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ZERBONE JÚNIOR

Quarta-feira, 25.11.15

Manuel Zerbone Júnior nasceu na cidade da Horta, ilha do Faial a 7 de novembro de 1856, tendo falecido na mesma cidade em 29 de março de 1905. De origem sarda ou corsa, estudou no Porto, onde privou com M. Teixeira-Gomes, Luís Botelho e Queirós Veloso, e em Lisboa, no entanto, nunca concluiu qualquer curso superior. Foi professor de Francês no liceu no liceu da Horta e jornalista publicando textos ainda sob a égide do Romantismo. Zerbone Júnior foi poeta, cronista, contista e romancista e tentou também o teatro. A uma primeira abordagem, a sua obra, parece fútil, por vezes um mero jogo de palavras habilidosamente tecido mas sem fundo. Não é assim, porém. As aguarelas impressionistas de Zerbone Júnior, discípulo de Aloysius Bertrand e de Baudelaire do Spleen de Paris, revelam um verdadeiro poeta, delicado e de funda sensibilidade.

Para Marcelino Lima, seu contemporâneo, Zerbone era «alma de artista, verdadeiro esteta em tudo, no julgar e no praticar, até nas cousas mais comezinhas da vida, destacava-se no círculo dos intelectuais; e muito poderia ter-se salientado, porque condições não lhe faltavam, se não fosse a incapacidade para se amarrar ao trabalho de cinzelar obra de vulto.» Para Ernesto Rebelo, Zerbone tem «um estilo ligeiro e maleável, adequado ao predilcto género de literatura que em França teve por iniciador Júlio Janin e no qual, em Portugal, tanto se distingue Júlio César Machado ? o folhetim, as crónicas alegres»

As suas crónicas saídas no Açoriano, com o título genérico de Crónicas Alegres, subscritas com o pseudónimo Pablo, foram recolhidas, parcialmente, por Carlos Lobão e editadas, em 1989, pela Câmara Municipal da Horta. Todavia, a restante obra que, segundo Pedro da Silveira «daria um bem bom pequeno livro de contos, aguarelas ou poemas em prosa e crónicas (às vezes quase contos)» continua dispersa também pelos jornais hortenses e ainda pelos jornais Folha Nova, do Porto, e Diário da Manhã, de Lisboa. Em parceria com Florêncio Terra, escreveu o romance A Vingança da Noviça, publicado em folhetins no Açoriano, e a peça dramática em três atos Luísa.

 

Dados retirados do CCA – Cultura Açores

 

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publicado por picodavigia2 às 00:05





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