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A OVELHINHA DA TIA JOANA E O PASTOR GABRIEL

Segunda-feira, 11.12.17

Tia Joana era muito pobre. Vivia apenas do que cultivava numa pequena courela junto de casa e de uma ovelhinha que, para além do leite e da lã, lhe dava uma ou outra cria que a velhinha ia vendendo, obtendo assim algum dinheiro para pagar o açúcar, o café, o sabão, o petróleo e outras pequenas despesas que fazia.

Mas com o passar dos anos Tia Joana foi envelhecendo e perdendo as forças, já não sendo capaz de cuidar da sua pobre ovelhinha. Assim pediu que, num dia de fio, lha levassem para o mato e a lançassem no Rochão do Junco, juntamente com muitas outras ovelhas que por ali pastavam vadiamente. Mas aqueles descampados eram cheios valados, grotões e buracos escavados no solo e, além disso, a ovelha da Tia Joana era muito frágil e delicada. Numa noite escura descuidou-se e caiu no Caldeirão da Ribeira da Junça. A pobrezinha ficou com o seu doce e macio corpinho todo esfarrapado e ferido. Mas pior, como o grotão era muito profundo de lá não conseguia sair sozinha. Apenas berrava e gemia. Foi o pastor Gabriel que por ali andava a pastorear o gado dos pais que ouviu os gemidos da pobre ovelhinha e foi em seu socorro. Amarrando uma corda num dos cedros que ladeavam o Caldeirão, desceu por lá abaixo, pegou na ovelhinha, trouxe-a nos braços, colocou-a sobre ramos secos e tratou-a com muito cuidado e desvelo. A pobrezinha melhorou, embora ficasse sempre a mancar de uma das suas perninhas.

Conta ainda a estória, que a tia Joana nunca soube do que sucedera à sua ovelhinha, pois falecera no dia seguinte. Foi o pastor Gabriel que ficou com ela, mas por pouco tempo, pois a pobre ovelhinha ter-se-á perdido definitivamente naqueles descampados, no meio das ovelhas e dos carneiros bravos e nunca mais o pastor Gabriel a encontrou.

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publicado por picodavigia2 às 00:08

O LÁPIS

Domingo, 28.05.17

Quem começou primeiro foi a Esferográfica que, juntamente com os seus amiguinhos lápis de cor escreveram um belo texto com desenhos que depois coloriram.

“Era uma vez um país onde todos os meninos eram felizes. Não havia guerra, nem fome e todos os pais amavam os seus filhos. As árvores estavam sempre cheias de frutos e nos rios corria água muito limpinha. Os homens que governavam o país eram muito bondosos e ajudavam todos.”

Muitos outros lápis e esferográficas escreveram belos textos mas como não conseguiam escolher o mais bonito e melhor colorido foram chamar o Porta-lápis para decidir.

 

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publicado por picodavigia2 às 00:05

O TRANGALOMANGO

Sexta-feira, 17.06.16

Era uma vez doze moças, jovens, belas e puras que nem açucenas. Eram todas muito amigas umas das outras, conviviam diariamente, passeavam aos fins-de-semana e no verão iam juntas para a praia, refrescar-se e bronzear-se.

Certo dia, sem que ninguém soubesse porquê ou talvez porque alguém lhes atribuísse algum feitiço, foram todas acometidas de uma grave, rara e desconhecida doença, o trangalomango. As moças trataram-se todas da mesma maneira e com os mesmos meios, mas uma delas morreu com aquela terrível doença, escapando apenas onze. Apesar de ficarem muito tristes com a morte da amiga as onze que escaparam continuaram muito unidas e muito amigas, passeando e divertindo-se juntas

Certo dia as onze foram juntas para a praia, mas como estava frio decidiram que apenas haviam de molhar os pés na beirinha da água. Passados alguns dias voltaram a ser todas acometidas do trangalomango e uma delas morreu, ficando apenas dez.

As dez que ficaram continuaram amigas e unidas, mas certo dia foram todas trabalhar para um campo, ajudando o pai de uma delas na lavoura. Todas cavaram, limparam as ervas e semearam o milho. Estranhamente, passados alguns dias voltou a dar o trangalomango em todas elas, morrendo, novamente, mais uma. Ficaram apenas nove.

Embora um pouco tristes e preocupas, as nove que ficaram continuaram amigas. Certo dia em que a mãe de uma delas estava doente, foram todas ajudar a amiga a amassar e a cozer o pão. Não se passaram muitos dias e voltam a ser acometidas todas com o maldito trangalomango. Morreu mais uma e escaparam as restantes oito.

Não desanimaram estas oito, continuando amigas. Certo dia em que estava muito frio, as oito resolveram dar um passeio. Para se precaver do frio decidiram todas que haviam de levar um barrete na cabeça. Não demorou muito tempo e o maldito trangalomango acometeu-as de novo. Infelizmente morreu mais uma e ficaram apenas sete.

Aproximava-se o Ano Novo. Nesse dia, nos anos anteriores iam todas juntar cantar pelas portas, recebendo algumas pequenas moedas que depois dividiam por todas. Apesar de já serem só sete resolveram nesse dia ir cantar os Anos Bons, pelas casas da freguesia onde viviam. Passados alguns dias as sete voltaram a ser acometidas do trangalomango, morrendo mais uma delas. As seis sobreviventes começaram, então, a ficar muito preocupadas pois metade do grupo já havia morrido com aquela terrível e estranha doença. Apesar de tudo as seis que ficaram continuaram muito amigas mas decidiram que haviam de ficar todas fechadas em casa, tentando evitar a morte de mais alguma. Ficaram pois durante uma tarde fechadas em casa de uma delas mas passados uns dias voltaram a ser vítimas do trangalomango, morrendo mais uma, ficando apenas cinco.

Cada vez mais tristes e desconsoladas começaram a ficar muito fracas. Certo dia, cheias de fome e de fraqueza as cinco sobreviventes juntaram para um jantar em que a ementa era arroz com frango. Poucos dias se passaram e voltou a dar nas cinco o trangalomango. Novamente morreu uma delas, ficando o grupo reduzido a quatro.

Mas não desanimaram as quatro e resolveram voltar à praia sendo de novo e dias de pois acometidas do trangalomango. Morreu mais uma e ficaram apenas três mas, mesmo assim, as três ainda se juntaram e, certo dia, encheram-se de coragem e foram dar um passeio pelas ruas da freguesia. Deu-lhes, novamente, o trangalomango. Morreu uma e ficaram, apenas duas, só duas.

Corajosas as duas amigas sobreviventes ainda decidiram ir apanhar garranchos de lenha para a mãe de uma delas acender o lume. Mas dias depois, deu-lhes, novamente, o famigerado trangalomango. Morreu uma ficou a outra.

Triste, desconsolada e sozinha, cuidando que se ficasse na sua freguesia teria destino semelhante ao das amigas, a moça sobrevivente do grupo decidiu emigrar para a América. Mas não conseguiu embarcar porque alguns dias antes deu-lhe o trangalomango e morreu.

E assim morreram as doze moças, jovens, belas e puras que nem açucenas e que muito amigas umas das outras, conviviam diariamente, passeavam aos fins-de-semana e no verão iam juntas para a praia, refrescar-se e bronzear-se, todas elas vítimas do malfadado trangalomango.

 

Inspirado numa cantilena popular.

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CACHINHOS DOURADOS E OS TRÊS URSOS

Quarta-feira, 01.06.16

Era uma vez, uma família de ursinhos; o Pai Urso, a Mãe Urso e o Pequeno Urso, que moravam numa bela casinha, bem no meio da floresta.

O Papá Urso, o maior dos três, era também o mais forte, muito corajoso e tinha uma voz bem grossa. A Mamã Urso era um pouco menor, era gentil e delicada e tinha uma voz meiga. O Pequeno Ursinho era o mais pequenino, muito curioso e sua voz era fininha.

Certa manhã, ao levantarem-se, a Mamã Urso resolveu fazer umas deliciosas papinhas, como era seu costume. Sentaram-se à mesa para comer as papas mas elas estavam muito quentes. Assim, a mamã Urso propôs que fossem dar um passeio juntos pela floresta, enquanto as papas arrefeciam para que as pudessem comer, depois de voltar para casa.

Assim fizeram. A mamã Urso deitou as papas nas suas tigelinhas, que focaram em cima da mesa a arrefecer e os três ursos lá foram passear para a floresta.

Enquanto eles estavam a passear na floresta, apareceu por ali uma menina muito bonita, mas um pouquinho atrevida de cabelos loiros de tal maneira encaracolados que pareciam pequeninos cachos de uva amarelados e por isso lhe chamavam Cachinhos Dourados. Ela morava do outro lado da floresta, numa pequenina aldeia mas tinha o mau hábito de sair de casa sem avisar os seus pais.

Quando se aproximou da casinha dos ursos, já muito cansada de tanto andar, resolveu bater à porta. Bateu, bateu, mas ninguém respondeu. Mas ao perceber que a porta estava apenas encostada, resolveu entrar. Entrou e ficou muito admirada pois viu uma mesa coberta com uma bela toalha xadrez e em cima da mesa havia três tigelinhas de papas. Como estava cheiinha de fome, e não viu ninguém na casa, resolveu provar as papas. Provou as papas da tigela maior, mas achou-as muito quentes. Provou as da tigela do meio e achou-as muito frias. Provou as papas da tigelinha mais pequenina e achou-as deliciosas, por isso não resistiu e comeu-as todas, num abrir e fechar de olhos.

Depois de comer as papas, Cachinhos Dourados foi em direcção à sala. Entrou e viu lá três cadeiras. Como estava muito cansada, resolveu sentar-se. Mas achou a primeira cadeira muito grande, por isso levantou-se e foi sentar-se na cadeira do meio, mas também a achou muito desconfortável e ainda grande demais. Sentou-se, então na cadeirinha mais pequena e achou-a muito confortável e com o tamanho adequado ao seu corpo. Porém, sentou-se tão desajeitadamente que a quebrou.

Como ainda se sentia cansada, Cachinhos Dourados resolveu subir as escadas e encontrou um quarto com três caminhas, uma grande, uma média e uma pequenina.
Tentou deitar-se na cama maior, mas achou-a muito dura. Deitou-se na do meio e achou-a macia demais. Deitou-se na mais pequenina e achou-a muito boa. Estava tão cansada que acabou por adormecer.

Enquanto ela dormia, os ursinhos voltaram do seu passeio. Foram logo à cozinha para comer as papas, que era o seu pequeno-almoço. Estranharam a porta aberta, e logo perceberam que alguém havia entrado em sua casa:

- Alguém mexeu nas minhas papas! - Rosnou o Papai Urso.

- Alguém comeu um bocadinho das minhas papas! – Disse a Mamã Urso, muito zangada.

- Alguém comeu a minha tigelinha de papas! – Gritou o Pequeno Urso.

Os três ursos, muito admirados e espantados dirigiram para a sala. Papá Urso olhou para sua cadeira e exclamou:

- Alguém se sentou na minha cadeira!

Mamã Urso, com sua voz, já não tão meiga, reclamou:

- Alguém também se sentou na minha cadeira!

O Pequeno Urso, chorando, queixou-se:

- Alguém quebrou a minha cadeirinha!

Os três subiram as escadas, e foram em direcção ao quarto de dormir. Papá Urso olhou para sua cama e perguntou:

- Quem se deitou na minha cama?

Mamã Urso olhou para sua cama e disse:

- Alguém esteve deitado na minha cama e deixou-a por fazer!

O Pequeno Urso, muito bravo, gritou:

- Está alguém deitado na minha caminha!

Com o barulho Cachinhos Dourados acordou. Quando viu os ursos muito zangados olhando para ela ficou tão assustada que deu um pulo e saiu da cama. Pôs-se a correr com quanta força tinha pelas escadas abaixo. Num instante deu um pulo e saiu pela janela, correndo em direcção à sua casa, que ficava para lá da floresta.

E Cachinhos Doirados aprendeu uma lição. Depois desse enorme susto nunca mais fugiu de casa sem avisar os pais e muito menos entrou em casa alguém sem bater à porta e pedir licença ou sem ser convidada.

NB – Adaptação, para o dia mundial da criança, de um conto com o mesmo título.

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publicado por picodavigia2 às 00:05

UMA BATATA MUITO GRANDE

Sexta-feira, 20.05.16

Era uma vez um velhinho e uma velhinha que viviam numa casinha humilde e pobre, que tinha, ao lado, uma pequenina horta.

Numa bela manhã de março, o velhinho acordou muito bem disposto. Sentou-se na cama, esfregou os olhos, levantou-se, abriu a janela, apreciou um sol muito soalheiro e disse à velhinha:

- Está na altura de semearmos as nossas batatas e o tempo hoje está muito bom.

 Então, o velhinho e a velhinha foram para a horta, cavaram a terra, arrancaram as mondas, abriram regos e semearam as batatas colocando-as, depois de as cortar ao meio, muito direitinhas no fundo dos regos. Depois cobriram-nas muito bem com terra, alisaram o chão e, muito cansadinhos, voltaram para casa para descansar.

Naquela noite choveu muito e o velhinho e a velhinha ficaram muito contentes pois sabiam que aquela chuva havia de ajudar as suas batatas a nascerem. Por isso adormeceram muito felizes, ouvindo a chuva a cair lá fora.

No dia seguinte veio um sol muito quentinho e acariciador. O velhinho e a velhinha ainda ficaram mais contentes pois sabiam que, depois da chuva da noite, aquele sol benfazejo havia de ajudar ainda mais as suas as batatas, não apenas a nascerem mas também a crescerem, a tornarem-se muito, muito grandes. Seguiram-se muitas outras noites de chuva e muitos outros dias de sol e as batatas nasceram, cresceram com uma rama muito verdinha e com muitas flores brancas, amarelas e roxas.

Numa bela manhã de julho, o velhinho sentou-se na cama, abriu a janela, viu um sol muito acolhedor e disse à velhinha

 - Ó mulher, está na altura apanhar as nossas batatas.

A velhinha concordou mas disse-lhe que naquele dia não podia ir com ele para a horta pois tinha que tratar dos animais, por isso, o velhinho dirigiu-se sozinho para a horta.

Ao chegar lá ficou muito contente pois as batatas estavam prontas para serem apanhadas. Reparando melhor viu num canto da horta uma batata enorme, uma batata muito, muito grande. Era uma batata gigante. O velhinho decidiu então que havia de apanhar primeiro aquela batata e levá-la para casa para a velhinha fazer com ela uma bela sopa para a ceia.

O velhinho aproximou-se, agarrou-se à batata e puxou, puxou, puxou mas a batata era muito grande e, por isso nem se mexeu. Preocupado o velhinho coçou a cabeça e disse baixinho:

- Como é que eu vou arrancar esta batata? Sozinho não consigo. Tenho que ir chamar a velhinha para ela me ajudar.

O velhinho foi à procura da velhinha. A velhinha veio, agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Não conseguimos arrancar esta batata. – Disse a velhinha. – Olha vou chamar o porco para nos ajudar. Ele é muito forte. Com a sua ajuda vamos conseguir arrancar a batata

A velhinha foi à procura do porco. O porco veio, agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Não conseguimos arrancar esta batata. – Disse o porco. – Vou chamar a vaca para nos ajudar. Ela é muito forte puxa carros e corsões. Com a sua ajuda, de certeza que vamos conseguir arrancar a batata

O porco foi à procura da vaca. A vaca veio, agarrou-se ao porco, o porco agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Não conseguimos arrancar esta batata. – Disse a vaca. – Vou chamar o cavalo para nos ajudar. Ele é muito forte, transporta grandes cargas. Com a sua ajuda vamos conseguir arrancar a batata

A vaca foi à procura do cavalo. O cavalo veio, agarrou-se à vaca, a vaca agarrou-se ao porco, o porco agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Não conseguimos arrancar esta batata. – Disse o cavalo. – Vou chamar o cão para nos ajudar. Ele também é muito forte, faz grandes corridas e ajuda os mais fracos. Com a sua ajuda vamos conseguir arrancar a batata.

O cavalo foi à procura do cão. O cão veio, agarrou-se ao cavalo, o cavalo agarrou-se à vaca, a vaca agarrou-se ao porco, o porco agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Não conseguimos arrancar esta batata. – Disse o cão. – Vou chamar o gato para nos ajudar. Ele também é forte. Com a sua ajuda vamos conseguir arrancar a batata.

O cão foi à procura do gato. O gato veio, agarrou-se ao cão, o cão agarrou-se ao cavalo, o cavalo agarrou-se à vaca, a vaca agarrou-se ao porco, o porco agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Não conseguimos arrancar esta batata. – Disse o gato. – Vou chamar o rato para nos ajudar. Ele também é forte. Com a sua ajuda vamos conseguir arrancar a batata.

O gato foi à procura do rato. O rato veio, agarrou-se ao gato, o gato agarrou-se ao cão, o cão agarrou-se ao cavalo, o cavalo agarrou-se à vaca, a vaca agarrou-se ao porco, o porco agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Não conseguimos arrancar esta batata. – Disse o rato. – Eu conheço uma cadelinha chamada Kika, Vou chamar a Kika para nos ajudar. Ela também é forte. Com a sua ajuda vamos conseguir arrancar a batata.

O rato foi à procura da Kika. A Kika veio, agarrou-se ao rato, o rato agarrou-se ao gato, o gato agarrou-se ao cão, o cão agarrou-se ao cavalo, o cavalo agarrou-se à vaca, a vaca agarrou-se ao porco, o porco agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram. Mas a batata, nada. Nem se mexeu.

- Estamos perdidos! Nem com a ajuda de todos estes amigos conseguimos arrancar esta batata. – Disse o velhinho muito desanimado – Esta batata é tão grande, tão grande que nem com a ajuda destes animais todos a conseguimos arrancar.

- Ela é tão grande, tão grande… - Disseram os animais em coro.

Vamos conseguir, - disse a velhinha. - Eu conheço um menino chamado Gonçalo que mora ali, perto da nossa casinha. Ele é muito valente, muito bom e muito amigo de ajudar os outros. Vou chamar o Gonçalo para nos ajudar. Com a sua ajuda vamos com certeza conseguir arrancar a batata.

A velhinha foi chamar o Gonçalo. O Gonçalo, muito contente, veio a correr e agarrou-se à Kika, a Kika agarrou-se ao rato, o rato agarrou-se ao gato, o gato agarrou-se ao cão, o cão agarrou-se ao cavalo, o cavalo agarrou-se à vaca, a vaca agarrou-se ao porco, o porco agarrou-se à velhinha, a velhinha agarrou-se ao velhinho, o velhinho agarrou-se à batata e puxaram, puxaram, puxaram, puxaram tanto e com tanta força que arrancaram a batata que saiu da terra e todos caíram para trás. A Kika caiu por cima do Gonçalo, o rato caiu por cima da Kika, o gato caiu por cima do rato, o cão caiu por cima do gato, o cavalo caiu por cima do cão, a vaca caiu por cima do cavalo, o porco caiu por cima da vaca, a velhinha caiu por cima do porco, o velhinho caiu por cima da velhinha Todos caíram no chão e mas a batata muito grande veio para fora.

Naquela noite, a velhinha que era um boa cozinheira fez uma enorme panela de sopa com a bata e juntou muitas couves e muitas cebolas que apanhou na horta

Todos comeram até se fartarem e quem mais comeu foi o Gonçalo.

 

Inspirado no Conto O Nabo Gigante de Alexis Tolstoi

 

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publicado por picodavigia2 às 00:05

O ASTRONAUTA E OS MUGOS

Sexta-feira, 26.02.16

Depois de uma longa viagem pelo espaço, o astronauta chegou a Júpiter, saiu do foguetão e começou a descobrir aquele local que era tão diferente do seu planeta. Lá até parecia que conseguia voar.

Enquanto descobria aquele local, encontrou um ser espacial que, ao vê-lo, dicidiu ir apresentá-lo aos reis de Júpiter. Durante a apresentação, o rei e a rainha ficaram tão admirados com aquele ser que o convidaram para se juntar à sua tribo.

O astronauta depois de algum tempo a pensar decidiu aceitar o pedido e ficar a viver na tribo para ajudar os mugos. Assim se chamavam os habitantes daquele planeta.

A tribo dos mugos lutava contra a tribo do maus, uns estrarerrestres que queriam acabar com todos os seres do espaço.

Então o astronauta juntou-se aos mugos a fim de protegê-los.

Desde esse dia que os mugos vivem em paz.

 

João Fagundes, aluno do 2º ano

 

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O PIQUENIQUE

Sexta-feira, 29.01.16

A Rita, depois de sair da escola, chegou a casa um bocadinho triste. Alguns colegas e amiguinhos da sua salinha, desde há alguns dias, levavam brinquedos para as aulas para os partilhar uns com os outros mas nem sempre se entendiam da melhor forma.

- “Que posso fazer para também poder partilhar alguma coisa com eles mas de maneira que todos fiquem felizes e contentes?” – Pensava ela.

De repente teve uma ideia.

- “Já sei! Se eu lhes fizesse uma surpresa? Talvez um piquenique!”

Muito contente, foi, de imediato, ter com os pais que estavam na cozinha a preparar o jantar:

- Papá, mamã! Tenho uma ideia. Posso partilhá-la convosco?

Os pais, de imediato, interromperam as suas tarefas e aproximaram-se dela.

- Sim, sim Rita. Explica-nos qual é a tua ideia?

Um bocadinho tímida, a Rita explicou aos pais o seu plano. Queria fazer uma surpresa aos seus amiguinhos, partilhando com eles aquilo de que mais gostavam. Para isso ia fazer-lhes uma grande surpresa. Um piquenique.

Os pais, embora um pouco admirados, concordaram. Mas para isso era preciso que a Rita lhes dissesse quais as comidas e guloseimas de que os seus amigos mais gostavam, a fim de irem com ela ao supermercado comprá-las.

A Rita cada vez mais animada, enquanto os pais escreviam num papelinho, foi explicando:

- A Sofia gosta de bolachas, a Carla de chocolates kinder, a Mariana de suspiros, o João de Manhanzitos, o Pedro de pão com manteiga, a Andreia de queijo...

Num instante os pais, com a ajuda da Rita, fizeram a lista de tudo o que ela levaria para o piquenique a fim de partilhar com os seus amigos. Antes de jantar ainda tiveram tempo para ir ao supermercado.

No regresso passaram por casa dos avós e foram visitá-los. Nessa tarde, a avó tinha chegado dos Açores e trouxera um saboroso Queijinho do Pico que ofereceu à Rita. Ela ficou muito contente e decidiu que também o havia de partilhar com os seus amigos.

Depois do jantar a Rita, antes de se deitar, ainda ajudou a mãe a preparar e a arrumar tudo dentro de um saco para, na manhã seguinte, levar para a escola. O pai ainda lhe lembrou:

- Rita, não te esqueças de, quando terminar o piquenique, pedires aos teus amigos para te ajudarem a arrumar e limpar tudo a fim de não deixarem lixo no local.

A Rita concordou e, logo depois, adormeceu muito feliz e contente.

No dia seguinte chegou à escola e…

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O PATINHO FEIO

Terça-feira, 29.12.15

Era uma vez uma patinha que teve quatro patinhos muito lindos, porém quando nasceu o último, a patinha exclamou espantada:

- Meu Deus, que patinho tão feio!

Quando a mãe pata nadava com os filhos, todos os animais da quinta olhavam para eles e, reparando naquele patinho estranho, diziam:

- Que pato tão grande e tão feio!

Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe:

- Vai-te embora porque é por tua causa que toda a gente está a olhar e a fazer pouco de nós!

E assim o pobre patino ficou conhecido por todos como o Patinho Feio.

Muito triste e acabrunhado, certo dia, o pobre Patinho Feio afastou-se tanto, tanto que foi ter à outra margem do ribeiro. De repente, ouviram-se uns tiros. O Patinho Feio observou, então, como um bando de gansos se lançava em voo fugindo dos tiros. O cão dos caçadores vendo-o, ali sozinho, começou a persegui-lo furiosamente.

Muito a custo, o Patinho Feio conseguiu escapar do cão mas ficou muito atrapalhado pois estava ali, sozinho e não tinha para onde ir. Decidiu ficar por ali. Finalmente o inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para o pobre e abandonado patinho cheios de pena.

- Onde é que irá o Patinho Feio com este frio? – Perguntavam entre si.

Não parava de nevar. Para afastar o frio, o Patinho Feio escondeu-se debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com um cãozinho o encontrou.

- Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho!

Cheia de pena, a velhinha pegou no patinho, aqueceu-o no seu regaço e trouxe-o para casa.

Em casa, todos trataram muito bem do patinho, tornando-se grandes amigos dele. Todos, menos um gatinho cheio de ciúmes, que pensava: "Desde que este patusco cá está, ninguém mais me ligou".

Voltou a primavera. A velha cansou-se do patinho, porque não servia para nada: não punha ovos e além disso comia muito, porque estava a ficar muito grande.

Foi o gato que o expulsou:

- Vai-te embora! Não serves para nada!

A nadar o Patinho Feio, agora já muito grande e forte, chegou a um lago em que passeavam dois belos cisnes que olhavam para ele. O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia esconder a cabeça entre as asas quando, ao ver-se reflectido na água, viu, descobriu que um belo cisne cuja imagem se refletia na água não era outro senão ele próprio.

Os cisnes desataram a voar e o Patinho Feio voou atrás deles.

Quando passou por cima da sua antiga quinta, os patinhos, seus irmãos, olharam para eles e exclamaram:

- Que cisnes tão lindos! E aquele, o último, é o mais bonito!

 

(Aos meus netos.)

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CHARLIE E A FÁBRICA DOS DOCES

Domingo, 19.07.15

A Academia de Dança do Vale do Sousa apresentou ontem, 18 de Julho, no Auditório do Europarque, na Vila da Feira, um deslumbrante e mágico espetáculo de ballet, intitulado “Charlie e a Fábrica dos Doces”. Trata-se de uma excelente adaptação do filme “Charlie and the Chocolate Factory”, com letra de Ana Queirós e encenação de Ana Quelhas, em que participaram cerca de duzentos bailarinos e bailarinas pertencentes aquela escola de dança duriense, num maravilhoso e encantador espetáculo de som, cor, música, movimento e magia, fortemente aplaudido pelo numeroso público que, literalmente encheu o auditório. A música é da autoria de Artur Guimarães, Diogo Santos Silva e Rodolfo Cardoso. Por sua vez, a coreografia foi da responsabilidade de uma equipa constituída por Andrea Galpo, Ana Sofia Rodrigues, Bárbara Teixeira, Bianca Tavares, Catarina Pacheco, Cláudia Regado, Liana Oliveira, Joana Quelhas e Mafalda Deville.

Assim como no filme, o protagonista Charlie Bucket (Bernardo Costa) é um garoto pobre, que vive com a mãe, a Senhora Bucket (Margarida Garcês) numa pequena e pobre casa. Como a maioria das crianças Charlie adora chocolates, mas que a mãe, por ser muito pobre, não lhe pode oferecer, apesar de perto do seu casebre existir uma enorme e enigmática fábrica de maravilhosos e saborosíssimos doces, pertencente ao senhor Willy Wonka (Beatriz Maltez). A fábrica, no entanto, fechou, mas passados alguns anos reabriu e Willy Wonka lança uma estranha promoção: em cinco das inúmeras barras de chocolate que a fábrica produziu, colocou cinco convites dourados, que davam a quem os achasse o direito de passar um dia visitando a fábrica e naturalmente apreciando os variados doces que produz. Charlie tenta adquirir uma dessas barras, mas não tem nem dinheiro nem forma de encontrar nenhum dos convites. Além disso os chocolates com os convites estavam espalhados um por cada um dos cinco continentes do globo.

Mas há quem descubra os convites. O primeiro é encontrado por uma criança, Augustus Gloop (Tomás Ruão), o segundo por Veruca Salt, (Ádila Magalhães), o terceiro por Violet Beauregarde (Ana Margarida Menezes) e o quarto por Mike Teavee (José Pedro Costa).

O último convite foi achado por uma mulher da Rússia, mas descobriu-se que, afinal, era falso, precisamente no momento em que Charlie o encontra, conseguindo, assim, o tão almejado direito de visitar a fábrica, o que acontecerá na segunda parte do espetáculo.

Na Fábrica dos Doces, Charlie aprecia o fabrico de uma enorme e variada coleção de doces, representados em sublimes e mélicos bailados, todos eles executados pelos vários grupos de bailarinos e bailarinas das diversas classes que constituem a academia. Entre estes doces destacou-se, de modo muito especial e emotivo, o “Algodão Doce”, divinalmente apresentado pelas pequeninas bailarinas da classe Pré-Escola, em que está integrada a debutante bailarina Graziela Fagundes.

Como conclusão, Charlie Bucket mostra-nos que tudo é possível, levando-nos a conhecer um mundo de doces e guloseimas, sorrisos e perigos medos e conquistas… (Cf. Guião)

 

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DIA DA CRIANÇA

Segunda-feira, 01.06.15

A nossa formação humana e intelectual faz-se através duma longa mas aliciante caminhada. No entanto, este percurso realiza-se através de etapas que, à medida que vão avançando, se vão tornando mais exigentes, mais trabalhosas e até recheadas de maiores dificuldades. Compete a cada um, com ajuda, sobretudo dos pais e dos professores, ultrapassá-las da melhor forma e com o melhor aproveitamento.

Terminaste, este ano, com sucesso e excelência, a primeira dessas etapas. Por isso estás de parabéns. Mas o teu percurso não termina aqui. Entrarás, em breve, numa segunda etapa que, embora sendo mais curta, pois durará apenas dois anos, será, por certo, mais exigente, mais rigorosa e mais árdua pelo que exigirá ainda mais esforço e algum sacrifício da tua parte. Para além de novos conteúdos, terás novas disciplinas, novos professores, novos colegas e até uma nova escola. Todos exigirão de ti muita dedicação, muita entrega, muito estudo e, talvez, alguns sacrifícios. Mas prossegue confiante porque tudo de bom te vai acontecer. Com determinação e estorço percorrerás com sucesso o teu caminho. Conquistarás tudo o que desejas e sonhas. É provável que encontres dificuldades e problemas. Não desistas. Aproveita umas e outros como degraus a serem ultrapassados. Luta, sempre que encontres adversidades. Acredita e confia nas tuas capacidades que são muitas. Na nossa vida tudo depende do nosso esforço, aliado à persistência e à tenacidade, a fim de conseguirmos o melhor, o excelente. Não consideres os estudos como uma obrigação, mas sim como uma oportunidade invejável para aprenderes a conhecer mais, para te formares e enriqueceres. Se acreditares em ti própria, por certo que todos os outros confiarão e também acreditarão em ti. É dentro de ti que se encontra a força e a energia capazes de te ajudarem a concluir com sucesso todo o teu percurso de formação humana, cultural e científica. Como disse um poeta "O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos." Conserva, pois, os olhos fixos num ideal e luta, sem hesitação, pelo que desejas. Só os fracos desistem e só quem se esforça é capaz de vencer com sucesso. Não te esqueças, no entanto, que para ultrapassar com eficácia esta nova etapa do teu percurso escolar, para além dos teus pais e professores, poderás contar com o carinho, com a amizade e com a ajuda dos teus avós.

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publicado por picodavigia2 às 16:24

NUNCA DESISTIR

Quarta-feira, 18.02.15

 

Aos meus netos

 

Era uma vez um menino que passeava num bosque, olhando as árvores e admirando a natureza. A determinada altura parou e viu algo que o deixou maravilhado. Era uma bela e apetitosa fruta bem lá no cimo de uma árvore. Mas não era uma fruta comum, era a fruta mais brilhante e mais bonita que já alguma vez vira. Muito admirado disse para consigo:

- Tenho que apanhar aquela fruta. Não me parece nada difícil. É só subir a árvore.

E com firmeza, começou a escalar a árvore.

Quando já estava quase a meio da subida, um ramo da árvore quebrou-se e ele caiu. Então ele disse:

- Não prestei atenção... Agora, desta vez, vou subir com mais cuidado!

Decidido, resolveu subir outra vez. Nesse momento, começou a cair uma chuva muito forte seguida de trovões. De repente fez um grande relâmpago, e um raio muito brilhante caiu muito perto dele. Apanhou um grande susto e voltou a escorregar e a cair da árvore abaixo. Depois de passar o susto, disse:

- Afinal não é fácil apanhar aquela fruta Mas, como ela me parece deliciosa, e a chuva já passou, vou tentar apanhá-la, de novo. E mais uma vez começou a subir a árvore.

Quando já tinha subido um bom pedaço, o vento começou a soprar muito forte, impedindo-o de continuar a subir. Escorregou de novo e caiu no chão, mas, mesmo assim não desistiu:

- Acho melhor subir com uma corda.

Fez um laço numa corda, atirou-a ao ar e o laço prendeu-se num dos ramos da árvore. Preso à corda, tentou nova subida. Mas a meio da subida, a corda rebentou e ele caiu uma vez mais.

Parou então e pensou um pouco:

- Até parece que aquela fruta é mágica e não quer que eu a apanhe e a coma! Mas agora farei diferente. Vou construir uma escada, e subo por ela acima. E assim fez. Com ramos secos e fios de espadana construiu uma escada. Depois de terminar, encostou a escada à árvore e subiu. Sorrindo disse:

- Com a escada tudo parece mais fácil. Acho que dessa vez consigo. Lá vou eu...

E assim conseguiu apanhar a fruta que tanto desejava comer.

Muito contente, com a fruta na mão, exclamou:

- Valeu a pena o trabalho que tive.

E assim aquele menino percebeu que só com muito trabalho e esforço conseguimos o que desejamos.

 

NB-Baseado num conto brasileiro.

 

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publicado por picodavigia2 às 09:43

NATAL

Quarta-feira, 10.12.14

O Inverno é frio,

Frio com muita neve.

Neve branca,

Branca é uma parte da roupa do Pai Natal.

Pai Natal traz presentes,

Presentes ficam no dia de Natal ao lado do presépio,

Presépio traz Jesus.

Jesus nasce no dia 25,

25 é dia de Natal!!!!

 

Por Catarina Fagundes

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publicado por picodavigia2 às 22:12

INOCÊNCIA

Quarta-feira, 10.09.14

Uma menina todos os dias, vai para escola. Apesar do mau tempo daquela manhã e de haver muitas nuvens ela fez seu caminho diário. Com o passar do tempo, a tempestade aumentou e começaram relâmpagos e trovões.

A mãe pensou que sua filha poderia ter muito medo pois ela mesma já estava assustada com os raios e trovões. Preocupada, a mãe pegou no carro e dirigiu pelo caminho em direcção à escola.

Logo que avistou sua filhinha viu-a andando e a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria!

Outro e outro trovão e, após cada um, ela parava, olhava para cima e sorria!

Finalmente, a menina entrou no carro e a mãe, curiosa, perguntou-lhe:

- Porque estavas a olhar para o céu e a sorrir, sempre que fazia um relâmpago?

A garota respondeu:

- Porque Deus estava a tirar-me fotografias.

Deixemos que toda inocência floresça nos nossos corações para podermos ver a bela e real felicidade que está nos momentos de simplicidade...

 

Adaptado de um conto brasileiro

 

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publicado por picodavigia2 às 16:47

PERSISTÊNCIA

Sexta-feira, 29.08.14

Era uma vez um menino que passeava sozinho num o bosque, olhando as árvores e admirando as maravilhas da natureza. Estava um lindo. O Sol brilhava com uma luz acariciadora, os pássaros cantavam alegremente, as árvores estavam carregadas de frutos e até as ervas que atapetavam o chão tinham um perfume maravilhoso.

Continuando o seu passeio, a certa altura o menino parou, maravilhado. À sua frente uma bela e frondosa árvore, carregadinha de belos frutos que o menino nunca vira. Reparando melhor, percebeu que não eram frutos como os demais. Eram frutos brilhantes, muito bonitos e apetitosos, como ele já mais havia visto. Parando junto da árvore disse para consigo:

- Tenho que apanhar estes belos frutos. Não me parece nada difícil, é só subir a árvore…

Se bem o pensou melhor o fez e, com firmeza, começou a subir a estranha árvore. Quando já ia quase a meio,  partiu-se um ramo da árvore e o menino caiu:

Então ele disse:

- Distraí-me. Não tive cuidado. Vou tentar subir, outra vez, com mais cuidado! – E decidido, resolveu subir outra vez.

Nessa altura, porém, sem que ninguém esperasse, começou a chover torrencialmente e a trovejar. De repente, fez um grande relâmpago e um raio muito brilhante caiu ali perto. Cheio de medo, o menino foi abrigar-se na aba duma parede.

Passado algum tempo e como a tempestade aliviasse, o menino encheu-se de coragem e decidiu, novamente, subir a árvore para apanhar, pelo menos um daqueles belos e estranhos frutos. Mas não conseguiu, pois, logo ao iniciar a subida, como o tronco da árvore estava muito molhado, escorregou e caiu. Mas, mais uma vez, não desanimou. Caminhou um pouco até encontrar uma enorme vara com a qual conseguiria baixar os ramos da árvore e apanhar um fruto. Mas ao erguê-la para puxar um ramo, a vara partiu-se, não conseguindo apanhar nenhum fruto.

- Ora essa! Até parece que a fruta desta árvore é mágica e não quer que eu a apanhe! E se eu construísse uma escada… Talvez conseguisse…

O menino procurou dois enormes paus e colocou-os no chão, ao lado um do outro. De seguida procurou alguns ramos que foi partindo de maneira que ficassem do mesmo tamanho e procurou folhas de espadana com as quais os amarrou muito bem em ambos os paus, Com muito esforço e sacrifício construiu uma escada que encostou à árvore. Subindo-a conseguiu, facilmente, chegar ao alto e apanhar os frutos.

Foi assim que aquele menino percebeu que nunca se deve desistir de tentar conseguir o que queremos, por mais dificuldades que nos surjam. Com persistência e também com trabalho é possível vencer todas as dificuldades que se atravessam no nosso caminho.

Vitorioso, o menino decidiu trazer os frutos e oferecê-los à mãe;

- Só ela merece esta bela fruta, que com tanto esforço consegui apanhar.

 

(Adaptado de um conto brasileiro)

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publicado por picodavigia2 às 09:51

OS TRÊS COELHINHOS ESPERTOS

Sexta-feira, 22.08.14

Num país imaginário viviam três coelhinhos que eram irmãos e se chamavam Pim, Pam e Pum. Era um país de fantasia, com florestas muito densas, e lindos riachos a correr pelos campos cheios de flores. Certo dia. o Pim disse aos irmãos:

-Não gostavam de dar um passeio pelo bosque? Era divertido!

A ideia foi logo aceite com entusiasmo por Pam e Pum, e lá foram os três coelhinhos, passeando pelo bosque, à procura de surpresas. Chegaram a um vale muito tranquilo, cheio de bonitas flores nas quais os irmãozinhos se entretiveram a comer gostosíssimos trevos. Ah!, mas nem tudo era paz naquela floresta. Nela se erguia o castelo do gigante Brutamontes, que precisava de comer, todos os dias, três vacas e várias dúzias de cordeiros. Precisamente naquela manhã, o gigante tinha saído, à procura de lenha e de alimentos, armado com a sua terrível espada e um grande saco às costas. E, de repente, parou admirado:

-Mas o que é que eu estou a ver ali?! – Disse o Brutamontes. -Três coelhos! Com certeza são forasteiros, porque, se não, não se explica que andem por aqui tão à vontade! Lá muita carne não se pode dizer que tenham, mas vão servir-me de aperitivo. Então, meus rapazes!

Quando ouviram aquele vozeirão, os três coelhinhos sobressaltaram-se e, quando olharam e viram aquele gingantão, quase iam desmaiando. Quiseram fugir, mas o Brutamontes já lhes tinha cortado a retirada, rindo às gargalhadas:

- Ho, ho, ho! Corram mas é para dentro deste saco, que tenho a panela à vossa espera.

E, com grande habilidade, pegou neles e enfiou-os naquele saco enorme.

- Ele quer devorar-nos! - Choramingava o Pim, apavorado.

- É um gigante enorme! - Declarou o Pam.

- Com certeza, engole-nos num instante, ai que desgraça!

- Não adianta nada a lamentarmo-nos - disse muito sensatamente o Pum. - O que temos que fazer é tentar rasgar o saco. Se o conseguirmos...

Mas todos os esforços que fizeram não deram nenhum resultado. Entretanto, tinham chegado ao castelo do gigante, que começou logo a preparar o lume, à frente dos três coelhinhos apavorados, que já o gigante pusera fora do saco para os meter na panela.

-Tive uma ideia! - Disse subitamente o Pum.

Contou-a, baixinho, aos irmãos. Imediatamente os três coelhinhos se aproximaram do gigante Brutamontes e, num momento em que o viram distraído, atiraram-lhe cinza aos olhos. Aquele bruto começou a rugir como uma fera, porque não conseguia ver nada.

- Malditos! Hei-de apanhar-vos, hei-de apanhar-vos, - gritava. Mas o Pim, o Pam e o Pum, enquanto ele ia berrando aquelas ameaças todas, corriam já, mais velozes que o vento, em direcção à floresta e, quando conseguiram chegar à sua toca repetiam, uns aos outros, ainda tremendo de emoção, a história da sua salvação.

E nunca mais foram passear para aqueles lados!

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publicado por picodavigia2 às 00:03

AVÔ

Sábado, 26.07.14

“Avô é pai com açúcar.”

Dito brasileiro

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publicado por picodavigia2 às 07:38

O NABO GIGANTE

Sexta-feira, 25.07.14

(TEXTO DE ANTÓNIO MOTA)

 

Numa aldeia, à beira de uma montanha, havia uma pequena casa coberta de musgo. Junto da casa havia uma horta.

Na horta havia uma laranjeira que dava laranjas muito doces, um limoeiro que dava limões muito grandes, uma cerejeira que dava cerejas brancas, três videiras que davam enormes cachos de uvas saborosas, uma capoeira que tinha galinhas, galos, perus, codornizes e patos.

Na horta havia também um tanque. Por cima do tanque, havia uma bica que deitava água sempre muito fresca durante todos os dias do ano.

Na casa viviam duas pessoas: um velho muito velhinho, magro e baixinho; e a sua mulher, alta, gorda e velhota.

O velho, muito velhinho, magro e baixinho, desde menino que sachava, semeava, regava, mondava, colhia e comia o que a terra dava. E também repartia com as galinhas, os galos, os perus, as codornizes e os patos que viviam na capoeira.

Um ano, quando os primeiros dias da Primavera trouxeram sol e calor, os pássaros começaram a voar sobre a terra à procura de raízes finas, penas, trapinhos e ervas secas. Coisas leves que levavam no bico para cima das árvores, para os buracos dos muros, para os telhados e para os beirais para aí construírem os ninhos. Caminhas fofas onde haviam de pôr e chocar os ovos para que outros passarinhos nascessem bem protegidos e agasalhados.

E o velho, muito velhinho, levantou-se muito cedo, tomou o pequeno-almoço e foi trabalhar para a horta. Encheu uma carreta com o estrume do galinheiro e levou-o para a horta. Com um ancinho espalhou o estrume sobre a terra e cavou-a com a sua enxada muito velha, muito pesada, muito usada.

Pôs a terra muito lisinha e, muito transpirado, tirou do bolso das calças um pacotinho de papel amarelo.

Dentro do pacotinho havia sementes de nabo que ele semeou no chão cultivado, delicadamente, com muitos vagares e muito amor. Depois cobriu as sementes com a terra e regou-as com água do tanque. E antes de se ir embora disse assim:

- Façam favor de crescer, está bem?

Os dias passaram muito devagar, os passarinhos nasceram nos ninhos e começaram a pedir comida aos pais que voavam todo o dia, muito atarefados.

O sol aquecia a terra e fazia desabrochar as folhas e as flores das árvores.

As sementes de nabo, bem estrumadas, bem regadas e bem mondadas transformaram-se em pequeníssimos rebentos verdes e, mais tarde, em plantas grandes, com enormes folhas.

Numa tarde, o velho, muito velhinho, descobriu que no seu nabal havia um nabo que crescia muito mais que os outros. Ficou curioso. Contou à mulher e todos os dias, mal acordava, corria para a horta ver o que tinha acontecido ao nabo. E ficava muito espantado: o nabo cada vez estava maior que os outros.

O nabo ia crescendo, crescendo e já não era duas vezes, nem três vezes, nem quatro vezes, nem cinco vezes, nem dez vezes maior. O nabo era gigante. Tinha a mesma altura do velho e continuava a crescer de hora a hora, de dia a dia.

Como o nabo já estava a incomodar as alfaces, os tomates, os pepinos, as abóboras e as couves que serviam para fazer caldo verde, a mulher do velho, muito velhinho, disse-lhe assim:

 – Marido, é preciso ir à horta arrancar o nabo gigante!

 – Boa ideia – disse o velho, muito velhinho. – Vou tirá-lo da terra imediatamente. Não demoro nada.

O velho, muito velhinho, foi para a horta, agarrou-se muito bem ao nabo gigante e puxou um bocadinho. Mas o nabo não se mexeu.

O velhinho puxou outra vez, mas com muita, muita, muita força. Mas o nabo não se mexeu.

O velhinho resolveu chamar a mulher para o vir ajudar.

A velhota veio, puxou o velhinho e o velhinho puxou o nabo. Fartaram-se de puxar  mas o nabo...

A velhota resolveu chamar uma menina, que vivia lá perto.

A menina puxou a velhota, a velhota puxou o velhinho e o velhinho puxou o nabo. Fartaram-se de puxar, mas o nabo...

A menina resolveu chamar o irmão que andava a brincar.

O rapaz puxou a menina, a menina puxou a velhota, a velhota puxou o velhinho e o velhinho puxou o nabo. Fartaram-se de puxar, mas o nabo...

O rapaz resolveu chamar o seu cão, que era grande, meigo e muito forte. O cão veio a correr para ajudar a tirar o nabo.

O cão puxou o rapaz, o rapaz puxou a menina, a menina puxou a velhota, a velhota puxou o velhinho e o velhinho puxou o nabo. Fartaram-se de puxar, mas o nabo...

O cão ladrou a um gato e o gato veio a correr para ajudar a tirar o nabo.

O gato puxou o cão,  cão puxou o rapaz, o rapaz puxou a menina, a menina puxou a velhota, a velhota puxou o velhinho e o velhinho puxou o nabo. Fartaram-se de puxar, mas o nabo...

Então o gato pôs-se a miar e apareceu um rato muito pequenino.

O rato puxou o gato, o gato puxou o cão,  cão puxou o rapaz, o rapaz puxou a menina, a menina puxou a velhota, a velhota puxou o velhinho e o velhinho puxou o nabo. Puseram-se a puxar, a puxar, a puxar...

O nabo saiu da terra com tanta velocidade que o gato caiu sobre o rato, o cão sobre o gato, o rapaz sobre o cão, a menina sobre o rapaz, a velhota sobre a menina, o velhinho sobre a velhota e o nabo ao lado de todos.

O nabo saiu da terra com tanta velocidade que o gato caiu sobre o rato, o cão sobre o gato, o rapaz sobre o cão, a menina sobre o rapaz, a velhota sobre a menina, o velhinho sobre a velhota e o nabo ao lado de todos.

A velhota, que era uma grande cozinheira, cortou o nabo em pedacinhos e fez um cozinhado muito apetitoso, muito saboroso. Mas o velhinho e a velhota não o comeram sozinhos.

Nessa noite tinham muitos convidados à mesa.

O rato, o gato, o cão, o rapaz, a menina, a velhota e o velhinho deliciaram-se a comer um fabuloso e gigantesco cozinhado de...

 

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publicado por picodavigia2 às 16:15

CRIANÇA

Domingo, 01.06.14

Que um dia,

todas as crianças

abram o livro da liberdade

passeiem no bosque da alegria,

comunguem a ternura dos olhares

e se balanceiem nas ondas da amizade.

 

Que um dia

todas as crianças

sorriam,

não tenham fome

nem frio,

nem dores.

nem tormentos.

 

Que esse dia

seja já amanhã.

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publicado por picodavigia2 às 00:19

HOJE

Domingo, 25.05.14

Mais uma manhã que nasceu, embora diferente. Mais um doce momento, a surgir no horizonte e a gerar uma felicidade sublime e transcendente. Mais uma onda gigante de inocência verdadeira a galvanizar-nos.

Foi-me dado o sumo prazer de me integrar nesta manhã de sublimidade. Parabéns à protagonista desta efeméride que, concretizando os seus sonhos, contagiou com um amor espontâneo e uma alegria sincera quem a acompanhou nesta manhã tão sublime, tão digna, a irradiar felicidade.

Que, a partir de agora, o sucesso seja o teu caminho e a felicidade farolize o teu viver. Que a alegria que hoje aspergiste fique para sempre contigo e te vivencie, para que a tua felicidade contagie ainda mais aqueles com quem partilhas o teu quotidiano.

Que lutes sempre pelos teus ideais e que este dia seja o primeiro de muitos outros tão felizes e tão alegres.

O esplendor da alegria espelhou-se no sucesso do convívio. Impôs-se a beleza, reinou a excelência.

Agora há caminhos com mil léguas de dificuldades a percorrer. Mas tudo será fácil se a bondade, a simplicidade, a honestidade e a amizade forem os baluartes do teu caminhar.

Segue, sempre, progredindo, incólume, na demanda da dignidade. Chama sempre, mesmo que não passes ao nosso lado.

Parabéns, Catarina!

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publicado por picodavigia2 às 20:47

O PATINHO FEIO

Quarta-feira, 14.05.14

Era uma vez uma patinha que teve quatro patinhos muito lindos, porém quando se partiu, do último ovo nasceu um patinho muito feio.

Quando a mãe pata nadava com os filhos, todos os animais da quinta olhavam para eles e diziam:

- Que pato tão grande e tão feio!

Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe:

- Vai-te embora porque é por tua causa que toda a gente está a olhar para nós!

O patinho cada vez mais triste, afastou-se tanto que deu por si na outra margem. De repente, ouviram-se uns tiros. O Patinho Feio observou como um bando de gansos se lançava em voo. O cão dos caçadores perseguia-o furioso.

Conseguiu escapar do cão mas não tinha para onde ir, não deixava de andar. Finalmente o Inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para ele, cheios de pena.

- Onde é que irá o Patinho Feio com este frio?

Como nevava muito e tinha um frio enorme, o Patinho Feio escondeu-se debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com um cãozinho o encontrou.

- Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho! – disse a velhinha ao vê-lo e, pegando-lhe com muito cuidado, levou-o para casa, aquecendo-o e dando-lhe comida. Em casa da velhinha, todos tratavam muito bem dele. Todos, menos um gatinho cheio de ciúmes, que pensava: "Desde que este para aqui veio, ninguém me liga".

Voltou a Primavera. A velha cansou-se dele, porque não servia para nada: não punha ovos e além disso comia muito, porque estava a ficar muito grande.
O gato então aproveitou a ocasião, Voltando-se para ele disse-lhe:

- Vai-te embora! Não serves para nada!

A nadar, O Patinho Feio chegou a um lago em que passeavam dois belos cisnes que olhavam para ele. O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia esconder a cabeça entre as asas quando, ao ver-se reflectido na água, viu, nada mais nada menos, do que um belo cisne que não era outro senão ele próprio.

Os cisnes desataram a voar e o Patinho Feio fugiu atrás deles.
Quando passou por cima da sua antiga quinta, onde tinha nascido, os patinhos, seus irmãos, olharam para eles e exclamaram:

- Que cisne tão lindo!

Hans Christian Andersen

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publicado por picodavigia2 às 00:31

O MEU AVÔ

Terça-feira, 06.05.14

O meu avô é o maior.

Ele ajuda – me em tudo o que eu preciso. Ajuda-me a fazer os trabalhos de casa. Faz muitos bolos comigo.

Eu admiro-o muito

 

    Maria Fagundes.

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publicado por picodavigia2 às 10:14

FESTA NO GALINHEIRO

Segunda-feira, 05.05.14

Era uma vez uma menina chamada Ana que morava numa casa muito grande e muito bonita. Junto da casa havia um quintal e, no quintal, havia um pequeno lago. No quintal, também, havia muitas árvores de fruto, muitas flores e uma horta muito grande que dava muitos legumes. Os pais da Ana eram muito bons e repartiam os frutos, as flores e os legumes com os seus vizinhos.

A Ana costumava ficar muitas vezes sozinha, pois seu pai trabalhava numa fábrica, a sua mãe num supermercado e os avós iam trabalhar para o quintal. Muitas vezes a Ana ia para o quintal com os avós.

Na quinta havia um galinheiro muito grande cheio de galinhas, patos e perus. Mas no meio de todas as plantas havia uma arvore muito grande, uma árvore especial que não dava frutos só dava flores mas também dava sombra o ano inteiro. Além disso os pássaros gostavam muito dela pois muitos passavam a noite pousados nos seus ramos e alguns até faziam lá os seus ninhos para depois nascerem os eus filhotes. A Ana gostava muito daquela árvore e sempre que podia, depois de fazer seus trabalhos de casa que a senhora professora mandava e de ajudar a mãe nos trabalhos mais simples da casa, ia para o quintal, e subia para o alto da árvore. De lá avistava outras casas, outros quintais e, principalmente, todo o galinheiro. Dali observada tudo e por, ali ficava muito tempo, deliciando-se com tudo o que observava. Quando descia ficava no quintal, junto ao galinheiro, à espera que as galinhas anunciassem com um cocorocó bem alto, que tinham posto um ovo. Ana gostava muito das galinhas, achava-as muito engraçadas e até falava com elas, conhecendo-as todas pelos nomes. Também havia patas sempre muito cuidadosas, a chamar pelos seus filhinhos que, sempre que podiam, escapavam para junto de um pequeno lago que ali havia. Ana adorava aquelas vozes e sons, as correrias, os saltos e os voos das aves que viviam no galinheiro, que parecia estar em festa todos os dias.

Logo que via uma galinha sair do ninheiro a cantar, cocorocó, Ana gritava para avó:

- Avó, uma galinha pôs um ovo.

Ana bem queria entrar no galinheiro, mas avó não deixava, O galo podia picá.la

Então ela ficava ali, muito quietinha, horas a fio, a ver o reboliço do galinheiro, quando uma galinha atrás da outra procuravam o ninheiro para por o seu ovo, que depois anunciavam com grande regozijo.

Era uma verdadeira festa, a festa do galinheiro.

 NB - Adaptado de um conto brasileiro.

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publicado por picodavigia2 às 09:27

A ALDEIA DAS FORMIGUINHAS

Domingo, 04.05.14

No meio dum campo muito grande de milho, havia uma pequenina aldeia somente habitada por formiguinhas. Nessa aldeia havia uma formiga muito especial, pois era ela que mandava em todas as formiguinhas da aldeia e, como ela tinha muito que fazer, todas tinham que trabalhar para a alimentar. Mas, muitas formiguinhas pensavam que ela era muito preguiçosa. Não ajudava as formiguinhas a trabalhar, muitas vezes ralhava com elas, não as tratava muito bem e comia quando lhe apetecia a comida que as outras formiguinhas cozinhavam. As outras formiguinhas criticavam-na porque ela passava o dia inteiro sem fazer nada e ralhava com elas e não dava valor aos trabalhos que as outras formiguinhas se desdobravam a fazer. Por isso muitas formiguinhas achavam que ela, a rainha, era má aquela formiga rainha. As formiguinhas, coitaditas lá iam trabalhando dia e noite, ouvindo, pacientemente, a rainha, sempre a ralhar com elas, sem terem coragem de lhe dizer alguma coisa.

Ora havia naquela pequenina aldeia, uma casinha mais afastada das outras, onde vivia uma formiga que não se conformava, nem concordava com o que a rainha dizia, nem com as atitudes que tomava. Entre todas as formiguinhas ela era a que mais se revoltava conta a rainha, Achava que nem era preciso haver uma rainha. Ela também trabalhava muito, fazia tudo muito bem feitinho, tinha muito juízo, pensava muito com a sua cabecinha. Pensava, pensava, fartava-se de pensar e não aceitava a maneira como a rainha tratava as formiguinhas, nem concordava com o que ela dizia, achava que ela devia trabalhar como as outras. Cada vez mais furiosa com o que via, perguntava a si própria:

- Porque será que ela só come o melhor, está sempre a dormir e não faz nada?

Certo dia saiu da aldeia. Afastou-se, começando a caminhar por entre o milho, para buscar umas ervas muito verdes, muito frescas e muito tenrinhas que a rainha precisava. Lá foi andando, andando até se cansar muito, pois o lugar para onde ia era muito longe da sua casa. Muito cansada e aflita, com medo de se perder, parou â beira do caminho, para descansar e para respirar um pouquinho. De repente ouviu um barulho que lhe parecia água a correr... Andou mais um pouquinho e viu um rio muito pequenino onde corria água muito clara, muito limpa e muito fresquinha.

- Que maravilha! – Disse ela. - Um riacho com tanta água, tão limpa! E parece muito fresquinha.

Como estava muito cansada e cheia de sede, aproximou-se para beber. De repente o rio começou a crescer e a formiguinha, quando tentou chegar à beira da água para beber, ouviu uma voz que lhe perguntou:

- Precisas de ajuda?

Assustou-se e olhou à volta para ver quem falara com ela. Então ela viu que à sua frente, bebendo água e ao mesmo tempo tomando banho no rio, estava um grande elefante.

- Ui! Como tu és grande e forte! – Disse a formiguinha admirada e, aproximando-se, pediu licença para também beber água.

- Ora formiguinha a água é de todos e para todos. Bebe à vontade e deixa que eu te ajude a dar-te um pouquinho dela. – Disse o elefante.

Assim o fez. Encheu a sua tromba de água e estendeu-a à formiguinha para que ela bebesse. Ela ficou admirada e maravilhada, pois na aldeia tinha que pedir licença à rainha para beber água e muitas vezes a rainha não a deixava beber. Contou então ao Elefante como vivia na sua aldeia, como ela e as suas amigas eram tratadas pela rainha e que não estava nada contente. O elefante, depois de a ouvir atentamente, explicou-lhe:

- Tu não vives sozinha, vives em grupo com outras formiguinhas assim como eu vivo em grupo com outros elefantes. Mas no grupo tem que haver regras, uns fazem o seu trabalho, mas tem que haver alguém que os oriente, que olhe por todos. Ora é isso que faz a rainha, por isso todas as formiguinhas devem ajudá-la e colaborar com ela.

A formiga percebeu a lição e voltou para casa um bocadinho envergonhada. Antes, porém, apanhou a ervinha que a rainha precisava e percebeu que tinha que respeitá-la, ajudá-la e viver em paz e amizade com a rainha e com todas as outras formiguinhas.

Só assim é que todas seriam felizes.

 

NB – Texto adaptado

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publicado por picodavigia2 às 22:22

RITINHA

Quarta-feira, 23.04.14

Ela chega todas as manhãs, às vezes, antes do nascer do Sol! Traz consigo o brilho inebriante do astro-rei, o sorriso das estrelas adormecidas, o sabor da aurora debutante, a ternura das madrugadas florescentes. É uma dádiva celeste, um dom sublime, um encanto maravilhoso.

Assinala-a um meigo sorriso, envolve-a um abafado desejo, asperge uma terna vontade de ficar, de estar, de saltar para o meu colo e agarrar-se a mim com ambos os bracitos, como se tivesse medo de eu me evaporar.

Depois despede-se dos que partem: uns para a escola, outros para o trabalho, todos para a vida. Há, ali, escondido naquele olhar meigo e brilhante um misto indeciso, uma vontade partilhada, um não saber se ir ou se ficar. Fica! Não tanto por opção mas mais por imperativo de quem lhe cerceia o destino.

Depois sobe… O elevador parece que a distrai e desperta mais… Se os outros carregam no botão que lhe impinge o subir e o abrir da porta, por que não há-de ela carregar. Novamente os imperativos dos adultos a cercear desejos inocentes, vontades espontâneas.

Espera-a a caminha e o leitinho quente/morno, que a temperatura, naturalmente, tem que ser bem doseada, assim como o conteúdo. No meu colo suga, com suavidade e apetite, o biberon. Canto e embalo. A ternura atinge o epicentro: Junto ao berço, pequenino, Sonha mãe carinhosa, Sonho belo e divino… O encanto metamorfoseia-se em desvelo. É a sublimidade suprema.

Depois, deposito-a no bercito, ao lado da Quitinha, a que há muito se agarrara e ao peluche… Pouco depois, adormece…

Agora dorme, que regá-lo! Deixá-la dormir. Apetece-me reler o poema de António Nobre O Sono do João, e transcrever alguns excertos do mesmo:

O João dorme... (Ó Maria,

 Dize àquela cotovia

 Que fale mais devagar:

 Não vá o João, acordar...)

 

 Tem só um palmo de altura

 E nem meio de largura:

 Para o amigo orangotango

...

O João dorme... Que regalo!

 Deixai-o dormir, deixai-o!

 Calai-vos, águas do moinho!

 Ó mar, fala mais baixinho...

 E tu, Mãe! e tu, Maria!

 Pede àquela cotovia

 Que fale mais devagar:

 Não vá o João, acordar...

 

Ó Mãe, canta-lhe a canção,

 Os versos do teu irmão:

Na Vida que a Dor povoa,

 Há só uma coisa boa,

 Que é dormir, dormir, dormir...

 

 E tu vê-lo-ás crescendo

 A teu lado (estou-o vendo

 João! Que rapaz tão lindo!)

 Mas sempre, sempre dormindo...

 

 Mas para isso, ó Maria!

 Dize àquela cotovia

 Que fale mais devagar:

 Não vá o João, acordar...

 

António Nobre, in 'Só'

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publicado por picodavigia2 às 10:21

PÁSCOA

Sábado, 05.04.14

Páscoa, Páscoa!

Alegria no ar.

Saboreamos os ovos de chocolate,

Comemoramos a Ressurreição de Jesus.

Os ovos iremos procurar…

Animação sem fim!

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publicado por picodavigia2 às 10:48

SOU UMA ÁRVORE

Quinta-feira, 20.03.14

(TEXTO ESCRITO POR CATARINA FAGUNDES – 7 ANOS)

Sou uma árvore e vivo num jardim com roseiras, margaridas, tulipas e malmequeres.

A minha estação favorita é a primavera, porque é quando os passarinhos fazem os seus ninhos nos meus ramos, as abelhas tiram o pólen das minhas flores para fazer o mel e as crianças adoram brincar e fazer piqueniques com os pais, à minha sombra.

Eu adoro ser uma árvore e ajudar os passarinhos, as abelhas e as crianças.

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publicado por picodavigia2 às 09:41

CARNAVAL

Quinta-feira, 27.02.14

Chegou o Carnaval

Vamos todos Carnavalar

Pois no carnavalinho

Iremos sempre Carnavalitar.

 

Catarina Fagundes

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publicado por picodavigia2 às 17:35

CAMINHA

Terça-feira, 18.02.14

Chegaste,

numa manhã ungida

com o perfume da ternura.

 

Trouxeste,

uma onda gigante,

destemida e brava,

a abarrotar de felicidade…

 

Encheste de alegria

e de encanto

palácios frios, desertos, inóspitos.

 

O teu destino,

agora,

é caminhar,

percorrer uma estrada ampla e longa:

- onde as árvores se hão-de revestir de encanto,

- onde os pássaros hão-de alvoroçar de esplendor,

- onde o mundo se transformará num eirado de trigo,

- onde os homens hão-de saborear a amizade,

- onde o Sol, resplandecerá, desfazendo penumbras e enigmas!

 

E,

se algum dia,

o fulgor das estrelas afrouxar,

ou quando as manhãs se transformarem em mordaças,

… abre uma janela e aceita qualquer raio de luz,

mesmo que seja débil

ou te pareça supérfluo.

 

Ao João

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publicado por picodavigia2 às 12:53

A MENINA E O MONSTRINHO

Quinta-feira, 13.02.14

Era uma vez uma menina obediente, educada e submissa mas por vezes brincalhona, atrevida e malcriada, mas tinha um bom coração.

Certo dia, ao sair da Escola, disse para consigo:

- Hoje não vou esperar minha Mãe. Como a minha casa é perto daqui e eu já conheço o caminho acho que me vou embora sozinha...

Se bem o pensou, melhor o fez. Desviando-se do caminho que dava para a sua casa, entrou num bosque. Mal tinha dado os primeiros passos quando viu algo de muito estranho vir ao seu encontro. Apesar do susto, continuou a penetrar no bosque. Sem dar pelo passar veloz do tempo, foi andando, andando até que se apercebeu que se tinha perdido, pois tinha entrado num lugar estranho, esquisito e deserto...

Nesse momento dois meninos com ar de mandriões e cara de malvados, apareceram na sua frente, rindo muito. Então um deles disse:

- Hum, vejam só uma menina sozinha, perdidinha, sem companhia. Que tal se a levasse-mos connosco?

A menina começou a chorar, mas isso em nada alterou a intenção dos meninos que, com cara de poucos amigos disseram de novo, um para o outro:

- Já que ela está sozinha, vamos ficar com ela. Ela pode ser nossa escrava para sempre e se chorar leva uma boa sova e há-de calar-se...

- Tenho uma ideia melhor - disse o outro garoto - Acho que devíamos levá-la e vendê-la, pois há homens que compram meninas... Assim poderíamos ganhar bom dinheiro.

- Concordo, - respondeu o outro – se a vendermos ganhamos dinheiro e ainda nos livramos dela.

E agarrando-a com violência, apesar dos seus choros e gritos, levaram-na para a cidade mais próxima. Nesse momento, no entanto, sem que eles vissem, um pouco mais adiante, um estranho vulto surgiu do nada. Parecia um menino pequeno mas com cara pouco amigável

Saindo das sombras, o estranho e pequeno ser, abriu sua imensa e assustadora boca e falou de um jeito que os dois rapazes ficaram petrificados de medo sem conseguirem se mexer-se.
- Muito bonito... Vocês gostam de fazer maldades? Então acho que vão gostar muito do lugar para onde vou levar os dois...

O estranho ser era do tamanho de um menino, com a cabeça enorme e azul e os pés semelhantes aos das galinhas.

Os dois rapazes ficaram com tanto medo e afastaram-se numa correria tão grande, desaparecendo dali a sete pés.

A menina, mal conseguia falar de tão contente que estava. Ela não havia ficado com medo daquele menino. Emocionada e agradecida deu um grande abraço no seu novo amigo e dizendo:

- Obrigado, meu amigo, salvaste-me daqueles dois malvados. Como te chamas?

- Chamo-me Pé de Galinha e todos têm medo de mim porque sou feio... Nunca me trataram por amigo... Foste a primeira pessoa que me tratou assim...

- Não, não és feio - disse a menina – O teu coração é lindo. És simplesmente diferente das outras pessoas...

O estranho ser, cada vez mais feliz, explicou-lhe que a sua missão era proteger e ajudar as crianças que estavam em perigo. Disse também que gostava muito de comer pão com chá. Então a menina disse:

- Vamos para minha casa fazer um lanche maravilhoso, com pão e chá.

E lá foram muito contentes e felizes. Quando a mãe chegou, a menina contou o que lhe acontecera e prometeu que nunca mais iria para o bosque sozinha.

 

NB - Texto adaptado de um conto de Alberto Filho.

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publicado por picodavigia2 às 15:40

MÃE

Segunda-feira, 10.02.14

(TEXTO DE CATARINA FAGUNDES – 8 ANOS)

 

As mães fazem tudo para agradar os filhos. Elas dão-lhes carinho e amor. Mesmo que sejam pobres ou ricas, elas têm, sempre, o que é preciso para os seus filhos. Quando eles estão doentes, com gripe ou com uma constipação, têm todo o seu amor.

A tarefa de mãe é muito difícil: fazer o jantar, o almoço e quando há uma ocasião especial, ou de aniversário de um filho, têm um trabalho muito grande que é fazer o bolo, os queques e os biscoitos para os convidados.

Dá uma trabalheira!...

Também tem de fazer a cama dos filhos e a sua.

No dia cinco de maio, é o dia da mãe, por isso, se puderes, dá um ramo de flores à tua mãe

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publicado por picodavigia2 às 11:01





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