesterol bom) e proporcionam prejuízos à saúde. Há também relatos de que esse tipo de gordura produz a gordura visceral, aquela considerada a mais perigosa para a saúde, que se instala entre os órgãos e fica alojada na barriga. Entre os males associados à gordura visceral estão diabetes, hipertensão, colesterol e outros factores de risco para o coração.

Devido aos variados conteúdos do recheio, e também à gema de ovo que contêm todo o tipo de pastel folhado, saboroso, apetecível e delirante me está, radical e completamente proibido. E ele é tão frequente nos cafés e pastelarias da região, quer de Paredes, quer de Paços quer de outras cidades do Vale do Sousa, nomeadamente, Paços de Ferreira. 

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publicado por picodavigia2 às 10:19

BIFANA

Terça-feira, 16.07.13

Bifana é uma iguaria, tipicamente, portuguesa, constituída por febras de porco, cozinhadas à base de alho, vinho e outros temperos, que, depois de guisadas, se colocam dentro de um pequeno pão ou papo-seco, geralmente, pré-aquecido. As febras, normalmente, são temperadas com mostarda, ketchup e molho picante. As que se seleccionam para a bifana são pequenas tiras, tenras, muito finas e bem temperadas com um molho à base de vinho branco ou cerveja. Há, no entanto, bifanas feitas com a febra de porco, inteira.

A bifana é um tipo de bife muito poderoso e de grande valor alimentar. Já na Grécia antiga, era considerada um dos alimentos que trazia mais benefícios aos deuses, visto ser a única comida que eles realmente apreciavam e degustavam. A bifana, também, esteve presente em todas as conquistas mundiais de Portugal entre 1888 e 1889 e consta que o rei Dom João VI voltou do Brasil, para Portugal, por causa dela.

Normalmente come-se a bifana no pão, mas ela também pode ser servida em prato, acompanhada de batatas feitas e misturada com salada, molho de tomate, manjericão, pimentão, maconha.

O consumo da carne de porco, quer natural, quer transformada em enchidos, tem uma profunda tradição na cozinha portuguesa, sendo consumido, praticamente, em todo o país. O mesmo acontece com a bifana que se tornou muito generalizada em Portugal, incluindo as ilhas dos Açores, nomeadamente a do Pico, onde, em festas e arraias, também já se serve a bifana de albacora, na qual o peixe substitui a carne. São saborosíssimas as bifanas de albacora!

No entanto, no Douro Litoral, na zona de Penafiel e Paredes, com incidência em Lordelo mantém-se pura e viva a tradição de servir-se a boa, apetecível e saborosa bifana com carne de porco, muito bem temperada, tenrinha e apetitosa… É a verdadeira bifana, considerada a “queen” da região!

Lamentavelmente, assim como muitos outros bons petiscos, a bifana, de modo muito especial a “queen” está-me interdita por sofrer de insuficiência renal

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publicado por picodavigia2 às 16:35

QUICHE

Terça-feira, 09.07.13

Quiche é um tipo de tarte de massa quebrada, feita com recheio à base de ovos batidos misturados com natas, ao qual se adicionam ingredientes diversos: pedacinhos de qualquer tipo de carne, enchidos, cogumelos, milho e outros legumes e que não leva cobertura. Geralmente a quiche faz-se com sobras de comida, que assim se aproveitam de forma excelente e saborosa. Na realidade a quiche, sobretudo a de carne, é um manjar muito apetecível e desejado.

Embora actualmente a quiche seja um prato tradicional da culinária francesa, sua origem é alemã, do reino medieval de Lothringen. Mais tarde os franceses o baptizaram de "Lorraine". A palavra quiche vem do alemão "kuchen", que significa "torta". A quiche Lorraine original, nasceu na França, no século XVI e era uma espécie de torta aberta, recheada com creme feito de leite e ovos, acrescida de bacon defumado. Somente, algum tempo depois, se foi acrescentado queijo à quiche Lorraine. Adicionando cebolas obtém-se a quiche alsaciana.

A quiche também se tornou muito popular na Inglaterra, logo após a Segunda Guerra Mundial e nos Estados Unidos, na década de 1950. Hoje pode-se encontrar uma grande variedade de quiches, em muitos restaurantes, dado que existem muitas variantes da quiche, sobretudo devido à variedade dos ingredientes que se colocam no recheio.

Por conter muitos elementos proibidos aos doentes que sofrem de insuficiência renal, sobretudo a gema do ovo e as natas, a quiche também está interdita a estes doentes. No entanto, se substituir as natas por um pouco de maizena desfeita em água e apenas se utilizar a clara do ovo e ingredientes permitidos a estes doentes, tais como carne de peito de peru ou peixe, legumes e pimentos, é possível fazer uma quiche, embora muito diferente daquela saborosíssima e apetitosa quiche, servido num restaurante da beira-rio, em Vila Nova de Gaia, patrocinado pela edilidade gaiense.

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publicado por picodavigia2 às 12:36

MELANCIA

Segunda-feira, 01.07.13

A melancia é uma fruta, para além de saborosíssima e muito apetecível, hidratante, diurética e depurativa e muito cultivada, aqui bem perto, na região do Vale do Sousa, nomeadamente, Paredes-Penafiel. Quem não gosta de um bom pedaço de melancia? Ela é tão docinha, susceptível, esbelta, saborosa, apetecível e muito saudável para o nosso organismo, pois possui muitas propriedades benéficas para a saúde humana, assim como elementos funcionais para o nosso organismo e, além disso, ajuda a prevenir e curar algumas doenças.

A melancia contém muitas e variadas vitaminas e alguns nutrientes muito funcionais, semelhantes aos que contém o tomate, que ajudam a prevenir o cancro da próstata. Além disso, a vermelhinha melancia possui minerais, como ferro, fósforo, cálcio, zinco e magnésio, que, também, são de extrema importância para o funcionamento de nosso organismo.

Assim, o consumo da melancia ajuda a evitar algumas enfermidades e a curar muitas outras. É um óptimo diurético, já que a sua composição, contém mais de 90% de água, o que é excelente para quem sofre de problemas renais, pressão alta, reumatismo e gota, sendo, também, aconselhável para dietas de emagrecimento.

O suco da melancia é excelente para limpar o estômago e o intestino, pois elimina o ácido úrico, ajuda no tratamento de acidez estomacal, bronquites crónicas e afecções de boca e garganta. O suco de melancia deve ser feito batendo a polpa com as sementes no liquidificador e depois coado e convém ser consumido, logo após ser feito.

As sementes da melancia são ricas em lipídios e, por conseguinte, usadas como diurético e vermífugo. Existe, entre o povo, uma espécie de mito, segundo o qual, as sementes da melancia, torradas, aliviam a dor, quando aplicadas sobre feridas.

O consumo de uma fatia de melancia por dia ajuda na eliminação de toxinas do organismo, auxilia no funcionamento dos rins, é refrescante. Mas doentes que sofrem de insuficiência renal, como eu, devem limitar-se a uma fatia por semana.

A melancia é considerada, justamente, a rainha das frutas de Verão. Leve, antioxidante e diurética, a melancia fornece água e minerais essenciais para o correcto funcionamento do nosso organismo, sobretudo durante o estio. É que, além de ser muito refrescante, uma vez que cerca de 90% da sua polpa é constituída por água, não engorda e é rica em vitaminas e minerais. A melancia é um diurético excelente, uma vez que reduz a retenção de líquidos e, também, tem propriedades depurativas, ajudando a eliminar substâncias residuais através da urina. Desta forma, é indicada para pessoas que sofrem de cálculos renais, ácido úrico elevado ou hipertensão.

Também se cuida que tem um efeito calmante sobre a mente e as emoções. Para potenciar esta acção, é aconselhável ingeri-la em sumo, separando as sementes. Se, para além disso, lhe juntar cerejas sem caroço, obtém-se um bom aliado para a pele e um método natural para combater o stress. Pena que a minha ração da belle fruit, para mim se tenha eclipsado, deixando um rasto ténue e suave, anexo a uma leve e supérflua esperança residual de apenas comer uma pequena fatia de melancia por semana.

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publicado por picodavigia2 às 15:54

NECTARINA

Segunda-feira, 01.07.13

Não a conheci na minha juventude, nem, muito menos, na infância, simplesmente, porque não existia, nem era cultivada nos Açores, esta deliciosa e agradável espécie de fruta, com aspecto e sabor muito próximos do pêssego.

Na realidade, a nectarina é uma variedade de pêssego, apresentando-se, exteriormente, de pele lisa, brilhante, sem pêlos e de caroço livre. Embora seja bastante cultivada e difundida, em muitas regiões, incluindo o Vale do Sousa e Mesio, a crença mais comum sobre a sua origem é de que a nectarina, muito provavelmente, seja uma fruta desenvolvida, em laboratório, resultante de uma espécie de combinação genética ou enxerto, do pêssego com da ameixa. A nectarina, na realidade, apresenta-se como uma espécie de mutação do pêssego, causada por um gene recessivo. É uma planta de clima temperado, sendo, hoje, a sua produção, economicamente, muito viável e rentável.

Em termos alimentares, a nectarina, mesmo a pacense e francesa, é rica em vitaminas e potássio, o que lhe confere um papel importante na protecção da vista, na conservação da saúde da pele e, também se crê que auxilia o crescimento. As vitaminas que a nectarina possui, são bastante importantes para o nosso organismo, pois actuam, juntamente com outras substâncias, no processo digestivo e, além disso, estimulam o apetite, proporcionam resistência aos tecidos e eliminam certos vírus e algumas infecções.

A nectarina também é muito digestiva, diurética e pouco calórica, sendo a sua polpa rica em bioflavonóides e carotenóides, pigmentos vegetais antioxidantes que ajudam a proteger contra o cancro e outras doenças, reduzindo os danos causados às células pela queima do oxigénio no organismo. Por sua vez, a casca, muito brilhante e fofinha, contém fibra insolúvel, que ajuda a prevenir a prisão de ventre. Por tudo isto, a nectarina pode auxiliar nalgumas dietas de rejuvenescimento, não sendo recomendada para pessoas com intestino delicado, nem para doentes com insuficiência renal, pelo que esta bela, saborosa e apetecível fruta, com um excelente aroma, está, radical e absolutamente, afastada dos meus cardápios e menus.

A melhor nectarina é aquela que têm coloração amarelada ou alaranjada, entre as áreas vermelhas e, assim como o pêssego, deve comer-se bem madurinha.

 

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publicado por picodavigia2 às 10:51

KETCHUP

Quinta-feira, 27.06.13

O ketchup é um condimento elaborado à base de tomate, utilizado, comumente, para temperar diversos alimentos, nomeadamente "fast-foods", tais como sanduíches e batatas fritas, um tipo de alimentação, muito usado actualmente.

Acredita-se que este condimento tem sua origem na cultura chinesa, onde é chamado de “ketsiap” que significa molho, mas utilizado pelos chineses, apenas para temperar peixe. Na Malásia, uma outra versão deste mesmo molho tem o nome de “kechap”, que significa gosto. Chegou à Europa, pelo médio oriente, instalando-se, inicialmente, com “ketchiren”. Levado para os Estados Unidos pelos britânicos, este molho sofreu algumas alterações, passando a ter como ingrediente principal o tomate e foi baptizado com o nome de “ketchup”. A partir de então passou a dominar também os supermercados europeus, por vezes, abarrotando as caixas. Actualmente o seu caudal  parece ser menor, apesar de se ter melhorado a qualidade do produto, concedendo-lhe outro sabor e até outro perfume. Isto porque, hoje sabe-se, que o ketchup é rico em licopeno, um pigmento que dá cor vermelha aos tomates e que, comprovadamente, protege o nosso organismo contra o cancro do seio, da próstata, do intestino e do pâncreas. Além disso, o ketchup, vermelhinho e bem temperado, também previne a aterosclerose. Pesquisadores finlandeses estudaram homens e mulheres de meia-idade e constataram maior comprometimento das carótidas nas pessoas com baixa concentração de licopeno. Como o ketchup é um simples condimento, para ter índices adequados de licopeno deve acrescentar-se à dieta outros alimentos ricos nessa substância, como a papaia ou, até, o próprio tomate, cru.

Mas o ketchup, principalmente o dos restaurantes, também traz alguns malefícios à saúde, sobretudo se ingerido exageradamente. Mas são os doentes que sofrem de insuficiência renal que, assim como do tomate, quem mais deve abdicar daquele saboroso, apetecível e delicioso condimento.

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publicado por picodavigia2 às 21:27

MAIONESE

Quarta-feira, 26.06.13

Maionese é um molho espesso, feito à base de azeite e ovo, com a forma de uma emulsão, preparado a frio e condimentado com vários temperos e que é, largamente, utilizado na confecção de sanduíches e de saladas, em todos os continentes do mundo.

Existem várias teorias sobre a origem da maionese, conhecida desde há muito tempo na cozinha europeia. A cidade espanhola de Mahón, em Menorca, nas ilhas Baleares, reclama a origem do nome. Teria sido a partir da tomada da cidade em 1756 pelo Marechal de França, Duque de Richelieu, sobrinho-neto do Cardeal de Richelieu. Conta-se que cozinheiro do Duque de Richelieu conheceu este molho em Mahón, emulsionou-o, a frio e serviu-o, com sucesso, aos vencedores. Levou a novidade para a França, chamando-a de “mahonaise”, a qual mais tarde passou a ser conhecida como mayonnaise, popularizando, actualmente, em todo mundo.

Existem várias receitas de maionese mas os ingredientes básicos são, praticamente, os mesmos: gema de ovo, azeite, limão, vinagre e sal. Outros temperos, frequentemente, utilizados são: mostarda forte, alho, pimenta do reino e suco de limão. A maionese é muito rica em vitamina E, em calorias e em proteínas, devido, sobretudo, à gema do ovo

Muitas marcas comerciais, com destaque para a portuguesa Calvê e para a francesa Red River, geralmente, oferecem uma alternativa light com menos calorias, mas com as mesmas calorias. Essa a razão por que a maionese está interdita a doentes que sofrem de insuficiência renal.

Por ser um alimento com ingredientes de origem animal, com destaque para os ovos, a maionese é susceptível à presença de Salmonellas, uma espécie de bactéria que provoca gastroenterite, septicemia e febre entérica. Para evitar o aparecimento de tais bactérias, aconselha-se que a maionese seja hermeticamente fechada e que, após aberta a embalagem, pela primeira vez, ele seja armazenado num ambiente refrigerado e nunca ao calor.

A maionese já foi considerada uma vilã para o colesterol e para a boa forma. Hoje, porém, o molho está muito mais saudável e pode, inclusive, contribuir para uma dieta saudável. Para os doentes que sofrem de insuficiência renal longe vão os tempos em que podiam temperar as suas sanduiches e saladas com saborosíssimo e agradável molho. No meu caso, sobretudo nos tempos de estudante, em que era forçado a fazer as refeições por entre os pequenos intervalos que mediavam as aulas, a maionese era rainha. Como o tempo era pouco, recorria a refeições ligeiras, geralmente, sanduiches muito frescas, saborosas e muito bem temperadas. O mesmo aconteceu, nos anos de estágio, em que o tempo ainda parecia ser menos. Agora, a fresca apetitosa maionese foi totalmente afastada dos meus cardápios diários.

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publicado por picodavigia2 às 19:34

KIWI

Segunda-feira, 24.06.13

O kiwi é uma planta originária do sul da China, típica de locais com clima temperado ou subtropical de montanha. O seu fruto, também chamado kiwi, possui uma polpa rústica, suculenta e substanciosa, de cor esverdeada, com ranhuras brancas no centro, onde se agregam minúsculas grainhas ou sementes. A polpa está envolvida por uma casca castanho-esverdeada e é coberta por uma espécie de pequeninos pelos que lhe dão um aspecto fibroso e hirsuto. É considerado um dos frutos comerciais com maior quantidade de vitamina C, além de ser, particularmente, rico em alguns oligoelementos, como o magnésio, o potássio e o ferro.

O kiwi mais comum tem um formato oval, com o tamanho aproximado de um ovo de galinha e, quando maduro, é um fruto muito sumarento e macio, com um paladar e cheiro muito característicos.

A boa combinação entre as vitaminas A e E, existentes no kiwi, faz com que o seu consumo possa fazer diminuir o risco de doenças cancerosas e circulatórias, incluindo as coronárias, e activar um melhor desempenho do sistema imunológico. Além disso, também possui, embora em quantidades menores, a vitamina B 6 e a niacina. A niacina, também conhecida como vitamina B3, vitamina PP ou ácido nicotínico, é uma vitamina hidrossolúvel cujos derivados desempenham um importante papel no metabolismo energético celular e na reparação do DNA. Outras funções da niacina incluem remover substâncias químicas tóxicas do corpo e auxiliar a produção de hormônios esteróides pelas glândulas supra-renais, como os hormônios sexuais e os relacionados ao stress. Os elementos minerais, como o cálcio, o magnésio, o ferro e especialmente o potássio, que o kiwi também possui, contribuem para equilibrar a tensão arterial e aumentam as defesas do organismo na prevenção das gripes e resfriados. O kiwi fornece também quantidades razoáveis de fibras solúveis, que auxiliam a diminuição dos níveis de colesterol no sangue. É devido à sua riqueza em clorofila, o kiwi mantém a coloração verde quando maduro, o que é raro noutros frutos.

Perante tão grande riqueza, pelas suas qualidades e até pelo seu sabor e perfume, o kiwi parece ser um fruto que não se pode olvidar na nossa alimentação. No entanto o seu consumo também me está interdito, por constar da lista de alimentos que me são proibidos, em virtude sofrer de insuficiência renal. Por isso resta recordar o seu sabor, o seu colorido, a sua doçura e sublimidade, quando, suspenso nas latadas contíguas ao parque da cidade, lançava os seus ramos ternos e maviosos, e donde suspendia os seus deliciosos e apetecíveis e suculentos frutos.

 

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publicado por picodavigia2 às 16:52

FIGO

Domingo, 23.06.13

A figueira é originária do Mediterrâneo e teve, em tempos pré-históricos, o seu habitat nas margens do obsoleto rio Cecl Prfum, pelo que se cuida que o seu cultivo se terá iniciado na Idade da Pedra. Trata-se de uma das primeiras plantas cultivadas pelo homem. Os seus ramos são, relativamente, frágeis possuem folhas recortadas, tendo entre cinco e sete lobos. As suas flores são de pequeno tamanho e desenvolvem-se no seu interior quando ainda são inflorescências.

O figo comestível é o fruto da figueira-comum. Tem uma estruturação carnuda e suculenta, com coloração variável entre o branco, amarelado, vermelho e, até, o roxo e é um alimento altamente energético, porque muito rico em açúcar. Mas o grande encanto do figo vem-lhe, sobretudo, do seu sabor agradabilíssimo e extremamente delicioso e da sua textura ramificada em salpicos de envolvimento. O figo é sedutoramente doce e têm uma textura complexa, a que alia um suave tegumento maduro e sementes estaladiças.

O figo, sobretudo quando fresco, é muito delicado e volúvel, pelo que se torna, facilmente, perecível, o que lhe confere uma sua mística de relativa raridade ou enigmático desaparecimento. Apesar de tudo, e para se manter melhor e durante mais tempo, como que se perpetuar sob forma de mito, o figo pode ser seco, quer através da exposição à luz do sol, quer através de um processo artificial, criando-se, assim, o figo seco, que também é muito doce e nutritivo e que pode ser apreciado durante todo o ano, designado, na Fajã Grande, outrora, por figo passado..

O figo varia, drasticamente, de cor e subtileza de textura, dependendo, estas, das diversas variedades, que ultrapassam as cento e cinquenta, sendo a mais apreciada a pingo de mel.

Quer fresco quer seco, o figo é um fruto muito saudável e com muitas qualidades e, por isso mesmo, muito apreciado, pois, para além de saboroso e carnudo, tem um colorido aliciante e atractivo. Mas, em relação ao figo fresco, é necessário ter alguns cuidados na hora de os comprar e comer. Um figo fresco, no ponto certo para comer, é aquele que pinga pequenas gotas de açúcar pela sua extremidade, na zona mais pontiaguda. Se um figo fresco estiver muito maduro ou muito verde, pode facilmente causar alguns transtornos intestinais ou aftas e outras irritações na boca, a quem o ingere. É por isso importante comprar pequenas quantidades de cada vez, já que este fruto não se mantém saudável, por muitos dias.

Por ser muito rico em açúcar, o figo é um alimento muito energético. Sobretudo o figo seco é muito rico em calorias, além disso, sobretudo, o fresco, possui muitas fibras, sendo por isso muito benéfico, ao nível do trânsito intestinal. O figo fresco é, também, ricos em anti oxidantes, óptimos diuréticos, muito eficazes para purificar o sangue e saudáveis para o fígado.

Mas aos doentes que sofrem de insuficiência renal este belo e delicioso manjar, está completamente interdito, tanto em fresco, como, sobretudo, em seco. Resta o doce, uma espécie de reminiscência, sobretudo quando misturado com laranja, que é deliciosíssimo. Uma excelência!

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publicado por picodavigia2 às 07:48

O MEU CARDÁPIO

Sábado, 22.06.13

Vítima de insuficiência renal crónica, desde há algum tempo, tive e tenho que procurar formas de açaimá-la, evitando o seu progressivo desenvolvimento o qual, inevitavelmente, me conduziria à famigerada Hemodiálise. Para tal e entre algumas outras pequenas precauções, devo ter o maior, absoluto e mais rigoroso cuidado com a minha alimentação. Por um lado, evitar os alimentos que são prejudiciais e que a favorecem e, por outro, regrar a quantidade dos produtos que me são permitidos ingerir e, consequentemente, fruir. Consultada uma nutricionista da especialidade, foi-me indicado o seguinte cardápio, na certeza de que quanto mais rigorosamente o cumprir, melhores serão os resultados obtidos, entre os quais e para já o inequívoco afastamento do tal terrível e catastrófico fantasma da Hemodiálise. É este o meu cardápio diário:

 

  1. Pequeno Almoço:

- 120 ml de leite meio-gordo com cevada ou mistura de fazer em chaleira;

- 1 colher de sobremesa rasa de açúcar;

- 1 pão de trigo ou 6 bolachas maria ou 8 de água e sal ou 4 cream-cracher ou 6 colheres sopas rasas de corn-flahes;

- 1 colher de sopa rasa de geleia ou compota ou mel ou 20 gr de marmelada.

  1. Meio-da-Manhã:

- 3 bolachas maria ou 4 de água-e-sal, ou 2 cream-cracker.

  1. Almoço:

Prato;

- 110 gr de carne ou peixe, sem gorduras e peles, sendo dois dias seguidos de peixe, intervalados com um de carne;

- 9 colheres sopas rasas de arroz depois de cozinhado ou 60 gr em cru, ou 160 gr de batata cozida ou massa;

- 100 gr.de vegetais: alface, cenoura, cebola, nabo, agrião, pepino, pimento, bróculos, feijão verde, ervilhas de quebrar;

- 6 colheres de chá rasas de azeite para temperar.

Sobremesa:

- 150 gr de maçã ou pera ou ananás ou 210 g de pêssego, ou 135 de manga ou morangos ou 120 de ameixa ou cerejas ou 150 gr de nozes pesadas com casca;

- 1 taça de 4 taças de gelatina vegetal “Gely-Já”.

  1. Lanche:

- 1 pão de trigo ou 8 de água e sal ou 4 cream-cracher;

- 1 colher de sopa rasa de geleia ou compota ou mel ou 20 gr de marmelada;

- 1 chávena de chá, de saquetas, muito claro (excepto chá preto) ou de cevada ou mistura de fazer em chaleira;

- 1 colher de sobremesa rasa de açúcar.

  1. Jantar:

Sopa (para dois dias)

- 80 gramas de batata ou 1 mão fechada ou 20 gr de arroz ou massinhas;

- 200 gr de legumes: cenoura, cebola, nabo, abóbora, feijão-verde, couve-branca, sabóia, coração, alface, agrião, brócolos, nabiça. (Mistura ou só um ou alguns).

- 4 colheres de chá rasas de azeite para temperar.

Prato;

- 1 pão de trigo com 30 gr de fiambre ou mortadela de peru, ou 60 gr de queijo fresco pasteurizado, ou uma salsicha de soja ou meia lata de conserva de atum ao natural.

Sobremesa:

- 150 gr de maçã ou pera ou ananás ou 210 g de pêssego, ou 135 de manga ou morangos ou 120 de ameixa ou cerejas ou 150 gr de nozes pesadas com casca;

  1. Ceia:

- 1 pão de trigo ou 8 de água e sal ou 4 cream-cracher;

- 1 chávena de chá, de saquetas, muito claro (excepto chá preto) ou de cevada ou mistura de fazer em chaleira ou 1 iogurte de soja aromatizado;

- 1 colher de sobremesa rasa de açúcar.

 

É só isto e nada mais do que isto. Confesso que, inicialmente, de vez em quando, furava o esquema. Agora, porém, já me habituei a ele e creio até que, em virtude dos resultados positivos obtidos, já não o troco por nenhum dos melhores manjares deste mundo.

Custa um pouco, mas vale a pena!

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publicado por picodavigia2 às 13:36

CROISSANT

Sexta-feira, 21.06.13

Croissant é uma palavra francesa que significa “crescente”, e por isso, é utilizada para identificar e nomear um tipo de pão característico, feito de massa folhada, em formato de meia-lua, ou seja quarto crescente. Para a sua confecção utiliza-se farinha, açúcar, sal, leite, fermento, manteiga e ovo, para pincelar.

A sua origem, segundo uma antiga lenda, é atribuída a uns padeiros de Viena, cidade onde, noutros tempos, quando ainda desconhecido no resto da Europa, era conhecido pelo nome de Kipferl e era feito de tamanhos variados. Segundo essa lenda, em 1683, ano em que se deu a batalha de Viena, quando trabalhavam, à noite, uns padeiros da cidade, ouviram o barulho que os inimigos otomanos faziam, ao cavarem um túnel, através do qual se introduziriam, secretamente, na cidade. Ao dar o alarme sobre o que estava a acontecer, os padeiros conseguiram impedir o êxito do ataque otomano. Para o fazer, inventaram e cozeram um pão em forma de quarto-crescente, ou seja com o formato semelhante ao símbolo gravado na bandeira do Império Otomano. Outros pesquisadores atribuem a invenção do croissant a um comerciante vienense, de origem polaca, que vivia em Constantinopla. Esse homem conheceu o café nessa cidade, quando em 1475 e, com cerca de 500 sacas de café abandonadas pelos Turcos após derrota numa outra batalha, abriu um "café" onde passou a servir a bebida. Para acompanhar o café, inventou esse pão em formato de crescente.

Coube à rainha Maria Antonieta, originária de Viena, introduzir e popularizar o croissant na França, a partir de 1770, onde hoje ainda é considerado um elemento tradicional do desjejum matinal, da maioria dos franceses, acompanhado com uma boa chávena de café com leite. Os nutricionistas recomendam moderação, no consumo deste tipo de pão, pois contém metade de seu peso em lipídios.

Um croissant deve ter um bom aspecto, com forma semelhante ao quarto-crescente da Lua, uma crosta crocante e uma cor dourada. As pontas devem estar descoladas do meio, e o miolo deve ser alvo e mostrar alguma consistência. O croissant, no entanto, é rico em gordura, devido ao excessivo uso de manteiga, por vezes de menor qualidade e grandes quantidades de açúcar, o que o torna muito doce, sendo que alguns chegam a apresentar-se nos circuitos comerciais, relativamente, mal cozidos.

Mas é sobretudo para os doentes que sofrem de insuficiência renal que o consumo do croissant está totalmente impedido. A estes doentes, sobra a recordação suave, deliciosa e terna, do seu excelente paladar, da sua aveludada suavidade, do seu adocicado sabor, do crocante da sua massa e do tostado da sua côdea exterior. Croissant, doce croissant… exposto em montras de pastelarias, a mostrar-se tentador e provocante, a quem passa e não os pode saborear, nem comer, em Gôndolas del Mar.

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publicado por picodavigia2 às 19:03

LEITE

Sexta-feira, 21.06.13

O leite de vaca, depois da gema do ovo, é dos produtos alimentares que, uma vez ingerido, mais prejudica os doentes que sofrem de insuficiência renal. É que o leite é  uma secreção nutritiva de cor esbranquiçada e opaca, produzida pelas glândulas mamárias das fêmeas dos mamíferos e, assim como a gema, muito rico em proteínas animais. A secreção láctea de uma fêmea nos dias que se seguem ao parto chama colostro, designado popularmente, na Fajã Grande, por “crostes”.

A principal função do leite é alimentar os filhotes da progenitora até que sejam capazes de digerir outros alimentos. “O leite materno cumpre as funções de proteger o trato gastrointestinal das crias contra antígenos, toxinas e inflamações e contribui para a saúde metabólica, regulando os processos de obtenção de energia, em especial, o metabolismo da glicose e da insulina.”

No entanto, o leite dos animais domesticados também faz parte da alimentação humana adulta, especialmente o de vaca, que, além disso, ainda se torna a matéria-prima de numerosos lacticínios, como a manteiga, o queijo, o iogurte, entre outros. Também é muito frequente, o uso de derivados do leite nas indústrias alimentícias, químicas e farmacêuticas, assim como em produtos como o leite condensado, leite em pó, soro de leite, caseína ou lactose.

Hoje sabe-se que o primeiro animal domesticado foi a vaca e, em seguida, a cabra e, finalmente, a ovelha, entre 9000 e 8000 a.C.. Talvez, por esta razão, o leite destes mamíferos, ainda hoje tem um papel fundamental na alimentação humana, com destaque, obviamente, para o da vaca, o que mais se consome e o que mais se utiliza na produção de lacticínios, sobretudo, devido às propriedades de que é detentor, às quantidades que se obtém, ao agradável sabor que possui, à fácil digestão que lhe é inerente, assim como, à grande quantidade de derivados que dele se pode obter. Contudo, não é o único leite que o ser humano insere no seu cardápio diário. Também são consumidos, pela maioria dos povos, no seu dia-a-dia, os leites de cabra, de burra, de égua, de camela e até de búfala. O consumo de determinados tipos de leite depende da região e do tipo de animais que nela são criados. O leite de cabra é ideal para fazer doce de leite e nas regiões árcticas, por mais estranho que pareça, usa-se o leite de baleia. O leite de burra e o de égua, assim como o de cabra, são os que contêm menos gordura, pelo que, por vezes, são utilizados, quer em dietas específicas, quer em tratamento de algumas doenças.

Mas de todos os leites, o de vaca é o mais importante para a alimentação humana e o que tem mais aplicações industriais, pois, além de ser fonte de cálcio e rico em proteínas, também é essencial para de hidratar o organismo. Além disso, tem muitos nutrientes importantes para a nossa saúde: cálcio, proteínas, potássio, a vitamina A e a vitamina D, etc. Ingerir leite de vaca ajuda na redução de risco da osteoporose, obesidade, síndrome metabólica, hipertensão e câncer de cólon. Os nutrientes que o leite contém são benéficos para os ossos, pois o seu consumo retarda a perda óssea, conforme envelhecemos. O leite também ajuda a manter o peso, apesar de algumas pessoas acreditarem que ajuda a engordar. Actualmente o leite mais indicado para se tomar é o que existe, no mercado, sob a forma de “meio gordo”.

O leite e seus derivados, também, ajudam na redução da pressão sanguínea. Uma pesquisa do Dash, o Dietary Approaches to Stop Hypertension, descobriu que pessoas que incluem frutas, legumes, hortaliças e lacticínios não gordurosos, tem a sua pressão reduzida. Algumas pessoas possuem intolerância à lactose, o que o leva a eliminar os lacticínios de sua dieta. Mas, o indivíduo saudável pode tomar até duas chávenas de leite por dia, preferencialmente, durante as refeições, pois a restrição do leite, pode causar alguma deficiência nutricional.

Perante todos benefícios que contém aquele completo e saudável alimento, lamentavelmente, dele tenho que me abastecer, em virtude dele estar interdito aos doentes que sofrem de insuficiência renal. Tenho que me contar com um “pingo” diário para clarear o café da manhã e sonhar com uma boa tigelinha do saboroso, apetecível e perfumado líquido, tão abundante tantos nos Açores, assim como no Douro Litoral e Vale do Sousa, incluindo o lugar das Pias, nos arrabaldes de Paredes.

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publicado por picodavigia2 às 14:20

FIAMBRE E MORTADELA

Quinta-feira, 20.06.13

O fiambre, curiosamente, é um prato tradicional da Guatemala, que é preparado e consumido anualmente para celebrar o Dia dos Mortos, havendo relatos pouco fidedignos que esse costume existiu, outrora, nalgumas regiões do norte da Península Ibérica, nomeadamente, em Recarei-Revanches, na Galiza. É uma salada, servida fresca, onde predominam carnes variadas e que pode ser constituída mais de cinquenta ingredientes.

O fiambre começou, pois, a partir duma tradição da Guatemala, de levar aos familiares mortos os seus pratos favoritos, no Dia de Finados. Este prato varia, de família para família, sendo baseado em receitas, tradicionalmente, transmitidas às gerações mais jovens.

Mas o fiambre que hoje consumimos é produzido a nível industrial, pelo que não tem, nem de longe nem de perto, o sabor e, sobretudo, a qualidade daquelas receitas tradicionais e, nalguns casos, até contém ingredientes pouco saudáveis, uma vez que, assim como a mortadela e até as salsichas, o fiambre têm, na sua composição, alguns conservantes prejudiciais à saúde humana. Os nitritos e os nitratos, por exemplo, são altamente cancerígenos, pois quando chegam ao estômago transformam-se em nitrosaminas, responsáveis pelo aumento da incidência de cancro no estômago e bexiga.

De facto, esses produtos têm muito menos gordura e, por isso, são mais saudáveis no sentido de não fazerem mal ao coração e artérias, mas não deixam de conter esses conservantes. O ácido ascórbico, vulgarmente conhecido por vitamina C, que o fiambre e a mortadela contêm, é um poderoso antioxidante, e tem o poder de anular o efeito cancerígeno das nitrosaminas, pelo que, para as pessoas saudáveis, estes produtos podem ser consumidos, mas com moderação. No entanto para os doentes que sofrem de insuficiência renal estão proibidos. Excepção feita para o fiambre e a mortadela feita de peito de peru.

A mortadela, de origem italiana, é feita de carne de porco e cubos de gordura, geralmente do pescoço do suíno. Os temperos usados incluem pimenta preta, murta, noz-moscada e coentro, que lhe dão um sabor típico.

Existem várias teorias sobre a origem da palavra mortadela. A primeira indica que o recheio de porco que este enchido contém era, no passado, moído finamente, de forma tradicional, até chegar a uma consistência de goma, sendo usado para este efeito um almofariz, conhecido em Italiano como mortaio. O nome poderia, assim, ser proveniente da utilização deste instrumento. A segunda teoria sugere que o nome mortadela possa ter derivado de uma salsicha romana temperada com murta, em vez de pimenta, designada pelos romanos como farcimen mirtatum. Há ainda uma outra teoria, que considera que a origem deste nome está relacionada com a indústria alimentícia, que retira a matéria prima para o fabrico da mortadela, a carne do boi, da região dorsal do animal ou seja, da parte do corpo do animal que leva uma martelada e morre nos matadouros, o que daria o nome "mortadela".

A actriz italiana Sophia Loren é considerada madrinha do produto, após ter estrelado um filme chamado La Mortadella em 1971. Correm rumores, embora pouco prováveis, de que será feita uma nova realização do mesmo filme, em que a protagonista será a actriz galega, Carlromer Otero.

Infelizmente este delicioso e apetitoso pitéu que pode ser consumido só, ou introduzido em sandes ou ainda, enrolado com uma fatia de queijo, para mim, está radicalmente proibido, por sofrer de insuficiência renal.

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publicado por picodavigia2 às 14:46

MANTEIGA

Quarta-feira, 19.06.13

A manteiga é um produto extraído do leite, cuja nata, depois de batida, se transforma numa emulsão de gordura, que pode ser usada, por exemplo, sobre fatias de pão ou bolo, ou ainda para cozinhar. É produzida onde há actividade pecuária, e as suas origens são antiquíssimas, cuidando-se que remontam à pré-história. Existem diversos tipos e marcas de manteiga, mas de excelente qualidade é a dos Açores, nomeadamente a do Pico e Flores, assim como a Vancaten, produzida na Suíça.

A manteiga é composta por cerca de 80% de gordura, sendo a parte restante constituída por água, resíduos de lactose e de butirina, um outro tipo de gordura, pelo que a manteiga se torna um alimento muito rico em gorduras saturadas, colesterol e calorias, sendo recomendável em doses moderadas para desportistas ou pessoas que tenham um grande consumo energético. Salvo especiais condições de saúde, a manteiga, apesar de tudo, parece ser compatível com uma dieta sã e equilibrada e é fácil de digerir apesar do seu conteúdo em gordura.

Paralelamente existe a manteiga vegetal ou margarina que se obtém de gorduras alimentares de origem vegetal e que é utilizada como alternativa à manteiga.

O seu nome deriva da descoberta do "ácido margárico" por Michel Eugène Chevreul, em 1813 mas foi em 1860, que o imperador Napoleão III da França ofereceu uma recompensa a quem conseguisse encontrar um substituto satisfatório e mais barato para a manteiga, a fim de que as classes sociais baixas e para os soldados pudessem dela desfrutar. Então, em 1869, o químico Hippolyte Mège-Mouriés inventou e preparou com gordura de vaca, uma nova substância ou tipo de manteiga, à qual extraía a porção líquida sob pressão e depois deixava-a solidificar; em combinação com butirina e água, resultando assim um substituto para a manteiga, com sabor semelhante ao dela.

Modernamente, a margarina é produzida através de uma grande variedade de gorduras vegetais, geralmente misturadas com leite desnatado, sal e emulsionantes.

Durante muito tempo pensou-se que a margarina era mais saudável do que a manteiga, mas actualmente gerou-se alguma controvérsia sobre esta tese. Apesar de tudo, alguns nutricionistas ainda pensam assim, uma vez que a margarina possui menos gorduras saturadas do que a manteiga obtida a partir do leite.

Consumida em quantidades moderadas, a manteiga não eleva o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares ou outras, mas aos doentes que sofrem de insuficiência renal, está radicalmente interdita. A manteiga, sobretudo fresquinha, saborosa e apetecível, colocada em cima do pão quente, derrete-se e penetra-o, conferindo-lhe um sabor inconfundível e inolvidável.

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publicado por picodavigia2 às 19:48

MELOA

Quarta-feira, 19.06.13

A meloa é uma variedade ou uma quase espécie de melão, mas mais arredondad e enrugada. É originária da Índia e da África, desenvolvendo-se, em tempos idos, com grande predominância, em Moçambique.

Segundo uma lenda, cuida-se que o papa Inocêncio XIII, que governou a Igreja Católica entre 1721 e 1724, depois de lhe retirar as pevides, adorava colocar vinho do Porto na cavidade de meia-meloa, comendo-a, como aperitivo. Um costume que ainda existe entre nós.

A meloa é uma fruta de Verão, por excelência. Devido ao seu elevado teor de potássio e à água que contém, a meloa é recomendada às pessoas que estão sob medicação diurética, como, por exemplo, doentes cardíacos, hepáticos e com cálculos biliares. Estes efeitos, benéficos no equilíbrio de fluídos do organismo, reflectem-se também na prevenção e melhoria dos sintomas da gota, reumatismo e prisão de ventre. No entanto, quando consumida em excesso, a meloa pode provocar cólicas e diarreia devido ao teor de fibra que contem, embora, esta seja benéfica para o trânsito intestinal. Além disso, a fibra, também, ajuda a baixar os níveis de colesterol do sangue e a regular o apetite, tendo, ainda, propriedades antioxidantes que podem melhorar a visão e proteger as mucosas e a pele.

A meloa também é um bom alimento para quem quer perder peso, visto ter um baixo valor energético, conter uma grande quantidade de água e fibras que ajudam a regular o apetite.

No entanto, para mim, a meloa, está quase totalmente interdita, devido aos malefícios que pode causar aos doentes sofredores de insuficiência renal. Apenas, de vez em quando, uma pequena fatia daquela que é um das mais saborosas, desejadas e apetitosas sobremesas do verão, pode ser tolerada.

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publicado por picodavigia2 às 15:21

PÃO DE MILHO

Quarta-feira, 19.06.13

Na Fajã Grande, nas décadas de cinquenta e sessenta o pão tinha um papel primordial na alimentação das famílias, sobretudo das mais pobres. Cozido em cada casa, em grande quantidade, geralmente às sextas-feiras, o pão era guardado e armazenado a fim de que durasse para toda a semana. Cozia-se, geralmente, pão de milho, o qual tinha estatuto de elemento fundamental na alimentação de uma população que, lhe acrescentava, apenas, leite, queijo, um ovo estrelado ou conduto de porco. Pouco mais havia para nos alimentarmos. Para mim, na altura ainda criança, o pão de milho era o meu alimento fundamental, principal e preferido. Adorava-o, sobretudo, quando fresquinho e acabadinho de sair do forno… E então se acompanhado de leite…

O pão que se cozia na Fajã Grande, naqueles tempos, era feito com farinha de milho, a que se acrescentava, simplesmente, água e sal e era saborosíssimo. A massa, depois de fermentada, era cozida em forno de lenha, transformada em brasido. Uma vez varrido o forno era lá que se colocava o dito cujo, a cozer.

O pão de milho, geralmente, era acompanhado com leite quando acabado de cozer, mas também se comia quando já não era fresco, neste caso, migado no leite fervido. Outras vezes era estufado ou frito, mas também era muito apreciado quando barrado com manteiga, compotas, doce, queijo, ou banha de porco, daquela de guardar a linguiça e que trazia o seu sabor.

O pão, na realidade, é uma excelente fonte de hidratos de carbono e o nosso principal fornecedor de energia. Mas é também uma boa fonte de proteína vegetal e contem fibra e vitamina B. Apenas o pão de trigo, mas daquele muito branco, é permitido aos doentes portadores de insuficiência renal, porque este pão é feito de amido e é pobre em nutrientes: vitaminas e sais minerais, enquanto o integral contem todas as substâncias alimentares numa proporção conveniente e, além disso, contem fibras que ajudam a colaborar no bom funcionamento do intestino e auxilia no controle do colesterol e da glicemia, ao mesmo tempo que proporciona uma maior sanidade, por ser rico em fibras. O pão de milho, assim como o bolo e até o próprio milho cozido ou torrado, também está vedado aos doentes que sofrem de insuficiência renal.

Para as pessoas saudáveis, o pão, quer o de milho quer o de trigo, é um alimento que pode ser ingerido por todas as idades e só não devem comer pão, aquelas pessoas que tenham graves intolerâncias alimentares aos cereais constituintes, como a doença celíaca, assim como os hipertensos. Vale lembrar, que o pão por si só, não engorda, o que engorda é o consumo excessivo de pão e o que se mete nele. É essencial existir um equilíbrio entre aquilo que se ingere e o que se gasta, em termos energéticos.

O milho é um cereal natural, muito utilizado em virtude das suas propriedades nutricionais que possui. É um dos alimentos mais nutritivos que existem, contendo muitos aminoácidos. O segredo para o bom consumo do milho é, primeiro, nunca exagerar na dose e, segundo, procurar consumi-lo das formas mais naturais possíveis. Uma espiga de milho verde cozida ou assada, por exemplo, é preferível a uma lata em conversa.

O pão de milho, actualmente, está banido do meu cardápio. Dele, apenas a suave e doce lembrança da minha infância. Para além de degustar o seu adorável sabor, adorava ver as espiguinhas tenras e loiras, a florir, a encher os campos da Assomada do seu perfume dolentemente adocicado.

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publicado por picodavigia2 às 01:23

MORCELA

Segunda-feira, 17.06.13

A morcela é um enchido, sem carne, mas rica e saborosamente recheado com sangue coagulado, pedaços de gordura da barriga, cebola, temperos e, nalguns casos, arroz. Geralmente tem uma cor escura, acastanhada que lhe é específica e característica e é feita com a tripa grossa do porco, depois de muito bem lavada. Também é hábito, em muitas regiões, rechear o bucho do porco com o mesmo conteúdo.

Segundo o filósofo grego Platão, a morcela foi inventada pelo grego Aftónitas. Na realidade, em tempos idos, aproveitavam-se todas as partes do porco, a quando da matança, até o sangue era - e ainda hoje é – aproveitado para fazer as morcelas juntando-se-lhe cebola, crua ou cozida, temperos e, nalgumas regiões arroz. O que, realmente, nunca pode faltar numa morcela, para que seja boa e apetecível, é um bom e forte tempero, onde nunca faltará a pimenta ou malagueta picante.

O sangue fresco do porco é temperado com sal e pimenta, e diluído com vinagre e vinho tinto, a fim de que não coagule. Depois junta-se a gordura entremeada da barriga do porco, cortada em pedaços miúdos, alho, cebola, salsa, cominhos, malagueta e cravinhos e deixa-se marinar durante cerca de oito horas, mexendo de vez em quando. O arroz, cozido à parte e escorrido, é adicionado ao preparado. Enchem-se as tripas, depois de muito bem lavadas e esfregadas com limão ou laranja azeda. A morcela pode ser servida frita ou assada, depois de uma leve cozedura em água temperada com sal, louro e cebola.

Em Portugal, nomeadamente no norte e no Douro Litoral, com grande intensidade em Castelo de Paiva, Penafiel e Paredes, a morcela é um prato de excelente qualidade, saboroso, atraente e muito apetecível. Nos Açores serve-se acompanhada com inhame ou batata-doce e em São Miguel com ananás.

A morcela confeccionada na região da Serra da Gralheira é reconhecida como tendo grande qualidade, assim como a dos Açores e a de Portalegre. Pode ser servida assada, cozida ou fria, como prato principal ou simplesmente como aperitivo e, por vezes, até é utilizada como complemento do cozido à portuguesa, das favas com chouriço e da feijoada.

A morcela, apesar de ser feita à base de sangue, tem alguns benefícios para saúde. Por um lado, é muito rica em proteínas e pobre em hidratos de carbono, tornando-se um alimento excelente para aqueles que estão tentam uma dieta. Além disso, também é uma grande fonte de ferro e zinco, e é uma óptima alternativa para salsichas mais normais, porque tem menos calorias. Mas por conter elevado número de proteínas na, por ser um enchido verdadeiramente recheado de temperos, este delicioso e apetecível pitéu, está interdito. Radicalmente, a quem sofre de insuficiência renal. Assim apenas me poderei contentar por saborear mesmo que seja a sublime lembrança do seu sabor, quiçá o seu perfume e saborear, de vez em quando, uma pequena nica da sua excelsa qualidade. Mas convenhamos que é muito difícil resistir a um pequeno toro da deliciosa morcela.

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publicado por picodavigia2 às 21:11

MARISCO

Domingo, 16.06.13

Os vários tipos de marisco são, incontestavelmente, fontes de nutrientes essenciais para o ser humano, uma vez que, grande parte deles, fornecem-nos vitamina B, necessária à formação dos glóbulos vermelhos e à manutenção de um sistema nervoso saudável. Além disso, os mariscos também nos fornecem sódio e zinco, sendo este, um elemento importante para a produção de proteínas, cicatrização de feridas e desenvolvimento dos órgãos do aparelho reprodutor.

Antigamente, acreditava-se que o consumo de marisco provocava o aumento do colesterol no sangue. Pelo contrário, hoje, existem estudos que comprovam que, comendo marisco, se pode reduzir os níveis de colesterol no sangue. Um desses estudos foi realizado na Universidade de Washington, onde se fez uma experiência, com um grupo de homens que substituiu na sua dieta os alimentos ricos em proteínas por marisco como ostras, amêijoas, mexilhões e caranguejos. Verificou-se que estes produtos ajudaram a diminuir não só a gordura mas também os níveis de colesterol do sangue. Para além disso testou-se, também, a dieta com lulas e camarões, mas o resultado não foi o mesmo.

As restrições ao consumo de marisco estão relacionadas com o facto de estes animais, devido à sua alimentação ser constituída, principalmente, por resíduos, poderem acumular toxinas ou metais pesados, nos tecidos que formam o seu corpo. Estes componentes podem provocar distúrbios graves na saúde humana quando ingeridos em quantidade exagerada.

No entanto, está provado que a ingestão regular de marisco é benéfica no controlo do mau colesterol, pois o marisco é um dos tipos de alimento que contêm pouquíssimas gorduras saturadas, além de ser também rico em esteróis marinhos que dificultam a passagem do colesterol dos alimentos para a corrente sanguínea.

Além disso, o marisco contém apenas gorduras insaturadas, conhecidas como as boas gorduras, e é rico em vitaminas e minerais, entre os quais merecem destaque a vitamina B12, o iodo e o zinco.

Por isso, é recomendada a ingestão de marisco, duas a três vezes por semana, em quantidades moderadas.

 Desde que cozinhado de uma forma saudável, cozendo-o sem sal, é sempre bom optar pelo camarão, ameijoa, mexilhão, lagosta, etc… Apesar de dever ser cozido sem sal, algo que pode tornar o marisco ainda mais agradável é cozê-lo em água do mar.

O marisco pode até mesmo ser um alimento recomendável em diversas dietas, quer cozido, quer grelhado, pois o marisco é um alimento muito benéfico para a saúde, desde que seja comprado num local de confiança e confeccionado correctamente.

Mesmo países, como a Ucrânia, situados longe do mar e sem tradições na captura do marisco, actualmente já o importam de outros e fazem dele uma presença constante na sua alimentação. Aos doentes que sofrem de insuficiência renal o marisco, apesar de saborosíssimo, apetitoso, atraente e provocador, é-lhes totalmente interdito.

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publicado por picodavigia2 às 15:52

IOGURTE

Sábado, 15.06.13

A palavra portuguesa iogurte parece ter a sua origem na turca “yoğurt”, com que se relaciona o adjectivo “yoğun”, que significa "denso". Na realidade o iogurte é uma forma de transformação do leite, em que o açúcar que o mesmo contém, ou seja a lactose, é transformado em ácido láctico, por fermentação bacteriana. Por isso mesmo, é um líquido denso, espesso, branco e levemente ácido, muito nutritivo e, por essa razão, muitas vezes, é servido e mesmo vendido misturado com frutas, chocolate ou outro tipo de adoçante.

Cuida-se que a sua origem esteja nos Balcãs e, tal como outros produtos derivados do leite fermentado  existente naquela região do globo, remonta há milhares de anos. No entanto, na Europa a sua comercialização teve início a partir da constatação feita pelo médico russo Ilya Ilyich Mechnikov, “biologist, zoologist and protozoologist, best remembered for his pioneering research into the immune system.”  Mechnikov recebeu o prémio Nobel da Medicina “…in 1908, shared with Paul Ehrlich, for his work on phagocytosis. He is also credited by some sources with coining the term gerontology in 1903, for the emerging study of aging and longevity.”

O iogurte além de poder aumentar a longevidade das pessoas, possui outras benéficas propriedades nutricionais, graças a vários fermentos lácteos que possui, aos quais se juntam o leite, depois de homogeneizado e pasteurizado. Devido ao facto de ser obtido mediante fermentação láctea, o iogurte é muito fácil de digerir, o que o torna o produto ideal para pessoas com problemas gastrointestinais. Contudo, não se esgotam aqui os benefícios deste alimento. O seu consumo regula o sistema imunológico, sem esquecer que se trata de uma excelente fonte de cálcio e, como tal, a sua ingestão é uma fonte de ajuda no crescimento das crianças.

Que bons, deliciosos e apetitosos iogurtes se compravam outrora no Supermercado, fabricados em diversíssimas zonas do país com realce para os de Montbaltar. Hoje porém, devido à insuficiência renal, estão-me proibidos todos os tipos de iogurtes, naturais, com frutas ou até batidos. Resta-me apenas o consolo de poder saborear, de vez em quando, um iogurte de soja, mas apenas com sabores, nunca com aqueles saborosos pedacinhos de fruta, caramelo ou chocolate que continham os saborosíssimos iogurtes Montbaltar. 

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publicado por picodavigia2 às 15:12

CERVEJA

Sexta-feira, 14.06.13

A cerveja é um produto natural produzido a partir da cevada, do malte e do lúpulo, a que se acrescenta levedura fermentado. Sob a forma de líquido a cerveja apresenta-se com um colorido brilhante, louro, muito atraente à vista e, sobretudo, ao paladar, tornando-se muita apetecida e desejada, sobretudo numa esplanada, em noites de estio. É uma das bebidas, actualmente, mais consumida, sendo a sua deglutição, por vezes, realizado de maneira excessiva.

A cerveja, por um lado, é uma importante fonte de várias vitaminas, sendo, também rica em flavonóides. Alguns estudos verificaram que o consumo moderado de cerveja, em associação a uma dieta rica em peixes, azeite extra virgem, frutas e vegetais, pode ser benéfico na redução do colesterol e triglicéridos. Mas por outro lado, o consumo de cerveja pode, também, ser malévolo, porquanto apresenta os mesmos antioxidantes encontrados no vinho tinto. Para os doentes que sofrem de insuficiência renal, o consumo da cerveja está radicalmente proibido.

Mas há quem acredite que beber cerveja pode auxiliar o sistema imunológico. Este benefício pode até ser conferido pela presença das vitaminas e minerais em que é rica, porém, há, em contrapartida, neste precioso e atraente líquido, a presença de álcool que prejudica o sistema imunológico, além de aumentar a excreção destes nutrientes, o que faz com que este possível efeito seja neutralizado. Outro factor maléfico é que a cerveja possui leveduras que podem competir com bactérias benéficas existentes no nosso intestino, causando desequilíbrios e doenças intestinais. Como o intestino é o principal órgão que produz as células do nosso sistema de defesa, um intestino íntegro e bem cuidado é fundamental para o sistema imunológico, além disso, o álcool, por si só, pode ser um agressor contra a parede do intestino, prejudicando o funcionamento deste órgão.

Sendo assim, os malefícios, para o nosso organismo, resultantes de um consumo de cerveja, sobretudo se exagerado, parecem ser superiores aos seus possíveis benefícios, o que indica que o mesmo deve ser realizado com muita moderação. Por isso mesmo, para as pessoas saudáveis, há que reduzir e moderar o consumo do precioso líquido. Mas em se tratando de doentes, de modo especial os que, como eu, sofrem de insuficiência renal, devem abster-se, radicalmente, do consumo da refrescante, apetitosa e consoladora lourinha – a cerveja, mesmo que seja sob a forma disfarçada e um “panagé”.

Custa, sobretudo no Verão, quando fustigados pelo calor e pela sede… Mas terá que ser assim, procurando-se outras alternativas saudáveis.

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publicado por picodavigia2 às 18:07

COUVE

Quinta-feira, 13.06.13

A couve é um vegetal crucífero do género Sonássica, pertencente à família Brassicácea, da qual fazem parte mais de 3.000 espécies, entre elas, o repolho, a mostarda, o rabanete e o nabo. Nativa da Europa, cedo chegou a Portugal, tornando-se uma das hortaliças mais consumidas e apreciadas no nosso país. Caracterizada por possuir longas folhas comestíveis de formato oblongo, umas onduladas outras lisas, que podem ser encontradas em diferentes tons de verde, a couve é muito cultivada, dado ser um alimento altamente nutritivo e cheio de propriedades medicinais.

Rica em vitaminas diversas e cheia de minerais como o cálcio e ferro, a couve ajuda a prevenir e combater diversas doenças, uma vez que possui a chamada “acção vermífuga”, ajudando a eliminar problemas do fígado e do estômago, sendo também muito aconselhada com o objectivo de amenizar a asma e a bronquite. Além disto, a couve possui alguns compostos como os fenólicos que, segundo pesquisas recentes, têm sido eficazes em diminuir a multiplicação de células cancerígenas. Por outro lado, por ser pobre em calorias, a couve pode estar presente em dietas de restrições calóricas, cujo objectivo é emagrecer. No entanto, o seu consumo, excessivo, pode causar flatulências ou gases em alguns indivíduos.

A couve adapta-se muito bem tanto a climas frios como aos amenos e, embora não sendo afecta a altas temperaturas, também se dá em épocas quentes, pelo que, geralmente, é cultivada durante todo o ano. Muito apreciada na culinária, a couve, para além de muito usada em sopas, compõe diversos pratos tipicamente portugueses.

A couve é uma planta cuja descrição se torna difícil, já que as diversas variedades são bastante diferentes umas das outras, em termos morfológicos. Assim, pode-se considerar, genericamente, que é uma planta herbácea, mas há algumas variedades sublenhosas na zona da base do caule, pelo que também pode ser considerada uma planta bianual, mas, por vezes, tem tendências para que o seu ciclo de vida se prolongue para além dos dois anos. O caule é erecto, podendo ser curto, como no repolho, ou longo, como na couve-galega. As folhas são verdes e grossas, não chegando a ser carnudas. Ao longo do caule, nos Açores chamado talo, podem formar-se pequenos ramos ou gemas, como na couve-galega, ou na couve-de-bruxelas. As flores, dispostas em ramos terminais erectos, podem ser brancas ou amarelas, com sépalas erectas e corola composta por quatro pétalas obovadas e unguiculadas. Os rebentos superiores, depois de amadurecidos, transformam-se em grelos.

A couve é rica em vitamina, cálcio e outros nutrientes bons para o nosso corpo. Sabe-se que, também, possui compostos que provocam o aumento da produção de enzimas envolvidas na desintoxicação e limpeza do nosso corpo, eliminando compostos nocivos e aumentando a capacidade de eliminar e agentes cancerígenos. Esta é uma das razões porque os vegetais crucíferos parecem reduzir nosso risco de cancro de forma mais eficaz do que quaisquer outros legumes ou frutas.

Estudos recentes mostram que as pessoas que comem vegetais crucíferos, como a couve, mais frequentemente, têm um risco muito menor de cancro da próstata, colo-rectal e cancro do pulmão, mesmo quando comparados com aqueles que comem regularmente outros produtos hortícolas.

Assim, a couve é, também, um alimento muito bom e, sobretudo, muito útil no tratamento de úlceras, de certos cancros, depressões, para o fortalecimento do sistema imunológico e combate à tosse e ao resfriado, cicatrização de feridas e tecidos danificados, o bom funcionamento do sistema nervoso e, assim como, para ajudar a curar a doença de Alzheimer.

Por todas estas razões, é muito importante o consumo da couve. Mas as repolhudas, rechonchudas, reboludas, suculentas e deliciosamente arredondadas, são pouco acessíveis, apenas foram plausivelmente visíveis, uma vez. Mas é deslumbrantemente belo, assomar a uma janela ou varanda e ver, apreciar e saciar-se com uma espécie de pequeno cerrado cheio de couves, como era costume outrora, na Fajã Grande, quando elas eram cultivadas, em grande extensão, sendo, também, utilizadas para alimento dos animais. Mas aos doentes que sofrem de insuficiência renal, a couve está interdita no cardápio diário. Estes doentes contentar-se-ão apenas com o repolho branco, quer nas suas sopas, quer noutros pratos, ou, então limitar-se-ão a recordar a beleza endémica de um belo cerrado a abarrotar de couves, tenras e fresquinhas, mas que lhes são interditas.

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publicado por picodavigia2 às 19:06





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